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Tom Coelho  – O País da Corrupção

Data de publicação: 09/06/2017

Laja-Jato, presidente e ex-presidentes, senadores, deputados, empresários. O cenário atual nos passa a impressão de que a corrupção e a falta de ética estão associadas exclusivamente ao cenário político-econômico. Infelizmente, isso não é verdade. Estas são características desta nação e a única forma de mudança é através da educação. Quer exemplos? Então vamos lá.
Em um final de semana fui ao cinema com minha família. A fila era extensa, tanto que levamos mais de 30 minutos para adquirir os ingressos. Havia uma fila preferencial para idosos, pessoas com deficiência e gestantes. De repente, aparece um casal com três filhos, sendo o mais jovem com cerca de 5 anos de idade. Eles deveriam usar o acesso especial? Evidentemente não, mas o fizeram. Minutos depois, surge outro casal na mesma fila. Ao ser chamado, o pai pega o filho com cerca de 6 anos no colo apenas para se justificar. E o pior é que a funcionária no caixa, ao invés de recusar o atendimento, prosseguiu, enquanto o gerente da unidade também não tomou nenhuma providência. Quero salientar que nenhuma das crianças envolvidas aparentava qualquer necessidade especial.
Em uma viagem recente usei um táxi para me deslocar. Em nosso diálogo, o motorista me contou que atendeu um grupo de executivos que, ao final da viagem, questionaram se ele poderia fazer alguns “recibos extras” que usariam posteriormente para obter reembolso, pois usariam o valor para ir a baladas noturnas. E, claro, ofereceram ao taxista uma comissão de 20% sobre o valor de cada documento emitido. Aquele taxista recusou o pedido, mas tenho convicção de que outros não devem ter adotado o mesmo procedimento.
Levei minha filha de 7 anos de idade a uma loja para fazer a troca de um brinquedo. Após sairmos, ela comentou: “Papai, parece que tem uma caixa a mais dentro da sacola”. De fato, incluíram equivocadamente o item trocado dentro da embalagem. Imediatamente retornamos à loja e devolvemos o produto ao vendedor. Ao adotar este procedimento, ficou evidenciado para minha filha que devemos fazer o que é certo, e não o que nos convém.
A falta de ética está naqueles que usam o acostamento para ganhar alguns minutos e estacionam em vagas preferenciais. Está em quem adquire produtos pirateados porque o custo é menor. Está nas pessoas que fazem um acordo com um dentista ou médico pela não emissão de nota fiscal em troca de um desconto. Está naqueles que usam um CPF de terceiros para reduzir o imposto de renda a pagar. Está no jovem estudante que cola numa prova escolar…
O que estamos vivenciando é o reflexo de um triste padrão cultural. Somos uma nação hipócrita (não a única, evidentemente) que se queixa dos fatos quando os mesmos não nos beneficiam.
Vamos levar duas ou três décadas para mudar este status se iniciarmos mudanças a partir de agora. Tudo se reduz aos valores. Vamos continuar sendo o “país do jeitinho” ou quais valores pretendemos exaltar? Tais mudanças começam em casa, são apoiadas pela educação a partir do ensino fundamental e depois precisam ser disseminadas. Porém, não é o que estamos buscando, não é o que estamos fazendo.
Face ao exposto, peço-lhe que reflita sobre seus próprios comportamentos. Lembre-se de que caráter é sua essência, enquanto reputação é o que os outros pensam a seu respeito. Caráter é que o você faz quando ninguém está lhe observando.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho  – Excelência no Atendimento

Data de publicação: 09/05/2017

Há alguns meses eu retornava de um evento no interior de Minas Gerais, trafegando pela Rodovia Fernão Dias, quando repentinamente senti uma forte dor na região lombar.
Imediatamente parei o carro no acostamento, desci para me alongar, mas de nada adiantou. Pesquisei o hospital privado mais próximo e, com muita dificuldade, quinze minutos depois estava lá. Entreguei meu documento de identidade na recepção, pois sequer era possível aguardar qualquer procedimento. Porém, a partir daí, passei por uma das piores experiências que já tive.
Resumidamente, fiquei naquele hospital por sete horas recebendo um péssimo atendimento. Para exemplificar, somente cheguei a ser medicado quando literalmente caí no chão de dor. Após uma série de exames foi identificado que o problema era um cálculo renal. Mas a mediocridade dos profissionais era tamanha que o médico que me assistia, ao terminar seu turno de trabalho, sequer teve o mínimo de respeito em me informar (bem como aos demais pacientes) quem daria continuidade no atendimento.
Consciente de que aquele local não seria adequado, em hipótese alguma, para uma eventual cirurgia, consegui ser medicado com uma dose de morfina que me permitiu pegar a estrada e retornar a São Paulo, onde me dirigi ao Hospital 9 de Julho. Lá, tudo mudou!
A qualidade do atendimento começou já na recepção, com profissionais respeitosas e sensíveis, que tiveram a preocupação de orientar e agilizar os procedimentos. Após a liberação do quarto, fui muito bem recebido pela técnica em enfermagem Nélia e pela enfermeira Priscila. Ao ser transferido para o centro cirúrgico, fui gentilmente conduzido pelo assistente de transporte Ednei. E a cirurgia foi conduzida com excelência pelo anestesista Cássio e pelo Dr. Flávio Areas.
Meu intuito é lhe deixar uma reflexão diante deste relato. O que diferencia de forma tão contundente o atendimento em ambos os estabelecimentos? Seria a infraestrutura de cada um dos hospitais? Ou a formação dos profissionais envolvidos? Não, a resposta é vocação e gestão.
Em um hospital encontrei pessoas que nitidamente vão trabalhar apenas para garantir seu sustento ao final do mês. Gente preocupada em cumprir apenas o básico, em fazer o possível, à espera do horário para ir embora quando. No outro, pessoas que gostam e apreciam o que fazem, interessadas em fazer o seu melhor, cientes de que um paciente, independentemente de sua condição, está ali por necessidade, motivo pelo qual procuram transmitir acolhimento e carinho para amenizar o desconforto. Esta é a diferença entre trabalhar por vocação ou por mera necessidade financeira.
Mas a gestão também está presente. Afinal, cabe aos líderes criarem um ambiente favorável para que seus colaboradores possam atuar de maneira assertiva, cumprindo com seu propósito pessoal. Isso envolve valores corporativos legítimos capazes de unir e alinhar a equipe, treinamento e capacitação regulares e autonomia para propor mudanças em busca da melhoria contínua.
Deixo-lhe uma questão final: qual o padrão adotado pela empresa na qual você trabalha?

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho  – Gestão com Empatia

Data de publicação: 08/05/2017

Há mais de 15 anos eu estava à frente de uma indústria metalúrgica, que contava com quase uma centena de funcionários, quando instituí o prêmio “Destaque do Mês”. Todos poderiam participar exceção feita aos profissionais em cargo de gerência, os quais ajudariam a selecionar o contemplado a cada ocasião. Certo mês decidi premiar o vencedor com um forno de micro-ondas. Considerando-se que estávamos no ano 2000, se um presente como este nos dias atuais já seria interessante, imagine naquela ocasião. E assim foi feito: o jovem premiado ganhou a honraria e seguiu supostamente feliz para sua casa.
Alguns meses depois descobri que aquele garoto vivia em uma condição tão simples que em sua casa usavam um fogareiro de uma boca para cozinhar as refeições diárias. Portanto, reflita comigo: ele precisava de um micro-ondas ou de um fogão convencional de quatro bocas? Evidentemente, um fogão – cujo custo era possivelmente até inferior.
Esta ocorrência ensinou-se o real conceito de empatia. Eu acreditava que ser empático significava “tratar o outro como eu gostaria de ser tratado”. Mas não é assim que as coisas funcionam… Empatia significa tratar o outro como ele gostaria de ser tratado, como ele deseja ser tratado, como ele necessita ser tratado. Significa literalmente calçar-se com os calçados do outro, para sentir suas próprias restrições, adversidades e desafios.
Pense comigo. Se você está em uma posição de liderança na organização em que trabalha, olhe para seus subordinados e procure compreender as dificuldades que os acometem diariamente: questões de caráter operacional, limitações diversas, falta de autonomia para resolver problemas. Por outro lado, se você não está em um cargo de liderança, olhe para seu gestor e procure também reconhecer a responsabilidade que aquela posição demanda, com tomadas de decisões que poderão impactar a todos, de colaboradores a clientes.
Mas a prática da empatia evidentemente não se restringe ao ambiente corporativo. Assim, se você é um educador, como pode conduzir sua aula de modo a estimular os alunos, fazendo-os sentir-se engajados e determinados com o aprendizado, consciente de que a informação hoje está disponível em uma fração de segundos e a um clique em um computador ou celular? E você, enquanto estudante, percebe o desafio enfrentando por seu professor para conciliar conteúdo e forma de uma maneira instigante, capaz de ensinar e sensibilizar um grupo formado por várias pessoas com diferentes interesses e expectativas?
No ambiente familiar, como você tem lidado com a comunicação, seja entre pais e filhos, seja entre cônjuges? O valor está restrito aos seus princípios, às suas crenças e verdades ou você tem praticado o desapego, abrindo mão de suas convicções para compreender o porquê de determinados comportamentos e posturas daqueles que convivem com você diariamente?
Note que em todos os exemplos mencionados a empatia não é individual, mas mútua. Este é um exercício que precisa ser praticado continuamente, mas que apenas é possível quando praticamos outro valor essencial: a humildade, a capacidade de compreender que não sabemos tudo e que a forma mais correta de se influenciar os outros é através do exemplo.
Retomando a experiência que relatei no início do texto, após tomar conhecimento da real condição daquele jovem que trabalhava em minha empresa, optei por contratar uma assistente social com a missão de visitar a residência de cada colaborador para conhecer de perto a realidade de cada um. Afinal, para liderar e influenciar positivamente as pessoas não importa o que eu penso, nem o que eu imagino, mas sim quais são os fatos.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Fabrício Fabene – 5 Dicas para vender mais e melhor

Data de publicação: 29/03/2017

As empresas enfrentam um dilema: vale a pena investir para crescer mais? O Brasil não ajuda as pequenas e médias empresas, pois nosso cenário burocrático e taxação de impostos de alta carga e difícil apuração, fazem com que muitos empresários desistam de crescer. Além de ser necessário o investimento financeiro, é preciso dispender também muito tempo para a estruturação correta e não deixar de atender os clientes ao mesmo tempo. Conheça algumas dicas assertivas para vender mais e melhor:
1) Segmentação – Como diz o ditado “É melhor dar poucos tiros e acertar o alvo, do que ficar metralhando por aí”. Encontre o seu nicho de mercado, encontre o seu público alvo.
2) Acompanhamento de indicadores – Faça acompanhamento do retorno, para saber se está sendo assertivo, ou se precisa mudar a estratégia. Um grande erro que a maioria dos gestores comete é não saber quais partes do comercial estão falhando. Antes de fazer mudanças na equipe ou mesmo no processo, é preciso saber se as falhas estão acontecendo na prospecção, qualificação ou fechamento. Um bom software CRM pode lhe auxiliar nesta tarefa.
3) Fidelize o consumidor – Vender mais e melhor inclui fidelizar o seu atual consumidor e convencê-lo a voltar. Tenha sempre um estoque a pronta entrega, além da diversidade de produtos. O mesmo cliente que entra em sua loja, pode fazer aumentar em 100% o faturamento da sua empresa, levando ao invés de um produto, dois produtos. Tente entender as necessidades do cliente, ofereça algo a mais. Seja rápido nas respostas de pesquisa de estoque e características dos produtos que o consumidor quer.
4) Não minta – Antigamente o conceito de um bom vendedor era aquele que vendia qualquer coisa. Não minta para seu cliente. É muito fácil hoje em dia ele pesquisar na internet. O consumidor de hoje é muito mais informando que o de antes. Pode até ser que o cliente compre aquele produto que você empurrou para ele, porém ele não voltará mais a sua loja, não indicará sua empresa para mais consumidores. Seja ético, seja transparente.
5) Use de novas tecnologias – O mundo evoluiu. Será que sua empresa evoluiu também? Mesmo que ela tenha 20, 30 anos de mercado, o consumidor e suas necessidades, são totalmente diferentes do século passado. Novas tecnologias ajudam e muito a aumentar a eficiência de sua empresa. É possível automatizar o processo como um todo ou até em determinados setores deficientes, seja no departamento comercial, seja no departamento financeiro, seja em controle de estoque dentre vários outros pontos. Um software de ERP (sistema gerencial para empresas), pode lhe auxiliar muito neste processo.

Dica extra: O Realiza ERP pode lhe auxiliar nestas e em outras tarefas, pois é voltado para o público de micro, pequenas e médias empresas. Com uma interface simples de se utilizar, com o nosso sistema, o empresário e seus colaboradores podem dispender tempo em atividades principais ao invés de se prender na parte burocrática. Conhece nosso sistema e comprove. Solicite uma demonstração sem compromisso.

Fabricio Fabene é diretor da FastFine Informática – www.fastfine.com.br – e da Realiza Software – https://www.facebook.com/RealizaSoftware/ – www.realizasoftware.com.br  contato@realizasoftware.com.br e email@fastfine.com.br

 

Alexandre Ribas – DISC – Alto D (Dominância) não é igual a Liderança

Data de publicação: 29/03/2017

O DISC é uma metodologia de análise de perfil comportamental utilizada há muitas décadas e em mais de 90 países*, com inúmeros e variados processos de validação científica**, assim como também é validada pelo tempo em que é utilizada em processos de seleção e desenvolvimento. É uma metodologia com vasta aceitação no mercado e reconhecimento de sua utilidade e qualidade por inúmeros profissionais, porém é necessário tomar um cuidado, pois esta abrangência de uso e boa reputação não deveria transferir a um gráfico DISC o poder para ser a única fonte de informação para decidir se uma pessoa tem ou não o potencial para liderar, ainda mais quando se pressupõe que, para todos os cargos de todas as empresas, todos os líderes deveriam ter uma alta dominância.
É comum encontrar no mercado profissionais de seleção e desenvolvimento de pessoas que acreditam que, para ser líder, é necessário possuir uma alta dominância, colocando isso, inclusive, como um fator não negociável em um processo de seleção ou promoção.
Vamos resumidamente relembrar alguns conceitos a respeito dos fatores DISC:
Os fatores D e C são orientados para tarefas ou coisas, enquanto os fatores I e S são orientados para pessoas e relacionamentos.
Os fatores D e C tendem a ser mais diretos e com certa facilidade podem se tornar ríspidos, abrasivos e muitas vezes com mais dificuldade para lidar com os sentimentos e emoções dos outros, o que pode prejudicar muito a produtividade e o clima de uma equipe.
Ao enxergar pessoas como coisas ou apenas mais um recurso a seu serviço, as pessoas dominantes podem apresentar as seguintes limitações:
Não saber ouvir, principalmente quando contrariado
Transparecer irritação quando é contestado.
Não aceitar situações em que possa parecer fraco.
Não conseguir controlar a raiva e acabar descontando seus problemas, medos e frustrações nas pessoas à sua volta.
Possuir uma insensibilidade aos sentimentos e necessidades dos outros.
Não administrar sua agressividade, tornando-se verbalmente violento, infelizmente, em alguns casos, até fisicamente.
Tendência a priorizar, muitas vezes ou quase sempre, apenas seus interesses e necessidades.
Prejudicar o clima da equipe e do ambiente de trabalho, em razão de sua dificuldade de construir relacionamentos positivos.

Como a teoria DISC é neutra, e isto é verdade para os quatro fatores, as pessoas com alta dominância também possuem características que podem agregar no exercício da liderança, como:
Ousadia no estabelecimento de metas.
Rapidez na implementação de mudanças.
Coragem para enfrentar momentos ou mercados desfavoráveis.
Capacidade de ir direto ao ponto.
Agilizar a solução de um problema.
Competitivo em todas as áreas.
Persistente na busca da vitória.
É motivado por desafios, quanto mais difícil melhor.
As características comportamentais acima podem ser fundamentais para quem está em algumas (não todas) posições de liderança, mas note que nada acima – me refiro à segunda lista de tópicos – possui relação com pessoas, as quais são pré-condição para que exista o exercício da liderança.

Um relatório DISC, quando utilizado para analisar o potencial de liderança de uma pessoa (DISC mede potencial, não competências ou capacidade de entrega), deve ser visto como uma fonte de informações a serviço e em alinhamento com outras variáveis. Abaixo você encontrará algumas:
O momento da empresa (startup, crescimento, queda, falência, estável, etc.).
Formação jurídica da empresa (estatal, privada, mista, ONG).
Segmento da empresa (agronegócio, serviços, tecnologia, atacado, varejo, indústria, etc.).
Empresa familiar, multinacional ou de capital nacional.
Faturamento da empresa e número de funcionários.
Número de pessoas na equipe que irá liderar.
Perfil dos subordinados, pares e superiores.
Departamento no qual irá trabalhar.
Organograma da empresa.
Tipo de produto e mercado.
Perfil dos clientes.
A estratégia do negócio.

O DISC é uma teoria neutra e que funciona, porém mensura apenas uma dimensão, dentre muitas que são relevantes para o cargo de liderança. Além das variáveis citadas anteriormente, é fundamental checar outras, como maturidade, experiência de vida e profissional, formação acadêmica, conhecimento técnico, inteligência emocional e valores, apenas para mencionar mais algumas.

Alexandre Ribas é Presidente da TTI Success Insights. A TTI Success Insights está presente em 90 países. Proprietário das empresas Venko Consulting, Success Tools e Success For You Editora. Email – alexandre@ttisi.com.br / site: www.ttisi.com.br

 

Tom Coelho  – Quarta Revolução Industrial

Data de publicação: 24/02/2017

O Brasil é o 7º colocado mundial entre 51 países no ranking de desemprego, segundo dados da consultoria Austin Rating. Já o IBGE aponta que nosso índice superou 12% da população economicamente ativa, mas este número é seguramente muito maior, pois são considerados apenas aqueles que estão em busca de trabalho, ou seja, quem está há meses sem uma oportunidade e já desistiu de buscar uma recolocação, não entra nas estatísticas.
Em São Paulo, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação SEADE, apontou um índice de 17,5% em setembro do ano passado. Para que tenhamos uma ideia do impacto destes indicadores, vale lembrar o que aconteceu nos Estados Unidos durante a Grande Depressão, ocorrida em 1929. Naquela ocasião, a taxa de desemprego atingiu 16% em 1931, chegando ao pico de 25% em 1933. Isso demonstra a proporção da atual crise econômica e política que atingiu nosso país.
Mas há uma importante reflexão a ser feita. Colocando de lado as questões conjunturais, o fato é que o emprego em seu formato tradicional mudou e está deixando de existir. As grandes empresas geram cada vez menos oportunidades de trabalho e são as micro e pequenas empresas as responsáveis por impulsionar cerca de 60% das ocupações. Isso é uma consequência direta da chamada Quarta Revolução Industrial que está em curso, caracterizada pela predominância da tecnologia da informação. Iniciada na Alemanha, em 2013, o processo de automatização da produção industrial levará a uma independência da atuação humana em larga escala. Assim, o futuro do emprego está na prestação de serviços, motivo pelo qual o empreendedorismo precisa ser estimulado.
Diante deste contexto, talvez seja a hora para você repensar sua atuação profissional. Identifique suas principais competências e aptidões e considere a possibilidade de investir tempo, energia e recursos em uma atividade autônoma. Você pode fazer isso sozinho ou buscar um ou mais parceiros com habilidades complementares para atuar ao seu lado. Neste processo, três aspectos essenciais precisam ser considerados.
O primeiro é o planejamento. Assim, para alcançar êxito, reflita não apenas sobre qual será sua atividade, mas também sobre quem serão seus clientes tomando como referência seu perfil socioeconômico e localização geográfica. Isso lhe possibilitará ter um maior foco na definição dos produtos ou serviços a serem oferecidos.
O segundo é a gestão financeira. Isso principia com a definição do regime tributário a ser adotado, o que invariavelmente demanda a contratação de um escritório contábil competente, que não se restrinja apenas a cumprir obrigações legais e gerar guias para pagamento, mas sim que lhe auxilie a tomar decisões coerentes. E passa pela administração das finanças, utilizando recursos próprios para o desenvolvimento do empreendimento, evitando ao máximo qualquer tipo de empréstimo, em especial junto a bancos, pois é impossível vencer os juros compostos. E um alerta essencial para empresas de pequeno porte: separar as finanças pessoais da corporativa, pois é comum uma empresa não lograr êxito simplesmente porque os sócios demandam retiradas em nível incompatível com a lucratividade proporcionada pelo negócio.
Por fim, tenha paixão pela atividade que escolher! Não há nada mais equivocado do que optar por algo pelo qual não se tenha competência, dedicação e entusiasmo. Assim, você precisa seguir um caminho alinhado aos seus propósitos, pois isso lhe trará a convicção de despertar pela manhã com o desejo pelo desafio e terminar o dia com a sensação de reconhecimento pelo que foi feito.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Alexandre Ribas – DISC, disciplina e Sucesso

Data de publicação: 05/09/2016

De acordo com Truman Capote, escritor e dramaturgo norte-americano, a disciplina é parte essencial do sucesso. Referimo-nos aqui à disciplina relacionada ao bom comportamento, ordem e obediência às regras necessárias, normalmente colocadas por outros. No instrumento de análise comportamental DISC, é comum associar a palavra disciplina ao fator C – Conformidade, o qual está relacionado também a organização, seguir normas e procedimentos estabelecidos por outros e também a uma maior subordinação. Podemos entender sucesso como o resultado da capacidade de se atingir um resultado, um triunfo ou vitória, independentemente de como cada um defina sucesso. Desta forma, podemos utilizar a ferramenta DISC para identificar as pessoas mais disciplinadas, aquelas com alta conformidade, as quais, por este nosso raciocínio, teriam uma maior probabilidade de sucesso, correto?
Não, pois desta forma estaríamos condenando as pessoas de baixa conformidade a começarem a corrida pelo sucesso já com poucas chances de vitória, ao passo que as pessoas com alta conformidade chegariam ao sucesso naturalmente. Creio que no dia a dia não é isso que observamos.
Penso que a disciplina de uma pessoa tem origem em algo muito anterior a um perfil DISC, o qual traz apenas os comportamentos observáveis. Acredito que a disciplina tem como origem a clareza dos objetivos de vida, os quais ganham muito mais força quando são reflexo da missão de vida de cada um.
Sem grande esforço, é possível encontrar pessoas com baixa conformidade sendo bem-sucedidas, no esporte, no trabalho ou em qualquer outra dimensão da vida; o que estas pessoas têm em comum é a clareza de saberem para onde vão, e este norte estar alinhado com quem são e o motivo de estarem aqui, em um sentido mais amplo, um alinhamento com a própria missão de vida.
Não há relação direta entre qualquer fator DISC e o sucesso; desta forma, podemos ter as quatro situações abaixo, relacionando DISC, disciplina e sucesso:
INDISCIPLINADO DO TIPO 1: ALTA conformidade e BAIXA clareza de objetivos, propósitos e missão de vida.
Provavelmente irá fazer as coisas apenas porque têm que ser feitas, apenas o mínimo necessário, minimizando os riscos de repreensões e penalizações. Aparentemente poderá parecer uma pessoa disciplinada.
INDISCIPLINADO DO TIPO 2: BAIXA conformidade e BAIXA clareza de objetivos, propósitos e missão de vida.
Esta é a situação na qual poderá ser percebida com mais intensidadea indisciplina, uma vez que a pessoa não possui clareza de para onde vai e também não está muito preocupada em fazer o que deve ser feito, muitas vezes sem dar importância para o que os outros pensam.
DISCIPLINADO DO TIPO 1: ALTA conformidade e ALTA clareza de objetivos, propósitos e missão de vida.
Irá acordar feliz e positivamente ansioso pelo dia que se inicia, fazendo o que deve ser feito, com alto grau de perfeição, qualidade, organização e detalhismo. Esta é a situação aonde provavelmente teremos a pessoa com mais disciplina.
DISCIPLINADO DO TIPO 2: BAIXA conformidade e ALTA clareza de objetivos, propósitos e missão de vida.
Esta pessoa irá dormir, já ansiosa por acordar logo e começar um novo dia, fazendo o que deve ser feito, da forma mais indicada e adequada, com ousadia, criatividade e independência.
Todos podem ser disciplinados e ter prazer nisso, desde que saibam para onde vão e este destino seja o lugar onde irão manifestar quem são. O sucesso, com certeza, está de braços abertos esperando por todos, sendo que os disciplinados com certeza chegarão mais rapidamente!

Alexandre Ribas é Presidente da TTI Success Insights. Proprietário das empresas Venko Consulting, Success Tools e Success For You Editora. Email – alexandre@ttisi.com.br / site: www.ttisi.com.br

 

Tom Coelho  – Gestão Empresarial em tempos de crise

Data de publicação: 18/04/2016

Nossa atual conjuntura aponta para uma nova queda do PIB neste ano. A inflação ultrapassou a meta definida, os gastos públicos bateram recorde, voltamos a ter déficit nas transações internacionais, a renda per capita encolheu e a indústria perde continuamente participação no PIB nacional.
Economistas e cientistas políticos concordam que a correção da rota passa pelas reformas política, fiscal e tributária. O governo precisa elevar sua poupança, reduzir os gastos da máquina e ao mesmo tempo investir em infraestrutura; necessita aumentar a arrecadação, mas diminuir a carga tributária para estimular a produção e elevar a competitividade.
Enquanto estes impasses são discutidos, cabe aos empresários cuidarem de seus próprios negócios. Afinal, a macroeconomia tem impacto no longo prazo e a gestão microeconômica tem que ser feita aqui e agora. Seguem sete passos para reflexão:
1. Repensar o negócio. Analise seus produtos e/ou serviços considerando as demandas dos consumidores e as ações de sua concorrência. Você poderá concluir que é hora de reduzir seu portfólio, enfatizando os itens mais expressivos onde sua competitividade seja maior, ou ampliar a carteira, buscando atingir novos nichos de mercado.
2. Planejar. Elabore um plano estratégico para um horizonte mínimo de doze meses, tendo em vista três cenários possíveis: estagnação, com manutenção das vendas obtidas no decorrer deste ano; retração, com queda nos resultados; e evolução, com crescimento do faturamento. Prepare-se para agir diante de qualquer situação conjuntural.
3. Reduzir custos. Verifique todos os seus processos, de administrativos a operacionais, a fim de identificar meios para cortar custos sem evidentemente impactar a qualidade. Isso poderá conduzir à necessidade de investimentos em infraestrutura possibilitando elevar a efetividade, ou seja, fazer mais e melhor com menos recursos físicos e financeiros, envolvendo também menos tempo e pessoas.
4. Administrar as finanças. A falta de capital de giro é um dos maiores problemas corporativos, em especial das empresas de pequeno e médio porte. Por isso, é necessário ter austeridade na gestão do caixa. Isso significa cuidado na obtenção de crédito e vigília constante dos índices de endividamento, pois é impossível vencer os juros compostos. Atenção também com as vendas a prazo e com o sistema de cobrança dos inadimplentes.
5. Capacitar a equipe. O caminho para elevar a produtividade e, consequentemente, a competitividade, passa pelo investimento em sua equipe. Considerando-se o baixo nível de preparo com que os profissionais chegam ao mercado, decorrência direta da qualidade de nosso ensino, cabe a você instruir, treinar e desenvolver seus funcionários. Assegure-se de que estão alinhados à cultura de sua empresa, que conhecem seus produtos e/ou serviços, e que entregam aos clientes internos e externos um atendimento exemplar. Trabalhe para elevar o nível de engajamento dos mesmos, através de políticas de remuneração variável baseadas no êxito, programas de reconhecimento e valorização e construção de um clima organizacional próspero. E, como sempre digo, lembre-se: contrate devagar, mas demita rápido.
6. Vender mais. O coração de qualquer empresa está no departamento comercial, responsável pela origem das receitas. Para apoiá-lo, acione os mais diversos instrumentos de marketing, buscando mostrar-se ao mercado e difundir seus diferenciais. Você pode optar por campanhas para promover o desejo e o impulso do consumidor por seu produto e/ou serviço, ou ações mais institucionais capazes de potencializar a credibilidade e a reputação da marca. Escolha os meios e veículos adequados para divulgação e não desconsidere a força das mídias sociais.
7. Administrar impostos. Quanto mais competitivo for o seu mercado de atuação, impondo margens menores que exigem volumes crescentes para alcançar resultados satisfatórios, mais relevante será o cuidado com a carga tributária que impacta o seu negócio. Assim, consulte seu contador sobre a viabilidade em alterar seu regime de tributação do lucro real para o presumido ou aderir ao Simples. Considere também a possibilidade de desmembrar sua companhia em duas, ambas optantes pelo Simples, a fim de distribuir o faturamento e usufruir de alíquotas reduzidas. Consulte também outras formas de elisão fiscal (redução legal de tributos).
Todas estas ações básicas são essenciais para perseguir a sustentabilidade de seu negócio, embora não sejam as únicas, nem tampouco garantia plena de sucesso. Mas elas estão ao seu alcance e independem das decisões tomadas em âmbito político.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho  – Crise de liderança

Data de publicação: 11/03/2016

Crise é a palavra mais recorrente em nosso atual contexto. É evidente que estamos diante de uma crise econômica, marcada por retração do PIB, inflação inercial, aumento do desemprego, desvalorização cambial, entre outros aspectos, além de uma crise política. Porém, nada se compara à crise de liderança, a qual não se restringe ao nosso país.
Nos Estados Unidos vemos a ascensão de Donald Trump, com sua retórica arrogante e opressiva capaz de sinalizar para o risco de uma nova guerra fria caso seja eleito. Uma postura muito diferente de Barack Obama, exemplificada por sua iniciativa em buscar uma reaproximação com Cuba.
Na Síria, Bashar al-Assad comanda o país há 15 anos, após suceder seu pai que ficara no poder por três décadas. É o algoz de uma guerra civil que já dura cinco anos, deixando mais de 250 mil mortos e 4,5 milhões de refugiados.
Na Argentina, Mauricio Macri, recém-empossado, extinguiu mais de 20 mil cargos comissionados e gradualmente reinsere o país no comércio internacional eliminando restrições às importações, reduzindo impostos e quitando débitos com credores.
A partir destes breves exemplos, perceba o que líderes podem fazer e o impacto que o exercício do poder tem sobre a sociedade. Então, volte para a realidade brasileira e responda com sinceridade: quem são as lideranças que conduzem nosso país?
Em um ano eleitoral, é lamentável observar a falta de opções. No legislativo, deparamo-nos com uma legião de oportunistas usufruindo dos benefícios do cargo sem representar efetivamente os cidadãos que os elegeram. Vereadores que se limitam a propor moções de aplausos, datas comemorativas e alteração de nomes de ruas, bem como deputados orientados a obstruir votações e fazer conchavos diversos. No executivo, pessoas indicadas politicamente, sem qualquer conhecimento e preparo para o exercício de suas funções.
Mas esta crise de liderança não se restringe ao setor público. Na verdade, ela está mais próxima de você do que imagina. Ela está em sua casa, em pais ausentes que não impõem limites aos filhos e terceirizam a educação dos mesmos à escola. Está em sua empresa, em gestores que agem como chefes utilizando a hierarquia do cargo. Está dentro de você, quando não cuida de sua própria saúde e de suas relações interpessoais entregando-se à ansiedade, à angústia e à depressão.
Pessoalmente, sempre acreditei que pequenas iniciativas são o caminho para grandes mudanças. Você inicia com ações propositivas em seu entorno, envolve sua comunidade e depois amplia o alcance. Ainda acredito nisso, mas esta metodologia demanda muito tempo – um tempo de que não dispomos mais. Por isso, precisamos de lideranças autênticas capazes de impactar positivamente a sociedade. Gestores públicos com comportamento ético, perfil de estadista e visão de longo prazo; líderes empresariais capazes de enxergar além do lucro imediato; pessoas dotadas de autoliderança. Este líder pode ser você!

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Marcelo Pinto (Dr. Risadinha)  – Agora é que é a hora de Surpreendermos Positivamente!

Data de publicação: 02/03/2016

Quem não gosta de ser surpreendido positivamente? Você já surpreendeu alguém hoje? A surpresa assim como o humor e o colesterol, pode ser boa ou má, cumprindo à nós decidirmos qual queremos estimular!
A questão é que boa parte da população teme a surpresa, e isso se dá pela sua imprevisibilidade e o inesperado que vem com ela. Por isso que muitos de nós, tememos a MORTE! E é justamente o inesperado, que é um dos principais ingredientes para criar inovações surpreendentes e nos mantermos VIVOS.
Não podemos negar o poder da surpresa, principalmente em momentos de crise, para gerar bom humor, encantar o cliente, aumentar resultados e conquistar o sucesso no mundo dos negócios e na vida pessoal.
Devemos utilizar o Poder da Surpresa Positiva para vencermos os desafios do cotidiano, fidelizando fãs em nossas atividades profissionais. Este é um dos objetivos propostos no meu novo livro “WOW! Surpreenda Positivamente”.
Nele, compartilho uma série de dicas, curiosidades, estudos e práticas, aplicáveis principalmente no mundo dos negócios, onde a surpresa ainda é vista como sinônimo de fracasso, por parecer não se estar no controle da situação.
Porém, devo destacar que pensar de maneira convencional no mundo de hoje não é o suficiente e se você deseja atingir resultados extraordinários, precisará desafiar as normas e nada melhor para isso do que surpreender, criando algo novo ou fazendo algo radicalmente diferente e positivo, principalmente quando surgirem os problemas e desafios, que são inerentes ao nosso dia-a-dia e fonte inesgotável de oportunidades para surpreendermos positivamente.
Isso é importante pois, os estudos mostram que consumidores que experimentam altos níveis de alegria e surpresa, também, apresentam maiores índices de intenção de recompra, a pagar preços maiores e a recomendar nossos produtos e serviços, isso porque a surpresa positiva nos leva a querer experimentar mais vezes aquilo que nos surpreendeu e a querer compartilhar com o maior número de pessoas o sorriso que esta experiência positiva nos proporcionou.
Investir em experiências que surpreendam originou, inclusive, a criação da função de Chefe de experiência da empresa (CXO – Chief Experience Office) responsável por criar ações encantadoras e surpreendentes, assim como o CSO – Chief Smile Office e responsável por criar situações de descontração responsável nas empresas. Esse é o novo caminho, principalmente para a nossa liderança. Isso por que as pessoas criam padrões de comparação após a experiência e esses padrões são usados para avaliar o quanto surpreendente foi o evento. Exemplificando: quando compramos um veículo, se ele é zero quilometro e vier com um problema no motor, teremos um evento inesperado e ficaremos surpresos (negativamente), agora se o veículo tiver mais de 10 anos de uso ou 150 mil quilômetros, ainda que tenha sido adquirido de um fornecedor confiável, esse problema no motor apesar de não ser esperado, com certeza não nos causará surpresa.
A relação da surpresa com a satisfação depende muito dos benefícios e custos percebidos pelo consumidor em relação a um produto ou serviço depois de comprá-lo ou usá-lo.
A surpresa negativa (insatisfação) acontece quando o desempenho de um produto ou serviço esperado pelo consumidor é menor do que o padrão estabelecido; e a positiva (satisfação) ocorre quando a performance do produto ou serviço é superior ao padrão esperado. Quando o desempenho for igual ao padrão esperado, a valoração é nula e as expectativas são confirmadas.
Portanto, a surpresa positiva ocorre quando conseguimos quebrar positivamente, por exemplo, os padrões de atendimento que o cliente tem em mente. A surpresa assume uma posição central como fator de influência em todo o processo emocional de formação da satisfação do consumidor, pois possui um componente afetivo muito marcante que pode intensificar qualquer reação afetiva e avivar a satisfação.
Aliás, altos níveis da combinação de alegria e surpresa formam a emoção “encantamento”, o mais alto grau de satisfação do consumidor. Mas atenção, pois assim como o mau humor contamina mais rápido do que o bom humor contagia, é facilmente visível a força maior da surpresa negativa em comparação com a surpresa positiva, isso porque as perdas têm impacto maior que os ganhos. Isso é conhecido como o “Poder da Surpresa Negativa”.
Como exemplo, gosto de citar uma pesquisa que foi encomendada pela Ford Motors, na qual se concluiu que um cliente satisfeito conta em média para oito pessoas sua satisfação, já o cliente insatisfeito conta em média para vinte e duas pessoas sua insatisfação com o atendimento, portanto, o cliente pode não lembrar do que você disse ou fez, mas com certeza ele se lembrará do que sentiu com a experiência que teve com você.
Assim, quando algo diferente acontece, se a surpresa for negativa a primeira reação é prevenir as pessoas e se for positiva é compartilhar ou até mesmo propiciar aos outros a mesma alegria sentida.
Estudos mostram que consumidores que experimentaram altos níveis de alegria e surpresa, estão dispostos a: pagar preços maiores, recomendar nossos produtos e serviços, fazer boca a boca positivo, ignorar marcas competidoras e, apresentar maiores índices de intenção de recompra.
E lembre-se: quando realizamos uma surpresa, tiramos esta oportunidade da concorrência, que terá que inventar outra. Portanto, saia na frente e surpreenda positivamente seu cliente, líder e empresa.
Até Freud e Bérgson já apontaram o fator surpresa como o elemento mais importante para desencadear o riso. O inesperado faz isso. Com esta obra desejo destacar a importância da surpresa positiva nos relacionamentos pessoais e profissionais, e a relação desta experiência com o sorriso, minha fonte de inspiração e Missão de Vida.

Marcelo Pinto (Dr. Risadinha)  – Advogado, Conferencista e Palestrante

http://www.palestrantedobomhumor.com.br

 

Patrícia Camargo – O Prazer de comer

Data de publicação: 26/01/2016

Comer nos dá prazer. Se for açúcar, então, muito mais prazer. Isto acontece porque ao ingerirmos açúcar, aumentamos a produção de serotonina no organismo e esta substância é a responsável por melhorar nosso humor, nos dando a sensação de bem estar. Muitos estudos chegaram a esta conclusão. E esta conclusão traz uma explicação química para um fenômeno que é também emocional. Afinal, é muito comum as pessoas buscarem na comida o consolo para momentos de angústia e depressão.
O primeiro prazer que temos na vida é o que recebemos pela boca. Freud expôs isto com sabedoria ao explicar a fase oral no bebê : o bebê que acabou de nascer se relaciona com o mundo pela boca, recebe ali seu alimento. E recebe também o colo, o carinho e a atenção da mãe, no momento da amamentação. Por isso, é muito comum associarmos comida com carinho e amor, pois isto nos remete ao conforto psicológico que recebemos pela boca nos nossos primeiros meses de vida.
Grandes datas comemorativas ocorrem ao redor da mesa. Almoços de família, Páscoa, Natal, Ano novo, aniversários. Ocasiões especiais que são comemoradas e “bebemoradas” também através do alimento. Nosso convívio social invariavelmente se dá ao redor de uma mesa.
Quando buscamos suprir uma carência, uma angústia ou a eliminação de um conflito através da comida, caímos numa armadilha. O que num primeiro momento é considerado prazer e aumenta a produção de serotonina, no segundo momento irá nos causar culpa, pois nos fará mais gordos ou obesos.
Existem outras razões emocionais para a obesidade. Ela pode ser um mecanismo de defesa utilizado pelo obeso para negar seu corpo ou sua sexualidade. Pode também ser consequência de campanhas de marketing maciças a que as crianças são submetidas na infância e que as influenciam de tal maneira que chega a ser quase impossível não cair na tentação daquele alimento (lembram-se da famosa propaganda “Compre Batom…….”)
Pode também ter origem genética ou mesmo ser consequência de uma disfunção da leptina, um hormônio que manda sinais ao nosso cérebro dizendo quando estamos saciados e devemos parar de comer.
O que há alguns nos era visto como desleixo, ao considerar o obeso um preguiçoso que não tem força de vontade para emagrecer, hoje já é visto com uma abrangência maior, devido a vários estudos dos aspectos mencionados acima.
Quando procuramos prazer e bem estar no ato de comer, comemos mais do que precisamos. Ao nos depararmos com a sociedade atual, os conflitos internos e externos que vivenciamos e a proliferação cada vez maior dos aparatos tecnológicos que nos incentivam a uma vida solitária, a conclusão lógica é que teremos cada vez mais pessoas obesas e descontentes buscando prazer e acolhimento na comida.
Felizmente não é só o açúcar proveniente de doces e chocolates que aumenta a produção de serotonina. Algumas frutas como banana e abacaxi, leite, cereais e Castanha do Pará também cumprem esta função. Nosso prazer de comer salada pode ser maior se acrescentarmos pedaços de frutas (abacaxi, maçã, manga, laranja) em sua composição.
Outra dica preciosa é que a prática de exercícios também aumenta a produção de serotonina, nos dando sensação de bem estar. Endorfinas também são liberadas com a prática de exercícios. Estas duas substâncias são conhecidas como hormônios da felicidade.
Alguns estudos indicam que a prática de exercícios pode ser tão eficaz quanto o uso de remédios anti depressivos no tratamento da depressão moderada. Várias pessoas relatam aumento de bom humor após sua prática.
Tentando simplificar um assunto tão complexo, vale a pena pensar em substituir açúcares por frutas e saladas agridoces em suas refeições. Ao se sentir triste e deprimido, busque alternativas saudáveis como caminhadas e exercícios físicos – de moderados a mais intensos. Seu organismo agradece. E sua mente também !

Patrícia Camargo – Coaching & Psicanálise Clínica
http://www.patriciacamargo.com.br
Tom Coelho – Guerras e guerras

Data de publicação: 21/12/2015

Desde pequeno acostumei-me com a guerra.
Acho que por influência de meus pais – e um cara chamado Freud disse que as coisas sempre começam assim – passei a considerar a guerra um ato normal, quase essencial.
Primeiro foi uma guerra para sair do conforto do ventre de minha mãe, onde eu tinha alimento e segurança, num dia que chamaram de parto e que depois deram o nome, talvez só para me tapear, de aniversário. Eu chorei muito e esperneei ainda mais naquele dia. Mas não teve jeito. Tiraram-me de lá, fazendo-me ver um clarão que quase me cegou. Ainda levei um tapa no traseiro sem motivo algum! Os anos seguintes me mostraram que raramente adianta chorar e espernear…
Depois veio uma guerra particular bem interessante que consistia em ficar em pé e aprender a andar. Meu pai guerreava para comprar fraldas e leite em pó, enquanto minha mãe também travava outra guerra que se estenderia por anos: fazer-me comer o que ela colocava no prato, o que envolveria coisas como fígado e ervilha, em vez de chocolate e gelatina.
Lá pelos quatro anos de idade fui apresentado a um verdadeiro arsenal de guerra. Era um começo de ano e todo mundo pulava e cantava muito numa festa que atendia pelo nome de Carnaval. Ganhei uma espécie de bisnaga de plástico que a gente enchia de água e depois saía molhando a todos que se atrevessem passar pela frente. Ganhei também umas armas feitas de papel – parece que se chamavam confete e serpentina. Estas eram guerras bem animadas!
Ah, lembro-me também dos bombardeios aéreos com batatas fritas atiradas do 18º andar de um prédio onde estive hospedado durante uma viagem de férias.
Anos depois, viriam as guerras que guardo com mais carinho na memória. A guerra de almofadas que começava na sala e terminava como guerra de travesseiros no quarto. Foi uma época de desenvolvimento de táticas de guerrilha. Eu me entrincheirava atrás do sofá e espalhava sapatos e chinelos-mina pela sala e corredores.
Trocar a TV, o videogame e as brincadeiras com os colegas pelas tarefas escolares eram uma guerra e tanto. O mesmo para arrumar o quarto, tomar banho e ir dormir cedo.
Então veio uma série de outras guerras. Guerra para ser aceito pelo time de basquete do clube, mesmo sendo baixinho. Guerra para tirar boas notas e se destacar na escola. Guerra para entender as transformações que os hormônios provocavam no corpo. Guerra para criar coragem e convidar aquela garotinha para sair. Guerra para tomar a iniciativa do primeiro beijo.
Mais alguns pares de anos e as guerras seguintes foram tomando conotação mais séria. Guerra para passar no vestibular. Guerra para obter o diploma. Guerra para conseguir um emprego e, estando nele, aprender a aceitar a hierarquia – às vezes, quase militar –, as ordens impingidas de cima para baixo, os conchavos nos corredores, as conspirações no hall do café, as armadilhas no elevador. Guerras corporativas engendradas por coronéis sem patente, travadas por soldados muitas vezes lançados a campo sem treinamento e provisões. Guerra contra a concorrência, sem interesse na diplomacia. Guerra contra a ineficiência, sem previsão de armistício. Guerra pelo consumidor, por sua preferência e fidelidade.
E, nesta toada, guerra para encontrar uma alma gêmea. Guerra para seduzi-la a casar-se e, depois, a separar-se. Guerra pela custódia dos filhos. Guerra para montar uma empresa, pagar salários, pagar impostos – e, de repente, ter que fechar a empresa. Guerra contra o aumento da gasolina. Guerra contra os juros do cheque especial.
Lendo os jornais observo o desenrolar de outros tipos de guerra. Guerra pela demarcação geográfica, guerra pelo petróleo, guerra pela autoridade. E, talvez a pior de todas: a guerra em nome de Deus, a que chamaram de guerra santa, apenas para envolver de corpo e alma milhões de inocentes, jovens ou maduros, mas que na verdade atende aos mesmos preceitos de terra, dinheiro e poder de todas as guerras convencionais.
Hoje, já adulto, dei-me por conta de como nossas guerras vão perdendo significado real à medida em que nossas pernas crescem. As guerras migram do prazer para a ignorância, da pureza para a intolerância. Bilhões de dólares, euros e libras são gastos para matar mais gente, quando poderiam amenizar a dor e o sofrimento, a fome e a miséria, de outros milhões espalhados pelo mundo.  Bilhões de reais são investidos em produtos que não são desejados, em tecnologias que não serão usadas, em treinamentos que não proporcionam aprendizado, em confraternizações que não geram integração. Tudo porque as nações tratam as outras como países, isolando-se em torno de seus interesses. Tudo porque as empresas tratam seus colaboradores como móbiles, fertilizando o terreno para uma guerra civil ao não definirem seus valores, missão e ideais de forma compartilhada.
Olhamos para o lado e vemos a guerra para saber quem avançará primeiro o semáforo fechado, a guerra para determinar quem vencerá a licitação, a guerra contra o narcotráfico, a guerra pela sobrevivência. Nesta hora vemos que Darwin enganou-se, que a seleção não é natural porque a natureza quer, mas porque o homem assim o deseja.
Então, coloco-me diante de minha maior guerra pessoal: a de entender o porquê de as coisas serem assim. Compreender como fui me deixar convocar por este exército de insanos. E imaginar em qual ponto no espaço e em que momento no tempo desgarrei-me da criança que vivia e amava a guerra, como ela deveria ser.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Alexandre Ribas – Coaching e ferramentas de assessment: avaliar não é julgar

Data de publicação: 02/12/2015

Em um processo de coaching, é recomendável que o coach tenha o máximo de informações que for possível do coachee, não apenas antes da primeira sessão, mas também antes da elaboração do planejamento das sessões. O levantamento de dados, ou avaliação dos talentos e oportunidades de melhoria do coachee, garante uma maior segurança para o sucesso do coaching.
A etapa de levantamento de dados e diagnóstico do coachee é fundamental para que o coach elabore o plano de voo das sessões de coaching. Obviamente que o planejamento não irá utilizar apenas informações de entrevistas e ferramentas de diagnósticos, mas é certo que ferramentas de assessment adiantam muito o caminho do coach de conhecer o coachee.
Outro relevante benefício das ferramentas de assessment é propiciar um maior autoconhecimento para o coachee, base fundamental para um estabelecimento mais realista de metas, para assim diminuir as chances de o processo de coaching terminar em frustração para o coachee e fracasso para o coach.
Esse processo de avaliar e conhecer o coachee em detalhes contribui para que as aspirações deste e ao mesmo tempo do coach estejam com uma maior proximidade da realidade, pois nem sempre a resposta à pergunta abaixo é “sim”.
Querer é poder?
Pode ser que sim, e também a resposta pode ser não.
A obtenção de um “sim” para a pergunta acima é mais provável quando o coachee:
Quer certo
Na hora certa
Da forma certa
Possui os recursos necessários (tempo, dinheiro, talentos, networking etc.)
Está disposto a sair da posição de conforto e pagar o preço necessário
As ferramentas de assessment podem contribuir para avaliar as chances de um coachee em realizar seus sonhos e objetivos, sendo uma importante fonte de informações. As ferramentas de assessment são um “meio”, não um “fim”, elas não julgam nem decidem, quem faz isso são as pessoas. Os relatórios de perfil comportamental apenas trazem mais informações para que o coach junte todas as informações relevantes a respeito do coachee e assim consiga aumentar as chances de sucesso do processo de coaching.
Lembre-se: ferramentas de assessment podem ser vistas como instrumentos de avaliação, ou levantamento de dados, não de julgamento. Cuidado para não decidir o futuro do coachee apenas com base em um gráfico, quando ele é muito mais do que isso.
Ferramentas de assessment devem ser utilizadas para avaliar, não para julgar.

Alexandre Ribas é Presidente da TTI Success Insights. Proprietário das empresas Venko Consulting, Success Tools e Success For You Editora. Email – alexandre@ttisi.com.br / site: www.ttisi.com.br

 

Tom Coelho – Celebre sua vida

Data de publicação: 11/11/2015

Minha filha está completando seis anos de idade. Esta é uma das mais incontestáveis provas de que o tempo voa. Afinal, ainda me recordo dela como um bebê engatinhando, pronunciando suas primeiras palavras, comemorando seu primeiro aniversário.
Já notou como nossas vidas parecem seguir orientadas por um piloto-automático? Acordamos em horários regulares, tomamos um café da manhã parecido e seguimos para nossas atividades pelos mesmos caminhos, enfrentando o trânsito-nosso-de-cada-dia. Quer você seja um estudante, um atleta ou um profissional, no seu destino a rotina (do francês routine, o caminho muito frequentado) lhe aguarda: uma sequência de aulas para assistir, treinos extenuantes para cumprir, reuniões ou ações operacionais para realizar. No decorrer do dia, um almoço talvez insípido no mesmo restaurante ou refeitório, alguns momentos fugazes de prazer por telefone ou pessoalmente com um colega ou familiar, fechando o dia em companhia da TV, do celular ou da internet, jantando e indo dormir, para recomeçar tudo na manhã seguinte.
Faça uma breve pausa, por favor. Coloque-se defronte ao espelho e observe como a vida está passando rápido diante de seus olhos. Cabelos embranquecem ou começam a rarear, rugas instalam-se em sua face, algumas dores ocupam partes de seu corpo. Agora olhe ao redor e perceba o mesmo em relação aos seus pares: pais, irmãos, filhos, amigos.
Minha filha me proporciona ao menos dois momentos muito felizes todos os dias: quando a desperto e quando a coloco para dormir. Ao acordá-la, com pequenos beijos e abraços, sinto o calor de seu corpo ainda pequeno e o aroma de sua pele. Ao abrir os olhos e receber seu carinho, ouço o som de sua voz e toda sua disposição por iniciar mais um dia. Ela faz questão de descer as escadas em meu colo, o que ainda é possível, e exige minha companhia ao seu lado enquanto faz seu desjejum.
À noite, após o banho e o jantar, aquela pequena mocinha, agora com longos cabelos cacheados e trajando sua ainda infantil camisolinha, sobe as escadas novamente em meu colo e por alguns minutos, antes de adormecer, conversa comigo sobre suas ideias, sobre seu sonho de um dia poder voar como uma fada, sobre como ela julga sua “vida perfeita”.
Então, termino meu dia envolvido pela alegria e tomado por reflexões. É impressionante como a pureza e a inocência de uma criança têm muito a ensinar a nós adultos sobre como valorizar e celebrar cada novo dia. Neste momento, lembro-me de Shakespeare, que dizia: “O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eterno”.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Geração sem-sem

Data de publicação: 07/10/2015

É provável que você já tenha ouvido falar da “geração nem-nem”, denominação dada aos jovens que nem estudam, nem trabalham. Conheça agora a “geração sem-sem”. Ela não é formada exclusivamente por jovens, pois não está relacionada à idade, mas sim a novos hábitos oriundos da tecnologia. Trata-se de pessoas que utilizam celular e redes sociais sem limites, e não raro, sem noção das consequências.
Em 2012, a atleta grega Voula Papachristou foi afastada dos Jogos Olímpicos de Londres pelo Comitê Olímpico de seu próprio país após postar em seu Twitter: “Com muitos africanos na Grécia, ao menos os mosquitos do Nilo ocidental vão comer comida caseira”.
Em dezembro de 2013, Justine Sacco, então diretora de comunicação da IAC, empresa detentora de diversos sites, entre os quais o Vimeo, embarcava para a África do Sul, sua terra natal, quando tuitou para seus 170 seguidores: “Indo para a África. Espero não contrair Aids. Brincadeira. Sou branca!”. Ao desembarcar, nove horas depois, descobriu que sua mensagem havia repercutido fortemente, sendo capitaneada por grupos de combate ao racismo. No dia seguinte, foi sumariamente demitida.
Há alguns anos eu pretendia contratar uma assessoria de imprensa. Minha prioridade não era uma empresa formal, mas sim um profissional que pudesse realizar o trabalho à distância, em uma autêntica relação de confiança. Por coincidência, recebi o currículo de uma jornalista bastante qualificada. Porém, antes de procurá-la, decidi analisar seu perfil também nas redes sociais. Qual não foi minha surpresa ao constatar que a moça passava várias horas todos os dias em um jogo on-line, compartilhando com todos suas conquistas. Como estabelecer um sistema de trabalho à distância nestas circunstâncias?
Todos sabemos os benefícios legados pelos avanços da tecnologia. O acesso à informação, a velocidade da comunicação, a interação com novas pessoas e o resgate de relacionamentos do passado. Entretanto, falta bom senso na utilização de celulares e redes sociais.
A necessidade de acompanhar uma infinidade de posts faz com que predomine a superficialidade. Qualquer mensagem com mais de três parágrafos é simplesmente ignorada. Pior, a partir de uma leitura rasa e incompleta, muitos julgam-se em condições de comentar e criticar com propriedade, mesmo sem ter compreendido o contexto.
O Facebook, por sua ampla difusão, é um ótimo exemplo. Neste canal, é muito comum as pessoas inserirem textos e imagens que não necessariamente representem quem elas são, mas sim uma projeção de quem gostariam de ser. E a coleção de selfies retrata um mundo cor de rosa que não necessariamente corresponde à realidade dos fatos.
Mas nada é mais preocupante – e irritante – do que o uso indiscriminado dos celulares. Pessoas com a “síndrome da cabeça baixa” reunidas presencialmente, porém focadas exclusivamente na tela de seus smartphones ignorando a tudo e a todos ao seu redor. Gente que liga o aparelho dentro do cinema e do teatro, responde mensagens durante aulas e reuniões, dirige falando ao celular colocando em risco a própria integridade e a segurança de outros.
Até o surgimento de uma próxima moda precisamos aprender a lidar com a tecnologia, evitando o risco de ser um sem-sem: sem limites, sem noção!

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – “Cuide de sua vida”

Data de publicação: 01/09/2015

Observe a chegada da prova de 100 metros no Mundial de Atletismo de Pequim, na qual o jamaicano Usain Bolt venceu o norte-americano Justin Gatlin por apenas 1 centésimo de segundo. Enquanto Bolt projeta a cabeça para frente, na linha de chegada, Gatlin a inclina para a esquerda, possivelmente tentando observar com visão periférica o desempenho de seu adversário.
É evidente que a ínfima diferença de tempo que determinou campeão e vice decorreu de aspectos diversos, desde a largada, com o tempo de reação na saída dos blocos, passando pelo desempenho durante a fase de aceleração até a chegada. Porém, é possível que o americano ganhasse aquele único centésimo se tivesse focado exclusivamente em si, em vez de se preocupar com o concorrente…
Isso remete a uma lição válida para todos nós, seja na vida pessoal ou profissional: olhe menos para os lados e procure cuidar de sua própria vida para alcançar o almejado sucesso.
No mundo corporativo, é muito comum vermos a inveja preconizar quando alguém recebe um elogio ou uma promoção. O que poderia funcionar como inspiração, oferecendo lições a serem compartilhadas para o autodesenvolvimento de todos, alimenta um comportamento egoísta, provocando reflexões como “Por que não fui eu a pessoa contemplada?”, ou ainda pior, “Esta pessoa não merecia tal reconhecimento!”.
Por isso, lembre-se do seguinte. Aprenda a olhar para frente, vislumbrando seu futuro, pois é lá que você passará o resto de sua vida. Imagine-se um, cinco, dez, vinte e cinco anos adiante e responda a si mesmo o que estará fazendo, quem estará ao seu lado, quais serão suas conquistas e, fundamentalmente, qual o legado que estará construindo.
É válido também olhar eventualmente para os lados desde que para aprender com seus pares e, desta forma, impulsionar sua trajetória.
Porém, jamais se esqueça de olhar para trás, não com o intuito de contemplar de forma melancólica o passado (diz um provérbio russo que “ter saudades do que já passou é correr atrás do vento”) mas sim de observar o quanto do caminho já percorreu, enaltecendo suas vitórias, saboreando os frutos de sua evolução, aprendendo a deixar para trás tudo o que não precisa carregar consigo, como mágoas, ressentimentos e frustrações.  Ouça sua intuição e siga as batidas de seu coração!

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Feliz 2018!:  “O futuro dependerá daquilo que fizermos no presente.”

Data de publicação: 31/07/2015

Sejamos honestos: estamos atravessando um momento econômico comparável à década perdida dos anos de 1980 e um momento político similar ao vivenciado no início dos anos de 1990.
Do ponto de vista econômico, vamos acabar com esta balela de que falar em crise é sinônimo de pessimismo ou mau humor. Também vamos colocar de lado a retórica de que crise é sinal de oportunidade, ainda que evidentemente alguns setores possam se beneficiar desta conjuntura. O clichê do momento é a frase da obra de Nizan Guanaes: “Enquanto eles choram, eu vendo lenços”. O problema é que falta capital para fabricar lenços e faltam compradores para o produto.
Estamos diante de uma autêntica estagflação, ou seja, retração econômica, com projeção de queda do PIB entre 1 e 2% neste ano, associada à elevação dos índices de desemprego e uma inflação galopante decorrente de aumento das tarifas públicas e desvalorização do real. Na verdade, estamos colhendo os frutos de nossa baixa competitividade ocasionada pela conjunção de três fatores fundamentais: elevada tributação, falta de infraestrutura e baixa produtividade.
Temos uma carga tributária da ordem de 36% do PIB, uma das maiores do mundo, porém sem as devidas contrapartidas do ponto de vista da prestação de serviços públicos. Segundo o Portal Tributário, são 92 tipos de impostos, contribuições ou taxas. O cidadão de baixa renda acredita que não paga impostos por não sofrer retenção de IR no holerite, mas não sabe que um medicamento é tributado em 34%, um shampoo contém 44% de imposto, e um saco de arroz ou de feijão outros 17%, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Nossa infraestrutura é precária. É fácil culpar a falta de chuvas para justificar a crise hídrica. E só não sofremos um apagão elétrico devido à queda na atividade econômica. Transportamos cargas por via rodoviária quando poderíamos ter adotado hidrovias ou o transporte ferroviário. Um importador demora três dias para ser informado do desembarque de sua carga no porto. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 55% dos brasileiros são atendidos por rede de esgoto. Falta-nos planejamento para otimização de recursos.
Já a produtividade é lastimável graças à educação medíocre que despeja uma legião de analfabetos funcionais no mercado de trabalho. Apenas para exemplificar, segundo relatório do Conference Board, organização que reúne mais de 1200 empresas de 60 países, um trabalhador norte-americano produz o equivalente a quatro brasileiros. É preciso dizer algo mais?
Sob a ótica política, façamos uma análise lúcida e apartidária. A atual presidente não tem maioria no Congresso, conta com apenas 10% de taxa de aprovação e está pagando o preço dos ajustes postergados no passado para garantir sua reeleição. Já a oposição continua em busca de um “Fiat Elba” (alusão ao estopim que levou à queda de Fernando Collor em 1990, muito diferente dos Porsche, Ferrari e Lamborghini apreendidos recentemente) capaz de endossar juridicamente um pedido de impeachment ao mesmo tempo em que não demonstra interesse em acelerar tal processo, pois quanto mais a crise se aprofundar, maior será o desgaste do atual governo, elevando as possibilidades de êxito nos próximos pleitos – a começar pelas eleições municipais do próximo ano.
Acrescente a este receituário outros fatores como a queda no preço das commodities, aumento do dólar, a bomba-relógio da previdência social, os reajustes do funcionalismo público e a crise de valores.
Diante deste cenário, não há boas perspectivas no curto prazo. As ações para reversão deste quadro dependem da superação do egoísmo e da vaidade política que assola este país. É necessária uma coalizão nacional capaz de promover as mudanças minimamente necessárias para que possamos começar a colher os resultados em 2017 ou 2018. O grande equívoco é esperar que as coisas resolvam-se por si mesmas, acreditando que, definitivamente, Deus é brasileiro…

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.
Tom Coelho – Ensaio sobre a amizade

Data de publicação: 17/07/2015

Quando crianças, temos um mundo inteiro para descobrir e explorar. E este mundo parece não ter fronteiras, tamanha sua vastidão. Olhamos ao redor e tudo o que vemos é a linha do horizonte.
Mas há um aspecto muito bem delimitado. Ele corresponde à amizade. Nossos amigos são poucos e estão sempre próximos. Acompanham-nos à escola, curtem o recreio conosco, partilham a merenda. Ao lado deles fazemos as tarefas, estudamos para as provas, praticamos esportes e brincamos.
A idade avança e somos contemplados com o rótulo de adultos. Mudam nossos propósitos, responsabilidades e prioridades. E, quase que invariavelmente, também mudamos de casa, de bairro, talvez de município, Estado ou mesmo país.
Nosso mundo, agora, fica bem delineado. Passamos a tratar com mais e mais pessoas e, paradoxalmente, cultivamos menos amizades porque nossas relações são todas marcadas com o lacre da superficialidade.
Pessoas entram e saem de nossas vidas. Muitos se tornam nossos conhecidos, de um vizinho que mora na casa ao lado ou no apartamento do andar de cima, a profissionais que vemos em reuniões de negócios ou congressos. Sobre estes, pouco ou nada sabemos, nem mesmo o nome.
Já alguns viram nossos colegas. Dividem o tempo e o espaço conosco, sobretudo no ambiente de trabalho. Por conta deste vínculo, temos objetivos comuns, metas a serem alcançadas, até valores corporativos alinhados. Sabemos seus nomes, seus cargos, suas atribuições, mas podemos conviver por anos separados por uma única divisória ou porta sem conhecer suas preferências, sua família, sua história de vida.
De tanto refletir, descobri algumas coisas que dizem respeito à amizade.
Amigos são pessoas que compartilham com alegria as nossas vitórias, mas que nos acolhem despretensiosamente nos maus momentos. Nós os descobrimos na adversidade e na infelicidade. São apoiadores por natureza, mesmo quando discordam de nossas posições. Bons ouvintes, concedem-nos atenção e sabem que muitas vezes não queremos opiniões ou comentários, mas apenas sermos ouvidos com paciência.
Adeptos da diversidade, pouco lhes importa aspectos como raça, credo ou condição socioeconômica, pois respeitam nossas diferenças antes mesmo de desfrutar as semelhanças. Surpreendem-nos com regularidade e são admiráveis confidentes, compartilhando seus segredos – e os nossos.
Não existem bons ou maus amigos, sinceros ou dissimulados. Por definição, um amigo é verdadeiro, honesto, leal e digno de honra e admiração. Lembro-me de Publius Syrus: “A amizade que acaba nunca principiou”.
Melhor do que conquistar novos amigos é conservar os velhos. Por isso, visite seus amigos com frequência. Os escandinavos dizem que o mato cresce depressa nos caminhos pouco percorridos.
Relacionamentos não se constroem por telefone ou e-mail. São bons expedientes para manter uma amizade, mas precisamos mesmo é estar “cara a cara” com as pessoas que apreciamos. Olhos que brilham, braços que envolvem, palavras que acalentam. Vale o alerta de Fred Kushner: “Eu deveria ter visitado mais meus amigos e lhes contado como me sentia em vez de só encontrá-los em enterros”.
A amizade torna as pessoas mais amenas, gentis, generosas e felizes. Mas, para ter amigos, é preciso antes ser um. E isso envolve atitude…
Começar junto e terminar junto. Assim se edifica uma sólida amizade.

Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Patricia Camargo – Sincronicidade

Data de publicação: 01/07/2015

Segundo Jung, sincronicidade é um conceito usado para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado. Em termos simples, sincronicidade é a experiência de ocorrerem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa “coincidência significativa”.
É muito interessante analisarmos os fatos de nosso dia a dia á luz deste conceito de Jung. Vamos descobrir assim, que coincidência não existe, e que tudo que ocorre ao nosso redor tem um por quê, que nada acontece por acaso.
Algumas destas coincidências têm um significado profundo para nós. Outras, só nos damos conta do quanto foram importantes, algum tempo depois, ás vezes apenas com o distanciamento de anos.
Mas devemos sempre considerar nossa missão aqui. Por que acordamos todos os dias ? O que nos faz levantar da cama ? A resposta para estas perguntas pode nos explicar, de alguma forma, por que determinado acontecimento sucedeu, e assim, podermos entender o significado mais profundo da sincronicidade em nossas vidas.
A partir destas observações, também temos a oportunidade de tornar para nós consciente o que ainda é inconsciente, e isso pode nos gerar um entendimento maior em relação ao nosso propósito de vida.
Pense nisso. Pense nas coincidências de sua vida e em tudo o que te aconteceu até hoje que te trouxe até aqui, até onde você se encontra hoje. Pense nos caminhos percorridos, pense nos tantos outros caminhos que você ainda tem a percorrer. Com esta consciência, a riqueza do percurso será bem maior!

Patrícia Camargo
Coach Pessoal/Afetiva – www.coachafetiva.com.br

 

Tom Coelho – Cinco passos para a Meta

Data de publicação: 30/06/2015

Você decide ir ao cinema. Sai de casa e, quando percebe, imerso em seus pensamentos, está fazendo o caminho convencional para ir ao trabalho – que, por sinal, é diametralmente oposto. Depois de enfrentar um belo trânsito, acerta o passo e chega ao shopping. Vasculha os três pisos de estacionamento para obter uma vaga. Logo mais, encontra uma agradável fila para comprar os ingressos. Na boca do caixa descobre que a sessão está esgotada. A próxima, somente em duas horas e quinze minutos.
Impossível? Improvável? Com você não? Pense bem antes de responder. Se você ainda não passou pelo ciclo completo descrito acima, uma boa parte dele já lhe visitou em um final de semana destes. O mal é o mesmo que afeta a profissionais e empresas no mundo corporativo: a ausência de metas definidas.
Vamos partir de um pressuposto. Você sabe o que quer, para onde deseja ir. Se estiver em uma companhia que não lhe agrada, buscará outra. Se estiver disponível, sabe qual o perfil de vaga lhe interessa. Se estiver satisfeito em sua posição atual, almeja alcançar um cargo mais elevado.
Uma meta, qualquer seja ela, só pode ser assim conceituada quando traçada segundo cinco variáveis. A primeira delas é a especificidade. Seu objetivo deve ser muito bem definido. Assim, é inútil declamar aos quatro cantos do mundo: “Quero trabalhar na multinacional ABC Ltda.”. Desculpe-me pela franqueza, mas acho que você não será contratado a menos que pense: “Vou trabalhar como gerente comercial, na divisão alfa, da companhia ABC Ltda., atuando na coordenação e desenvolvimento de equipes de vendas para a região sul”. Em outras palavras, quanto mais específica for a definição de seu propósito, mais direcionado estará seu caminho.
A segunda variável é a mensurabilidade. Sua meta deve ser quantificável, tornando-se objetiva, palpável. Em nosso exemplo anterior, você teria que definir, por exemplo, a faixa de remuneração desejada. Outra situação bem ilustrativa desta variável é a aquisição de bens materiais. “Pretendo comprar um carro”, é um desejo. “Vou comprar um veículo da marca XYZ, modelo beta, com motor 2.0, dotado dos seguintes opcionais (relacioná-los) e com valor estimado de R$ 30.000,00”, é uma quase-meta.
A próxima variável é a exequibilidade. Uma meta tem que ser alcançável, possível, viável. Voltando ao exemplo inicial, o objetivo de integrar o quadro da companhia ABC como gerente comercial não será alcançável se você tiver uma formação acadêmica deficiente, experiência profissional incompatível com o perfil do cargo e dificuldades de relacionamento interpessoal.
Chegamos à relevância. A meta tem que ser importante, significativa, desafiadora. Você decide como meta anual elevar o faturamento de seu departamento em 5% acima da inflação. Entretanto, seu mercado está aquecido e este foi o índice definido – e atingido – nos últimos dois anos. Logo, é preciso ousadia e coragem para determinar um percentual superior a este, capaz de motivar a equipe em busca do resultado. Lembre-se de que o bom não é bom onde o ótimo é esperado.
Finalmente, o aspecto mais negligenciado: o tempo. Muitas metas são bem específicas, mensuráveis, possíveis e importantes, porém não definidas em um horizonte de tempo. Aquela oportunidade de negócio tem que ser concretizada até uma data limite. Determinada reunião deve ocorrer entre oito e nove horas. Certo filme no cinema sairá de cartaz na sexta-feira próxima.
Por isso, evite procrastinar, nome feio dado à mania de adiar compromissos. Este pode ser um golpe fatal em qualquer meta proposta.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Promoção e Poder

Data de publicação: 29/06/2015

“O poder muda as pessoas”. É muito provável que você já tenha proferido a frase acima para qualificar a mudança no comportamento de um amigo após este ser promovido em seu emprego. A este respeito, permita-lhes contar uma breve história…
Há mais de uma década eu estava como diretor de uma empresa para a qual contratei um representante comercial. Em tal posição, o rapaz não tinha vínculo empregatício, ou seja, não precisava cumprir horários ou mesmo comparecer regularmente à companhia. Cabia-lhe apenas visitar clientes para gerar negócios, estando subordinado a mim e ao gerente comercial.
Entretanto, aquele profissional se destacava em relação aos demais em igual função. Ele fazia questão de ir à fábrica, conhecer em profundidade nossos produtos, processos e sistema de gestão. E, diante deste envolvimento, sempre que possível trazia-nos sugestões diversas para melhoria, de forma realmente despretensiosa.
Após um ou dois meses, notei que estava diante de uma pessoa singular, muito acima da média dos demais funcionários. Alguém que não se reduzia aos limites de seu papel, que apresentava admirável visão sistêmica e nítida capacidade de gerenciamento e inovação. Refleti e tomei a decisão de promovê-lo.
Para encaixá-lo no organograma, criei o cargo, até então inexistente, de gerente administrativo. Era o que melhor se enquadrava em seu perfil, posto que transitava com fluidez do departamento de vendas à produção, passando pelo atendimento e suprimentos. Todavia, algo inusitado aconteceu.
Em menos de uma semana no cargo, sua relação com os colegas mudou diametralmente. Ele passou a tratá-los com soberba, em especial a equipe da área comercial, com a qual interagia anteriormente. Até mesmo sua postura física ao caminhar alterou-se! As reclamações começaram a chegar à minha sala até que, menos de um mês depois, não tive opção, demitindo-o.
A grande lição que extraí deste episódio foi de que, em muitos casos, subir na hierarquia faz o poder subir à cabeça. E isso ocorre porque o poder, tal qual o dinheiro, são excepcionais matérias-primas para a vaidade. Porém, diferentemente do que se possa parecer, eles não mudam as pessoas, mas apenas as desmascaram, porque se a arrogância e a prepotência as visitam, é porque sempre estiveram ali presentes, na essência.
Assim, para evitar um infortúnio similar ao que vivenciei, considere três aspectos essenciais antes de promover alguém em sua organização.
Primeiro, conheça o profissional. A rigor, este cuidado deve ser tomado já por ocasião da admissão. Ou, como gosto de dizer, contrate devagar, mas demita rápido. Analise criteriosamente o perfil do executivo, considerando sua personalidade, comportamentos, motivadores e competências. Há instrumentos poderosos para este tipo de avaliação que, quando bem utilizados, permitem colocar a pessoa certa no lugar certo.
Segundo, explicite suas expectativas. Antes mesmo de formalizar a promoção, tornando-a pública, convide o profissional antecipadamente para uma conversa com portas fechadas. Neste momento, informe-o dos motivos que levaram você ou sua equipe a escolhê-lo, elencando os desafios e responsabilidades do cargo, as metas que se espera atingir e qual a autonomia, infraestrutura e equipe que lhe serão disponibilizadas. Apresente também o plano de remuneração e os benefícios inerentes à função.
Por fim, pare e escute. Após o passo anterior, deixe que o profissional relate suas próprias expectativas acerca da nova colocação e se a mesma está alinhada aos seus propósitos pessoais. É neste momento que a promoção pode ser recusada em virtude de uma decisão consciente.
A experiência que relatei confirma a tese de que nem todas as pessoas são indicadas para cargos de liderança. Embora esta seja uma competência possível de ser desenvolvida, há aqueles que não de adequam ao papel de líder. E isso pode ocorrer por dois motivos.
Há profissionais que se sentem deslocados em seu ambiente de trabalho por ter seus pares, antes meros colegas, agora como seus subordinados diretos, impactando o relacionamento interpessoal e gerando uma sensação de desconforto e angústia. Isso é muito recorrente em funções operacionais, em especial com líderes oriundos do chão de fábrica.
Porém, o mais comum são aqueles que, a exemplo do meu antigo representante comercial, não enxergam que liderança é uma posição transitória que não se impõe, mas se conquista, e que precisa ser respaldada por competência, legitimidade, sensibilidade, carisma, persuasão e outros fatores. Contudo, assumem a alcunha de “chefes”, com presunção e orgulho, menosprezando colegas e fornecedores, e desperdiçando uma grande oportunidade.

Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Um instante, uma palavra

Data de publicação: 29/06/2015

Quando iniciei minha carreira como palestrante, nos idos de 2003, eu tinha duas crenças muito claras. A primeira, de que uma apresentação, por mais organizada, envolvente e cativante que fosse, não seria capaz de “mudar a vida” de um participante. Sensibilizar, influenciar e até entusiasmar, sim. Porém, promover uma mudança capaz de alterar o curso da história de alguém, parecia-me presunçoso demais.
A segunda crença dizia respeito à duração de uma atividade. Pensava eu que uma mensagem poderosa dependia do conjunto de seu conteúdo. Seria o todo, e não a parte, o que impactaria os presentes.
Ao longo dos anos, aprendi que estava duplamente equivocado…
Qualquer breve momento pode transformar radicalmente o destino de alguém. Tenho vivenciado isso no dia a dia, a cada diálogo, a cada reunião, seja com colegas, amigos, parceiros de negócios ou mesmo o público em geral. É como disse o antropólogo Roberto Crema: “Ninguém muda ninguém, ninguém muda sozinho, mas mudamos nos encontros”.
Uma vez ao ano tenho a honra e o prazer de desfrutar da companhia de um dos principais líderes empresariais do Brasil. Trata-se de alguém com quem convivi anos atrás no cenário institucional e com quem selei uma amizade autêntica e despretensiosa. Ensinou-me ele em nosso último encontro: “Na atual fase de minha vida, dou-me o privilégio de escolher com quem, quando e por quanto tempo irei dialogar”. É uma grande lição que nos dá a dimensão exata da importância das palavras e do uso do tempo.
Daí decorre também o êxito ou o fracasso no processo de comunicação, pois há uma sutil diferença entre ouvir, escutar e efetivamente entender o seu interlocutor. É tênue, porém ampla, a distinção entre olhar, ver e enxergar um objeto, imagem ou cena. Há pessoas que falam, mas nada dizem; ou que dizem, mas não são compreendidas.
Shakespeare pontuou assertivamente que “leva-se anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e você pode fazer ou dizer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida”. Por isso, sempre procuro alertar que é imprescindível tomar cuidado com as palavras desferidas, em especial nos momentos de irritação. Quando você diz algo que desagrada a alguém, pouca valia haverá em se desculpar posteriormente. Porque não importa o que você disse, mas o que ficou depois do que você disse. O que fica instala-se no peito, dentro do coração, tomando-o por sua morada e de lá não sai mais.

Hoje aprendi que em qualquer intervenção que eu faça, seja em uma palestra ou um treinamento, seja em uma reunião ou em diálogo conciso, basta uma fração de meu discurso para promover a reflexão em qualquer um dos presentes. E como cada pessoa é atingida de maneira diferente e em momentos específicos, é grande minha responsabilidade, pois a mensagem pode afetá-las positiva ou negativamente, influenciando suas decisões.
Assim, cuide com atenção e carinho de seus argumentos. E lembre-se de que em comunicação, mais do que a razão, é a emoção quem impera.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Qual é o seu problema?

Data de publicação: 29/06/2015

Minha trajetória é marcada por iniciativas empreendedoras. Aos 14 anos eu já trabalhava com meu pai. Aos 15, iniciei com um amigo um negócio de digitação de trabalhos acadêmicos. Aos 20, atuei como executivo na área de exportação de café. Após esta experiência, fiquei desempregado por sete intermináveis meses, o que me levou a novamente empreender – desta vez por necessidade, e não por oportunidade.
Ao longo de onze anos enveredei por negócios que transitaram de um bar a um comércio de semijoias, passando por uma construtora e uma metalúrgica. Em alguns, prosperei e me diverti. Em outros, capitulei e me entristeci.
Falar sobre sucesso é relativamente simples e até fácil. Porém, pouco instrutivo. Embora a maioria dos livros, entrevistas e depoimentos procurem sempre exaltar o êxito dos protagonistas, há lições inestimáveis oriundas das histórias de fracasso.
Michael Jansen disse: “Felicidade não é ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio. A felicidade são grandes problemas bem administrados”. Concordo, mas divido os problemas em duas categorias: os bons e os ruins.
Em minha metalúrgica experimentei o prazer de estar no topo e a dureza do fundo do poço. E notei que era a hora de parar e mudar quando problemas ruins passaram a habitar não apenas meu cotidiano e meus pensamentos, mas também meus sonhos.
Nos tempos difíceis da empresa, quando eu saía de um momento privado, fosse uma reunião ou uma mera sessão de cinema, ao ligar o telefone ou acessar o e-mail eu sabia que problemas me aguardavam… Eram situações litigiosas, desagradáveis e até terríveis. Por isso, a angústia me visitava. Eu gostaria de não ligar o telefone, não atender ao visitante, não olhar as mensagens. Mas estas não eram escolhas possíveis, pois minhas responsabilidades não permitiriam a omissão.
Hoje, é claro que continuo cercado por problemas. Mas são bons problemas. Como vou atender mais adequadamente aos meus clientes para que obtenham amplos resultados com minha contratação? Como faço para envolver uma equipe de líderes voluntários que coordeno em prol de iniciativas sociais? Sobre qual tema irei abordar em meu próximo artigo de modo a proporcionar uma leitura útil e prazerosa aos leitores?
Por isso, comece a refletir e a questionar seus próprios problemas. O que incomoda você? É a mobilidade urbana e o tempo que você dispende para ir e voltar ao trabalho? São as suas atribuições enfadonhas, insossas e desalinhadas de seus propósitos pessoais? É sua comunicação com seu líder ou equipe? São questões afetivas ou financeiras? Responda francamente: o problema está na empresa, nos outros ou em você?
Lembre-se: todo problema tem solução, desde que bem identificado. E toda solução passa invariavelmente por sua decisão pessoal. Você controla seus pensamentos, amadurece suas emoções e decide sair da zona de conforto, abandonando o comodismo e o conformismo, buscando soluções em lugar de culpados. Dê aos problemas a dimensão que efetivamente devem ter. Seja flexível nos acordos, tolerante nas decisões, paciente com as respostas. E aprenda com cada nova experiência vivida.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Um sentido para a Vida

Data de publicação: 29/06/2015

Tenho acompanhado com apreensão leitores e amigos manifestando suas insatisfações para com a vida. São sentimentos diversos que transitam da frustração por conquistas não alcançadas, passando pela desmotivação decorrente da falta de reconhecimento, até a mera desilusão diante da falta de perspectivas.
Refletir a este respeito levou-me a reler a obra “Em busca de sentido – Um psicólogo no campo de concentração”, de Viktor Frankl, fundador da logoterapia, considerada a terceira escola vienense de psicoterapia (as outras duas são as de Freud e Adler). Trata-se do fascinante relato autobiográfico do autor acerca de sua experiência como prisioneiro em Auschwitz e outros campos durante a Segunda Guerra Mundial.
Para a logoterapia, a busca do indivíduo por um sentido na vida é a força motivadora primária para o ser humano. Frankl apresenta pesquisa feita com quase oito mil alunos de 48 universidades que perguntados sobre o que consideravam “muito importante” naquele momento, 16% declararam “ganhar muito dinheiro” e 78% afirmaram “encontrar um propósito para a vida”.
Outro exemplo recente foi a pesquisa realizada no início de 2013 pelas consultorias DMRH e Nextview apontando que quatro em cada dez executivos brasileiros estão dispostos a mudar de empresa porque buscam um trabalho alinhado aos seus propósitos e valores.
Mas esta angústia existencial, a dúvida sobre se a vida vale a pena ser vivida, evidentemente não se restringe ao âmbito profissional. Ela assume contornos maiores, manifestando-se num estado de tédio e apatia através dos quais a pessoa vai morrendo interiormente e lentamente.
Como bem pontuou Frankl, as emoções são como algo em estado gasoso. Tal como um gás preenche de forma uniforme e integral todo um espaço vazio, assim a tristeza, a solidão, a angústia e o sofrimento ocupam toda a alma humana. Por sorte, analogamente, o mesmo se aplica à menor das alegrias.
Por isso, não basta o mero interesse primitivo em se preservar a vida. É essencial que cada pessoa identifique sua missão (do latim missio, o enviado) e ouça sua vocação (do latim vocatio, o chamado) nesta busca por propósito, a qual pode ocorrer a partir de três caminhos básicos: (a) pela necessidade de se concluir um trabalho qualquer que será legado à humanidade e que depende exclusivamente de seu protagonista; (b) pelo sofrimento, tal qual o experienciado pelos prisioneiros nos campos de concentração ou por alguém que luta contra uma doença incurável; e (c) pelo amor, o bem último e supremo que pode ser alcançado pela existência humana – e não necessariamente o amor físico, mas o amor espiritual, até mesmo inanimado.
Em sua busca por um sentido para a vida, lembre-se de que embora o sucesso seja perseguido do ponto de vista profissional, e a felicidade, no âmbito pessoal, é preciso salientar que ambos devem ser decorrências naturais. Por isso, pare de persegui-los e, quando você não mais se lembrar deles – sucesso e felicidade –, fatalmente acontecerão em sua vida. Tenha também em mente que ambos são transitórios. Afinal, se você fosse feliz o tempo todo, não seria feliz em tempo algum…

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – O mal da mediocridade

Data de publicação: 29/06/2015

Dia destes, em um voo durante a madrugada, uma senhora sentada ao meu lado, na poltrona central, tentava acomodar com a cabeça apoiada no colo seu filho adormecido de pouco mais de três anos, que acabara de passar por uma cirurgia cardíaca. O quadro era de grande desconforto. Por isso, decidi ceder meu lugar no corredor a ela, deslocando-me para um assento localizado na saída de emergência.
A comissária imediatamente me interpelou, informando que aquele assento era exclusivo para quem havia “adquirido o produto no check-in”, de modo que eu deveria retornar ao lugar de origem. Diante de minha explicação sobre o porquê de eu ocupar aquela poltrona naquele momento, ela emendou: “Estou apenas seguindo ordens”.
Em outra ocasião, hospedei-me em um hotel luxuoso reservado pela empresa contratante, com um valor de diária exorbitante para quem apenas repousaria por algumas poucas horas. Assim que adentrei o quarto, busquei o cardápio do room service, a fim de fazer uma refeição após tantas horas de voo. Porém, o atendente na cozinha disse-me que não poderia acatar meu pedido, pois o serviço havia encerrado à meia-noite. Detalhe: o relógio marcava meia-noite e nove!
A mediocridade é uma das maiores chagas do mundo moderno. Ela representa estatisticamente a porção central da distribuição normal, ou curva de Gauss, segundo a qual cerca de 70% dos eventos observáveis encontram-se dentro da média com mais ou menos um desvio padrão.
É medíocre o aluno que se esforça apenas para obter a nota mínima exigida para passar de ano. É medíocre o estudante de pós-graduação que comparece às aulas com desinteresse, pois seu único objetivo é alcançar o certificado de conclusão do curso para rechear seu currículo. É medíocre o trabalhador que lacônica e covardemente apenas cumpre ordens, destituindo-se de um mínimo de bom senso e flexibilidade, como nos dois casos acima relatados.
Olhando para os extremos da curva de Gauss, identificamos dois grupos importantes de variáveis, muito acima ou muito abaixo da média, e que por esta característica de excepcionalidade impactam de forma decisiva os rumos da história. É o que Nassim Taleb denomina de “Extremistão”, em sua obra A lógica do cisne negro – O impacto do altamente improvável.
No mundo da gestão de pessoas, temos do lado direito da curva os grandes líderes e realizadores, aqueles que se destacam pela proatividade e elevada resiliência. Já do lado esquerdo, encontramos os estúpidos, dotados de falta de discernimento e sensibilidade.
O maior desafio de um gestor, líder ou educador, em qualquer cenário ou âmbito, é distorcer a curva de Gauss, trazendo os tolos ao menos para a média – ou livrando-se deles, quando possível – e estimulando os medíocres a abandonarem a zona de conforto para se tornarem pessoas especiais, comprometidas e engajadas, capazes de fazer não apenas o possível, mas de entregarem o seu melhor.
Agora eu lhe pergunto: em que ponto da curva você se encontra?

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – A vida na encruzilhada

Data de publicação: 29/06/2015

Invariavelmente você passará, e mais de uma vez no decorrer de sua vida, por dilemas acerca dos caminhos a seguir em busca da tão almejada felicidade.
São situações únicas nas quais escolhas precisam ser feitas, decisões devem ser tomadas e a protelação apenas alimenta e aumenta a angústia, a ansiedade, a frustração e a insatisfação.
Nestas ocasiões, é comum declarar não saber o que se quer. Decerto, os primeiros questionamentos são com relação ao sentido da própria vida, levando ao entendimento de que se trata de uma “crise existencial”, na qual imperam o vazio e o caos.
O fato é que este é um momento singular para grande reflexão pessoal a fim de identificar, reconhecer e enfrentar esta crise. É hora de questionar valores, encontrar novas referências, compreender transformações, acolher mudanças ou promover rupturas. Você controla seus pensamentos, amadurece suas emoções e decide sair da zona de conforto, abandonando o comodismo e o conformismo, buscando soluções para seus problemas em lugar de culpados.
Por se tratar de um processo, não é algo que será resolvido em um único final de semana. Por isso, é importante ter paciência e dar tempo ao tempo. Interprete esta fase como um período de aprendizado que poderá levar você ao crescimento, à evolução e à superação.
Lembre-se de formular muitas perguntas – e buscar respostas para a maioria delas. E embora as tais respostas devam vir de você mesmo, convém consultar terceiros, porém com parcimônia, pois respostas desencontradas podem mais desorientar do que ajudar.
Saber o que não quer, também é um grande progresso. Assim é o estudante diante da escolha de qual carreira seguir, que embora frente a múltiplas possibilidades, tem ao menos a convicção de que selecionar Administração exclui Medicina, uma inclinação ao Direito enfraquece a opção por Engenharia, e vice-versa.
O profissional em transição de carreira pode ter dúvidas entre pedir demissão e procurar outra empresa, tornar-se consultor, abrir um empreendimento próprio, fazer um concurso público ou mesmo tirar um período sabático para reflexão. Mas será um grande avanço saber que não pretende continuar em seu atual emprego, posto que desestimulado seja pela falta de desafios, oportunidades, reconhecimento ou clima organizacional agradável.
Analogamente, um relacionamento conjugal desgastado, arrasta-se e sucumbe de tal forma que a separação não decorre porque se deseja ficar só ou buscar a companhia de outra pessoa, mas apenas porque não se deseja continuar ao lado de quem está hoje.
Nossa vida, nos dias atuais, tornou-se alienante, diante de sua rapidez e senso constante de urgência. Deixamos de valorizar o que temos para projetar o que não temos, com base nas imposições da sociedade e no ideal de status.
O que realmente vale a pena é aquilo que nos traz serenidade, sossego e paz de espírito. Que nos permite sorrir de forma autêntica e compartilhar da convivência das pessoas que apreciamos. Que nos possibilita recostar a cabeça no travesseiro no final do dia e dormir o sono leve, acolhedor e reconfortante de quem fez o melhor e se prepara para um novo e edificante amanhecer.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Regras de ouro para administrar o tempo e viver melhor

Data de publicação: 29/06/2015

O tema administração do tempo tem apresentado crescente interesse no mundo corporativo por dois aspectos em especial. Primeiro, porque a demanda por maior produtividade é a tônica do momento. A competitividade impõe a cada profissional a obrigação de produzir mais, com maior qualidade e menor custo e em menos tempo. E as novas tecnologias, que imaginávamos nos legariam mais conforto e disponibilidade, tornaram-nos escravos cibernéticos conectados diuturnamente. Verdadeiros “profissionais integrais multitarefados”.
O segundo aspecto é a incessante busca pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Eu poderia mencionar diversas pesquisas recentes, realizadas não apenas no Brasil, mas simultaneamente em diversos países, para comprovar esta tese. Invariavelmente metade dos entrevistados, no mínimo, declara que seu maior objetivo ou sinônimo de sucesso está em conciliar a carreira com as metas pessoais e a atenção à família.
Dentro deste contexto, a administração do tempo costuma ocupar-se do primeiro motivo supracitado. Assim, você pode fazer cursos, ler livros e artigos tomando contato com formas diferentes de abordar conteúdos semelhantes.
Os temas recorrentes são: (a) instrumentos de gestão, do velho bloco de anotações aos avançados softwares acessíveis por meio de smartphones e tablets; (b) técnicas de planejamento, desde o PDCA, passando pelos mapas mentais, o princípio de Pareto, a matriz de Eisenhower, o housekeeping e, mais recentemente, a tríade do tempo, entre outras ferramentas; (c) os ladrões, sabotadores ou desperdiçadores de tempo, em especial as interrupções e mau uso do telefone, as reuniões ineficazes, o gerenciamento de e-mails e das redes sociais e a mobilidade nas grandes cidades prejudicada pelo trânsito caótico.
Estes três grupos temáticos têm por objetivo apresentar a você maneiras de elevar sua produtividade pessoal para, enfim, conseguir fazer mais com menos. O pacote inclui desenvolver a capacidade de tomar decisões, negociar, priorizar, delegar e liderar, além de aprender a lidar com a pressão e gerenciar o estresse. Por isso, sob este ponto de vista, administrar o tempo é uma competência eminentemente técnica: você aprende, treina e executa.
Paralelamente, ou de maneira ideal, complementarmente, quando o segundo aspecto da relevância do tema gestão do tempo é abordado, passa-se a adotar uma visão mais holística, compreendendo que não basta ser diligente no uso de técnicas – é fundamental saber o porquê e para quê dominá-las.
Nesta ótica, deve-se principiar promovendo o autoconhecimento, a fim de identificar um propósito – senso de finalidade – que levará à definição de missão e visão pessoais, respaldadas pela definição de uma carta de valores compondo sua “Constituição pessoal”.
Associe-se a isso seu ciclo circadiano (relógio biológico), a rotina (ou ausência dela) e a percepção pessoal de como o uso atual do tempo afeta sua vida, para chegar ao ponto crucial desta jornada: aplicando adequadamente as técnicas de gestão do tempo, quais serão suas escolhas e o que você vai fazer com o tempo extra que será conquistado?
Refletindo sobre todas estas questões, decidi que a melhor contribuição que eu poderia trazer a você, leitor, são algumas dicas simples que intitulei como “regras de ouro”. Vamos a elas:

1. Seja sempre pontual – Há uma falha cultural em nosso país, que mais reputo como uma falha de caráter: é o desrespeito a horários. Curiosamente, parece deselegante ser pontual.
Se você é convidado a uma festa, decide que chegará com uma hora de atraso, talvez para não ser o primeiro a cumprimentar o anfitrião. Reuniões de condomínio, por exemplo, já são tradicionalmente iniciadas apenas após a “segunda convocação”, realizada cerca de meia hora após o horário agendado.
Lembre-se de que autênticos líderes não deixam ninguém esperando para um compromisso agendado. Por isso, tenha sempre em mente que é preferível chegar 30 minutos mais cedo que apenas cinco minutos atrasado.
Agora, se a demora for inevitável, seja atencioso para comunicar às pessoas envolvidas. Envie uma mensagem de texto ou telefone, informando-as dos fatos. Peça desculpas, apresente uma previsão de seu horário de chegada e coloque-se à disposição para remarcar, se possível for. Feito isso, relaxe. Nada mais poderá ser feito para mitigar os infortúnios.

2. Espere 24 horas para reagir – Quando estamos exaltados, tornamo-nos passionais em essência, inclusive aqueles que se dizem movidos pela razão. Queremos resolver a eventual contenda de imediato e “não levar desaforo para casa”, como se costuma dizer.
Por isso, procure não reagir antes de 24 horas. Evidentemente, há momentos em que a temperatura sobe. Afinal, as razões do coração turvam-nos a lucidez e levam-nos a decisões das quais podemos nos arrepender na manhã seguinte. Porém, entre um dia e outro, com uma noite de descanso no meio, o que se mostrou um problema irresoluto surgirá não menor, mas com dimensões reduzidas à sua realidade.
Shakespeare dizia que: “O mal que os homens fazem vive depois deles, enquanto o bem é quase sempre enterrado com seus ossos”. Costumo pontuar que é muito importante tomar cuidado com as palavras desferidas, em especial nos momentos de irritação. Quando você diz algo que desagrada a alguém, pouca valia haverá em se desculpar a posteriori. Porque não importa o que você disse, mas o que ficou depois do que você disse. E o que fica instala-se no peito, dentro do coração, tomando-o por sua morada e de lá não sai mais.

3. Ninguém está contra você – A vida tem educado meus olhos a enxergarem a relatividade inerente a fatos e argumentos, bem como meus ouvidos a perceberem a relevância de opiniões contrárias às minhas. Esta flexibilidade, que não significa abrir mão de princípios, mas tão somente não ter compromisso com o erro, é um grande estímulo ao exercício da humildade e, por conseguinte, um antídoto contra a presunção, a prepotência e a arrogância.
E por compreender que a natureza humana é legitimamente individualista e egoísta, aprendi que raramente as pessoas estão contra mim, pois estão apenas a favor delas próprias. Esta percepção é suficiente para evitar conflitos desnecessários e eleger as batalhas que valem a pena ser travadas.

4. Exceção não é regra – Na busca pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional, não podemos ser ingênuos. Há momentos em que precisamos nos doar com tenacidade para alcançar determinados objetivos, cumprir prazos e atingir metas. Isso pode significar refeições feitas em fast food ou em frente ao computador, noites em claro ou maldormidas, dias sem comparecer à academia, certa desatenção para com os familiares.
Tudo isso, embora indesejável e não recomendável, pode ser tolerado quando acontece de maneira pontual, por curtos períodos de tempo. Mas é inadmissível que se torne regra, práticas constantes que conduzam a uma rotina tóxica.

5. Administre a transição do ambiente profissional para o familiar – Robert Cooper é um especialista em inteligência emocional e neurociência da liderança, autor da interessante obra “Get out of your own way” (“Caia fora de seu próprio caminho”, em tradução livre). Segundo seus estudos, está comprovado que situações de conflito começam ou se intensificam nos primeiros minutos após o regresso ao lar.
Assim, ao chegar em casa, estabeleça uma zona intermediária de até 15 minutos, período no qual deverá apenas cumprimentar carinhosamente seus familiares com no máximo 25 palavras. Procure desacelerar. Tome um banho, troque suas roupas, beba algo. O diálogo que seguirá será mais ameno, gentil e profícuo.

6. Gerencie a concentração, não apenas o tempo – A neurociência confirma que somos maus administradores de nosso tempo e com forte tendência a perder o foco. Algumas provocações para sua reflexão:
    Em suas reuniões regulares, como você poderia reduzir em 50% ou mais o tempo gasto, mantendo ou melhorando os resultados?
    Suas reuniões são agendadas para o início do expediente, por volta das 9 horas, ou logo após o almoço, às 14 horas, prolongando-se por todo aquele meio turno de trabalho? O que aconteceria se você iniciasse os encontros às 11 horas ou 17 horas?
    Quanto tempo você desperdiça diariamente em decorrência de interrupções, distrações, desorganização ou falta de planejamento?
Estabeleça uma hora por dia sem interrupções para você e neste intervalo trabalhe concentradamente em três objetivos específicos, reservando 20 minutos para cada um deles.
A propósito, faça as tarefas mais desagradáveis logo no início do dia, quando sua energia, concentração e disposição são superiores. Até porque nós sempre encontramos tempo para fazer aquilo de que gostamos.
Por fim, um feedback é importante, mas ele atua sobre um evento passado, aprisionando o cérebro e colocando-o na defensiva. Trabalhe com feedforward, ou seja, um impulso emocional positivo para influenciar e mudar de agora em diante.

7. Evite o duplo manuseio – Sabe quando você recebe as correspondências do dia, faz uma triagem, inicia a leitura de uma carta e decide interrompê-la para continuar depois em virtude de sua importância? Ou quando você recebe um e-mail e começa a respondê-lo, mas opta por transferir a mensagem para uma caixa de pendências, a fim de tratar do assunto apenas depois, porque o tema exige sua atenção?
Pois bem, a cada vez que você novamente pega aquela carta em mãos ou retoma a redação daquele e-mail, sem concluir a tarefa, está praticando um duplo-manuseio, ou seja, perdendo um tempo precioso, o que pode convidar a angústia a instalar-se em sua rotina. A regra é começar e terminar!

8. Administre a energia, não o esforço – Faça pausas estratégicas de apenas 30 segundos a cada meia hora, e pausas essenciais de dois a cinco minutos no meio da manhã e à tarde para aumentar sua energia e concentração. .
Você pode fazê-lo realinhando sua postura, respirando profundamente, bebendo água gelada, movimentando-se em direção a uma luz mais forte, entrando em contato com paisagens naturais, situações bem humoradas e expondo-se a mudanças visuais ou mentais. Estas ações podem garantir um incremento de até 50% no seu nível de energia, elevando a produtividade em até 10%. Seja rápido sem se apressar. Mantenha a flexibilidade.

9. Não espere pelo mundo perfeito – Sabe quando você perde um prazo ou uma grande oportunidade não por esquecimento, mas porque ficou tão envolvido em realizar um projeto irrepreensível, que o desejo de fazer o ótimo dilacerou a possibilidade de fazer o bom? No final das contas, nada foi concretizado, o que significa um resultado péssimo…
Convido você a fazer igual analogia com outros sonhos que já visitaram suas noites em vigília. Livros que não foram escritos, músicas que não foram compostas, poesias que não foram declamadas. Uma intervenção necessária durante uma reunião que foi contida por falta de ousadia. Uma declaração de amor reprimida porque você ainda não se sentia preparado.
Temos o mau hábito de esperar pelo mundo perfeito para tomar decisões. Enquanto buscamos e ansiamos por este mundo idealizado, outras pessoas fazem o que é possível, com os recursos de que dispõem, dentro do tempo que lhes é concedido. E não raro acabam sendo bem-sucedidas. Então, ao observarmos o conteúdo de suas produções, colocamo-nos imediatamente a criticá-las, certos de que poderíamos ter alcançado um resultado muito mais satisfatório. Nós pensamos; elas agiram.
Observe como muito pode ser feito usando de pouco tempo e de muita simplicidade. Muitas vezes basta um telefonema de alguns minutos para dirimir uma dúvida, prestar um esclarecimento, obter uma dilação de prazo. De igual maneira, um e-mail redigido em uma fração de segundos pode aquietar o espírito de seu interlocutor e sepultar o risco de um desentendimento. Agradecimentos, por sua vez, devem ser prestados o quanto antes, ou tornam-se inócuos e desprovidos de sensibilidade.
Um livro pode ser escrito de uma só sentada ou capítulo a capítulo, dia após dia. Uma música pode ser composta num guardanapo de papel na mesa de um bar ou nas bordas de uma folha de jornal que repousa em seu colo dentro de um ônibus. Um poema pode ser oferecido em meio a um jantar ou dentro de um elevador que se desloca do terceiro piso para o subsolo.
O tempo certo para agir é agora. Não de qualquer jeito, não com mediocridade, mas com o máximo empenho possível. Amanhã, como diriam os espanhóis, é sempre o dia mais ocupado da semana.

10. Ouça sua intuição – A intuição é um processo inconsciente, uma resposta que precede a própria pergunta, referendando a origem latina da palavra que remete a “imagem refletida no espelho”.
Sexto sentido ou não, aprendi a respeitar minha intuição por orientação de minha mãe, que sempre me recomendou a ficar atento aos “sinais” por mais sutis que fossem. Isso não significa necessariamente seguir à risca a intuição para tomar decisões, porém jamais ignorá-la.

11. Coloque VOCÊ em sua agenda – Nossas agendas, sejam de papel ou eletrônicas, regem nosso cotidiano, impondo-nos o que faremos, aonde iremos, com quem nos relacionaremos. E, curiosamente, nosso próprio nome não é contemplado nesse planejamento.
Por isso, nada de ter seu nome apenas na primeira página da agenda com sua identificação para que ela seja devolvida em caso de perda. Vou fazer-lhe um convite bastante simples. Gostaria que você determinasse um dia por semana, e apenas uma hora nesse dia, que será reservada a você e mais ninguém. Pode ser a primeira hora da segunda-feira, a última da sexta-feira ou outro momento qualquer. O importante é que nesse momento você se concentre naquilo que é mais relevante para seus interesses pessoais. Desligue telefones, feche a porta da sala, não receba ninguém – apenas a si próprio.
Dê atenção e oportunidade à pessoa mais importante de sua vida: você mesmo!

12. Tenha uma agenda de 10 segundos – Do momento em que você desperta e se prepara para seguir ao trabalho até seu retorno ao lar, grande parte de seu dia transcorrerá de maneira mecânica, automática, rotineira.
O prazer e a alegria são raros. E voláteis. Somos completamente infelizes em nossa infelicidade e brevemente felizes em nossa felicidade. Estamos sempre aguardando o dia seguinte, quando tudo o que era para ter sido e que não foi supostamente acontecerá.
Por isso, inventei para mim uma nova agenda que gostaria de dividir com você. Ela não se compra em papelaria, porque nela não se escreve. Não está disponível em versão eletrônica, porque nela não se digita. Seu custo é nulo, pois não demanda investimento, não exige que se tenha um palm, uma caneta, nem sequer alfabetização. É uma agenda mental – uma “agenda de 10 segundos”.
A cada amanhecer, tenho a certeza de que aquele é o momento a ser vivido. Em que pesem todos os planos, com os pés firmes no chão e os olhos no firmamento, a vida está acontecendo aqui e agora. Por isso, minha agenda deve contemplar somente os próximos dez segundos. Talvez breves, talvez distantes, talvez intermináveis e, talvez, inatingíveis dez segundos.
Essa consciência tem-me permitido agradecer a cada despertar em vez de hesitar em levantar-me. Tem-me sugerido dar passagem a alguém no trânsito ao invés de brigar por insignificantes três metros. Tem-me lembrado de dizer “bom dia” àqueles que me cercam. Tem-me incitado a procurar novos restaurantes e novos sabores durante o almoço. Tem-me proporcionado o poder de resignação e de resiliência diante das inúmeras adversidades que se sucedem. Nem sempre tem sido assim. Mas assim tem sido sempre que possível.
Fundamentalmente, a “agenda de 10 segundos” tem-me ensinado a elogiar, a perdoar, a me desculpar, a sorrir e a amar no momento em que as coisas são vivenciadas. E isso possibilita amizades fortuitas que se tornam perenes, negócios de ocasião que se tornam recorrentes e paixões de uma única noite que se tornam amores de toda uma vida.

13. Faça de seu trabalho um meio de diversão – A frase acima pode ser atribuída a Richard Branson, o empresário britânico que preside o Grupo Virgin, um conglomerado de empresas com atuação em setores tão distintos quanto música, vestuário, combustíveis e aviação.
Trata-se de um aviso essencial àquelas pessoas que, ao entardecer do domingo, têm uma sensação de angústia diante do início de mais uma semana de trabalho que se avizinha.
É evidente que precisamos ser práticos, pois sempre há contas a pagar, compromissos a cumprir. Entretanto, procure cultivar um trabalho digno e prazeroso, que seja fonte de alegria e não de infelicidade.

14. Evite as saudades vazias – Imagine-se dentro de alguns anos, com idade já avançada, em um final de uma tarde ensolarada de domingo, recostado em uma cadeira de balanço na varanda de sua propriedade observando seus netos brincando alegremente ao fundo.
Diante deste quadro, imagens resolvem visitar suas lembranças, aparentemente quase petrificadas em sua retina. Dentre as recordações, subitamente você sente com tristeza a ausência de alguns eventos. Os lugares que não visitou, as viagens que não fez, os pratos que não provou, os abraços que não acolheu, os beijos que não deu ou recebeu.
Estão são as saudades vazias, lembranças imaginárias do que poderia ter sido, mas não foi. Para evitá-las, prefira pecar por excesso do que por omissão.

15. Aproveite o momento! – Por fim, viva sua vida de forma extraordinária, com intensidade. Não se trata de aproveitar o dia como se fosse o último e, desta forma, fazê-lo de maneira irresponsável, mas de elevar a qualidade de cada momento, proporcionando a si e oferecendo aos demais o que você tem de melhor.
Tal qual a letra da banda Eagles, que prefacia este texto, alguns dançam para lembrar, outros, para esquecer. Em qual grupo você está?

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Problemas pessoais no trabalho

Data de publicação: 29/06/2015

O relógio toca as oito badaladas matinais, você registra sua presença no livro ou ponto eletrônico e automaticamente todos os seus dilemas pessoais são trancafiados no armário do vestiário. Agora você pode iniciar a jornada de trabalho com toda energia e foco em suas tarefas, as quais serão desenvolvidas com elevada produtividade. Contas vencidas, parentes enfermos e desilusões amorosas voltarão a habitar seus pensamentos apenas ao final do expediente.
O quadro acima é tão surreal quanto alguns empregadores gostariam que espelhasse a realidade. A publicitária alemã Judith Mair publicou em 2003 um livro intitulado “Chega de diversão”, depois rebatizado de “Chega de oba-oba”, em que sentencia que trabalho não tem que ser sinônimo de prazer, o ambiente profissional não é lugar para amizades e a jornada deve terminar na empresa, sendo proibido levar serviço para casa.
O fato é que colocar uma linha divisória entre a vida pessoal e a profissional pode ser possível num mundo prussiano, mas é absolutamente impraticável dentro da cultura latina. Razão e emoção coexistem em nosso ser, a cada instante, onde quer que estejamos. Assim, o que podemos fazer é minorar o impacto de nossos problemas pessoais dentro do espaço corporativo, buscando conciliar nossos interesses com os da empresa.
Quando este equilíbrio deixa de ser atingido, as consequências são imediatas. Primeiro, o estresse, que em grau mais acentuado pode levar ao burnout. Em paralelo, surge o presenteísmo, a síndrome de estar presente no ambiente de trabalho, porém absolutamente desconectado das atividades profissionais, afetando drasticamente a produtividade. Mais adiante, vem o absenteísmo, a ausência física da empresa motivada seja por desestímulo, seja por doenças clinicamente identificadas.
Mas então, como lidar com estes infortúnios do cotidiano pessoal sem comprometer a posição na empresa? Algumas sugestões:

1. Siga pelo caminho do meio. Evite o isolamento, deixando de compartilhar seus problemas com as pessoas mais próximas. Passamos ao menos oito horas envolvidos com o trabalho. Se você não conversar com alguém, sua cabeça pode virar uma panela de pressão prestes a explodir! Entretanto, evite também a exposição demasiada. Você não precisa dividir seus anseios com todos ao redor, até porque no ardiloso ambiente corporativo há muitas pessoas à espera de descobrir suas fraquezas para lhe atacar. Seja seletivo.

2. Comunique. Seu superior hierárquico não tem bola de cristal para saber o que está se passando e pode avaliar sua apatia como desinteresse ou até desleixo. Informe-o, ainda que superficialmente, que está passando por uma fase difícil, mas que está em busca da superação.

3. Seja discreto. A menos que seu espaço seja delimitado por uma sala privada, com boa vedação acústica, onde seja possível trancar a porta, cuide para que seus assuntos pessoais sejam tratados reservadamente. Assim, afaste-se para falar ao telefone ou travar aquela batalha verbal comum a muitas discussões. Se o embate for pelo computador, certifique-se de fechar a janela que contém o diálogo ao sair do ambiente. E jamais, jamais chore em público. Alguns serão solícitos e lhe oferecerão carinho e apoio. Mas outros não se esquecerão deste seu momento de fragilidade. E usarão isso contra você no futuro.

4. Peça ajuda. Se o problema é de ordem financeira, procure obter um adiantamento ou um crédito consignado para solucionar o problema. Se for uma questão de saúde, busque tratamento. Se enfermo, evite a automedicação e agende um médico. Se diante de dependência química, comece uma terapia. E tenha no RH ou departamento de saúde ocupacional de sua empresa um aliado.

5. Afaste-se para cuidar dos problemas. Se o seu desempenho está sendo prejudicado e seus problemas não estão sendo resolvidos, o melhor é se licenciar. Antecipe parte das férias para direcionar toda a atenção na solução do que lhe aflige. Em última instância, vale até considerar um pedido voluntário de demissão, negociando as condições da saída.

Se com você está tudo bem, mas seu colega de trabalho notadamente está passando por um período turvo, use da empatia e coloque-se por um instante no lugar dele, procurando ajudá-lo. Aconselhamento e orientação podem fazer toda a diferença. Afinal, lembre-se de que um dia os papéis poderão estar invertidos.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Sete Vidas: A arte de conciliar vida pessoal e profissional

Data de publicação: 29/06/2015

Pesquisa realizada em 2011 pela GfK Internacional junto a mais de 30 mil pessoas em 29 países indicou o equilíbrio entre vida pessoal e profissional como a preocupação mais relevante dos executivos. E muitos outros estudos poderiam ser mencionados apontando para o mesmo resultado.
Todavia, minha experiência pessoal ensinou-me que família e carreira constituem apenas dois de sete pilares que nos sustentam. Os demais são representados pela saúde, a cultura, a comunidade, a matéria e o espírito. A este conjunto denominei “Sete vidas”.
O conceito inerente às Sete Vidas consiste em buscar a felicidade a partir do equilíbrio dinâmico entre estes aspectos que governam nossa passagem por este mundo. A questão é que não nos apercebemos disso e cultivamos o hábito de priorizar ora a vida profissional, com objetivos meramente materiais, ora a vida afetiva, entregando nosso destino nas mãos de outrem. No primeiro caso, temos os workaholics; no segundo, os passionais. Em ambos, encontramos o desequilíbrio, acompanhado num futuro, próximo ou distante, da frustração, da desilusão e da melancolia.
Quando cuidamos de nossos negócios (ou do negócio dos outros, com atitude empreendedora) costumamos assumir uma postura extremada, engajando-nos de corpo e alma, labutando 14 horas diárias, negligenciando nossa saúde, familiares, vida social e cultural.
Os dias tornam-se curtos, insuficientes para a realização das atividades propostas. O almoço mostra-se supérfluo. Dorme-se pensando nas duplicatas vencidas e a vencer, nos clientes que deixaram de ser atendidos, nos atrasos na linha de produção. Dificilmente lembramo-nos dos aspectos positivos, do que aconteceu de bom naquele dia. Os problemas são recorrentemente mais pujantes.
Os finais de semana são comemorados no escritório ou em casa, porém regados a “trabalho atrasado”. Sentimo-nos quase reféns de uma espiral interminável, mas sempre com a impressão de que ela está por findar-se. “Em três meses poderei tirar férias”, ou ainda, “Estou concluindo esta etapa de crescimento da empresa em uns seis meses e então poderei trabalhar menos”. Você já disse frases similares a alguém (ou a si mesmo) recentemente?
Enquanto isso, a vida vai passando. Seus filhos crescem e você deixa de participar de suas apresentações na escola ou no clube, da perda de seu primeiro dente. Seus relacionamentos pessoais desgastam-se, namoros perdem o encanto e casamentos são rompidos. A dieta saudável e as atividades físicas ficam relegadas a um segundo ou terceiro plano.
Sempre que escrevo algo o faço na esperança de que o leitor tire proveito de uma única frase que seja. Se isto ocorrer, terei cumprido meu objetivo.
De todos os contatos que tive com profissionais variados, impressionou-me observar como a maioria dá-se conta de aspectos como os mencionados anteriormente apenas após 45, 50 anos ou mais. Nesta fase da vida, realizaram-se profissionalmente, mas uma lacuna em suas vidas pessoais deixou flancos que infelizmente não podem mais ser preenchidos, pois ficaram no passado. Sob este prisma, são ricos materialmente, mas estão pobres.
O ensaísta francês André Gide, disse certa feita: “Todas as coisas já foram ditas, mas como ninguém escuta, é preciso sempre recomeçar”. Por isso, o que apresento a seguir será percebido por muitos como elementar. A virtude maior está menos no conteúdo e mais na forma. Ter a consciência, integrar, conciliar e harmonizar estas sete vidas pode significar o caminho mais curto, a menor distância para você encontrar o sucesso e a felicidade.

Vida 1 – Saúde e esporte – Seu corpo em primeiro lugar. Não é uma questão de egoísmo ou de narcisismo, mas de necessidade. Mantendo-se bem você estará apto a buscar o melhor em todas as suas demais vidas. Se não tomar conta de seu corpo, onde vai viver? Você pode optar por passar metade de sua vida arruinando sua saúde desde que esteja disposto a transcorrer a outra metade tentando restabelecê-la. Henri Becque pontuou assertivamente: “A liberdade e a saúde se assemelham: o verdadeiro valor só é dado quando as perdemos”.
Por isso, cuide-se. Alimente-se bem, fazendo ao menos quatro refeições diárias, adequadamente balanceadas. Beba dois litros de água ou sucos por dia e durma o número de horas que seu corpo solicita – seis horas ou menos para alguns, oito horas ou mais para outros. Procure estabelecer uma regularidade em seus horários. Em outras palavras, se for para dormir às duas horas da manhã, porque você apresenta um melhor rendimento durante a madrugada, faça-o sempre. Se o seu metabolismo mostra-se desejoso pelo almoço apenas às três da tarde, está ok. Em suma, não brigue com seu biorritmo. Faça as pazes com ele. E obrigue-se a um check-up anual, visitando do dentista ao cardiologista. Prevenção custa menos e apresenta resultados mais favoráveis.
Além de seguir a receita acima, lembre-se de praticar esportes. Truco e “halterocopismo” (levantamento de copo) estão descartados. Você terá que encontrar uma atividade física capaz de mexer com seus pulmões e seu coração, praticando-a com frequência. Pode ser uma caminhada diária, um futebol com os amigos duas vezes por semana, uma visita ao clube com seus filhos e amigos em num domingo. Realmente não importa. Escolha uma opção que lhe seja agradável – busque prazer no que vai fazer ou não conseguirá dar continuidade, correndo o risco de frustrar-se.
Pare de fumar, ou troque o cigarro por um bom charuto eventual, ou fume menos. Seja criterioso com as bebidas alcoólicas. Escolha suas “baladas” com sabedoria, tirando o máximo proveito de cada investida. Aprenda a observar sua respiração, especialmente nos momentos de exaltação e atente para uma boa postura ao caminhar e ao assentar-se. Pratique a meditação ocidental, reservando alguns instantes ao final do dia para refletir sobre as coisas boas que lhe aconteceram.
E sorria. Cultive o bom humor, o olhar confiante e o riso autêntico, mesmo diante das adversidades. Sua visão, outrora turva, tornar-se-á espantosamente lúcida. Existe um velho ditado entre os pilotos: “O principal é fazer o avião voar”. Para tanto, não basta conhecer de navegação: é necessário ter um bom equipamento.

Vida 2 – Família e afetividade – A coisa mais importante da vida é saber o que é importante. E apesar de o trabalho ser muito relevante, as coisas mais fundamentais são a família e os amigos.
Muitos têm grandes famílias – aquelas em estilo italiano. Alguns, famílias reduzidas aos pais e irmãos. Outros, famílias distantes, na geografia ou na memória. Independentemente de onde você se situe, cuide bem de todos eles. Seja a nona, com sobrinhos, primos e toda uma árvore genealógica em volta; sejam os pais idosos, aposentados ou na ativa; sejam irmãos, com os quais tanto se discute e discorda; sejam entes queridos, presentes apenas em filmes super-8, retratos em preto e branco, cartas amareladas pela ação do tempo. Respeite e aprecie suas origens.
Aproveite hoje para dizer o quanto ama seus pais, sem medo de parecer clichê. Infelizmente, pode não existir chance melhor para isso. Telefone, peça perdão e aprenda a perdoar. Descubra o poder de um abraço revestido de ternura e sinceridade. O dinheiro pode trazer conforto, mas não constrói uma boa família.
Dê toda a atenção possível a seus filhos, se ou quando os tiver. A melhor herança que podemos dar-lhes são alguns minutos diários de nosso tempo. Eles precisam de nossa presença mais do que de nossos presentes. Diz um provérbio latino: “Bendito aquele que consegue dar a seus filhos asas e raízes”. Nossa postura profissional pode estimulá-los a criar asas, vislumbrando sonhos e um futuro brilhante. Mas apenas a convivência será capaz de criar as raízes dos valores e da cultura que embasarão adequadamente estas visões.
Compartilhe cada pequena vitória do desenvolvimento deles. Elogie-os constantemente. Policie-se no uso da palavra não – você pode negar algo de forma construtiva, propondo-lhes alternativas. Brinque com eles de cavalinho no meio da sala, atire travesseiros quando estiverem no quarto – e aproveite para ensiná-los a colocar tudo em ordem depois. Cole os desenhos deles nas paredes da garagem, do corredor e de seus quartos como se fossem obras-primas – você ficará admirado com o brilho orgulhoso que irá reluzir daqueles pequeninos olhos. Participe de suas atividades escolares, das festinhas de aniversário dos colegas e beije-os antes de dormir, mesmo que ao chegar eles já estejam no sétimo sono.
Cultive também seus amigos – não estou falando de networking, são coisas bem diferentes. Aprendi com Richard Edler que não se constrói um relacionamento por telefone ou e-mail. Sempre existirá a necessidade de se fazer as coisas “cara a cara”, pois as pessoas acreditam em quem elas veem regularmente. Por isso, mantenha contato com seus amigos. Não deixe que as relações se percam. Como disse Dave King, um bom amigo é como um bom cachorro – com ambos é preciso dar uma volta e exercitar-se regularmente. E, citando Fred Kushner: “Eu deveria ter visitado mais meus amigos e lhes contado como me sentia em vez de só encontrá-los em enterros”.
Um telefonema inesperado para quem não se vê há muito tempo é incrível, mas você não imagina o poder que uma carta tem! Passamos pelos mensageiros, percorremos os telégrafos, conhecemos o telex e o fax, vivemos através do e-mail e das redes sociais e logo estaremos no uso da telepatia. Mas nada supera uma mensagem escrita.
Finalmente, cuide de seu coração. Não do nível de colesterol e triglicérides – isso você já fez na sua primeira vida – mas do nível de ansiedade, de desejo, de paixão. Procure escolher as pessoas certas, mas também não tente escolher muito. Seja seletivo, porém flexível. Faça de seus relacionamentos fontes de alegria e prazer. Nietzsche dizia que as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas com base no diálogo. Assim, se você se imagina conversando agradavelmente, daqui a 25 anos, com a pessoa que está ao seu lado hoje, é porque este é seu companheiro ideal.
Valorize virtudes, seja condescendente com os defeitos. Seus e dos outros. Abdique de amores impossíveis ou não correspondidos – ou aprenda, por opção, a conviver com eles, evitando penitenciar-se. Nunca haverá sentimentos únicos, pois eles estão sempre em mutação.

Vida 3 – Carreira e vocação – A construção de uma carreira profissional de sucesso depende em grande medida de ouvir o que sua voz interior tem a lhe dizer. Trata-se daquele sussurro divino que vem desestabilizá-lo quando sua carreira parece tão próspera. Exatamente quando você conquistou poder e bens materiais, mas não consegue entender o porquê de certa frustração latente todos os dias ao voltar para casa. Aquela voz é sua vocatione, o chamado de Deus, dizendo-lhe para mirar não onde está o dinheiro, não onde está o poder, não onde está o status, mas onde está a felicidade – e onde você encontrará todas aquelas outras coisas que lhe cercavam antes, porém as usufruirá com um olhar maroto, um sorriso de canto de boca e uma sensação de alívio bem dentro do peito.
A tão desejada competência é fruto de conhecimento, de habilidades e de atitudes. O conhecimento você adquire a partir do estudo. As habilidades são desenvolvidas através da destreza, do treino, da prática continuada. Mas o que realmente faz a diferença, num mundo onde todos estão comoditizados, são as atitudes.
Os principais atributos de um profissional com atitude empreendedora são: iniciativa, exigência por qualidade, comprometimento, ousadia, persistência, criatividade, curiosidade, independência, autoconfiança, liderança, planejamento, capacidade de persuasão, de estabelecer e cumprir metas, de administrar o tempo e de promover seu marketing pessoal.
Todas as pessoas bem sucedidas são unânimes em afirmar que chegaram onde estão porque aprenderam a gostar do que fazem. Este é um pressuposto básico. Sem prazer e entusiasmo, não há produtividade no trabalho, não há paixão no beijo.
Trabalhe muito, mas principalmente inteligentemente. Seja verdadeiro, mas esteja atento às armadilhas dos escritórios. Desenvolva relacionamentos cordiais e invista em sua rede de contatos. Aprenda a planejar, estabelecer – e escrever – metas factíveis e desafiadoras e procure enxergar-se dali a um, cinco, dez e 25 anos. Administre seu tempo para dar o melhor de si sem comprometer suas demais vidas. Parafraseando Augusto, “Apressa-te devagar”. Se o deadline chegou, mude-o, pois a maioria dos prazos são artificiais e flexíveis. Os viciados em trabalho estão sempre seguros de que têm apenas esta vida – além de um copo d’água e quatro horas de repouso, é claro.
Evite levar os negócios para casa. Aprenda a separar sua vida profissional de todas as suas outras vidas. Mantenha-se num equilíbrio saudável. Acenda e apague as luzes. Pessoas e lâmpadas têm uma durabilidade maior com esta prática. Trabalhe com paixão e com entusiasmo, com amor e com empolgação. Porém, lembre-se: o trabalho irá esperar enquanto você mostra às crianças o arco-íris, mas o arco-íris não espera enquanto você está trabalhando.

Vida 4 – Cultura e lazer – Sua quarta vida é um complemento natural da anterior. Sua carreira não é construída apenas pelo seu dia a dia no trabalho. É, na verdade, fora dele que você se projeta. Para auxiliar o processo de descoberta de sua vocação você deverá investir em conhecimento e autoconhecimento. Ler jornais, revistas, livros, gibis e bulas de remédio. Ouvir rádio e ver televisão. Saber dos planos de guerra dos EUA e do último eliminado no reality show tornarão você mais sociável e interessante para outras pessoas, pois lhe permitirá conversar sobre tudo e com todos.
Assista a filmes no vídeo e no cinema, vá ao teatro, shows, bares, museus, exposições. Aprenda uma nova palavra em outro idioma todos os dias e faça cursos diversos, desde especializações em sua área, até culinária, massagem e pintura. Desenvolva novas habilidades. Utilize mais a mão direita se você for canhoto e coloque suas calças a partir da perna esquerda pela manhã. Mexa com seus sentidos.
E tire férias com regularidade, sem confundir um final de semana emendado com férias de verdade de, no mínimo, dez dias. Nestas ocasiões, esqueça o notebook e o celular e leve junto sua família. Mais importante ainda, leve junto você!

Vida 5 – Sociedade e comunidade – O homem é um ser social e deve aprender não apenas a viver, mas também a conviver. Por isso, busque a integração em seu meio. Participe de happy hours com seus colegas de trabalho, das reuniões de condomínio, do bingo beneficente da escola. Convide um casal de amigos para jantar, leve-os para ir juntos ao clube ou para jogar carteado.
Integre-se na vida comunitária, exercendo sua solidariedade na medida de suas possibilidades. Você poderá começar doando sangue, evidentemente se preencher os pré-requisitos necessários, visitar creches ou asilos ou apenas participar de uma campanha para arrecadação de agasalhos ou alimentos. O menor ato será sempre grandioso. Responsabilidade social é uma ação consciente e voluntária, mas comprometida com os impactos decorrentes. Não se deixe enganar: solidariedade pratica-se no dia a dia, com uma palavra de carinho e conforto a quem está entregue à melancolia e é colocado diante de você pelo Homem lá de cima…

Vida 6 – Bens e possessões – A vida material existe sim, é claro. Muitos que escrevem sobre comportamento parecem desejar negligenciar este aspecto e acabam por reduzir a credibilidade de suas argumentações.
A maioria de nós, mortais, associa a felicidade ao bem-estar, este ao conforto, este à posse de bens materiais. Guardadas as devidas proporções, cada qual tem suas ambições, seus desejos. Não há nada de errado em se desejar morar bem, ter um belo carro, roupas de fino corte, mesa farta. Ao contrário, devemos mais é promover a prática desta ética protestante. A maior inquietude está no fato de tantos privilegiarem a sexta vida em detrimento de todas as demais, buscando a acumulação de riqueza como finalidade em si mesma.
Como bem nos alertou Tom Morris, a grande chave para a satisfação é algo que quase sempre nos escapa. Não é conseguir o que queremos, e sim querer aquilo que conseguimos.

Vida 7 – Mente e espírito – A última das sete vidas deveria ser, na verdade, a primeira. Mas prefiro tratá-la como a cobertura do bolo de chocolate: coloca-se ao final, mas saboreia-se primeiro. Se você deixar de lado a cobertura, não vai sentir assim tanta satisfação com o bolo, por mais tenra e macia que esteja a massa. Por outro lado, se comer cobertura demais, poderá experimentar terríveis dores abdominais – daí porque o beato acaba sendo persona non grata.
Paulo Coelho foi emblemático ao afirmar que “A fé é uma conquista difícil, que exige combates diários para ser mantida”. Acostumamo-nos a exaltar a presença divina por força de nossas dificuldades, mas raramente o fazemos para enaltecer nossos méritos.
A sétima vida é base para todas as outras. É a vida que contempla o mundo dos valores, do caráter, da ética e da moral. Ainda que você não tenha se encontrado dentro de nenhuma doutrina específica, sua crença particular está dentro de você. Mesmo para o agnóstico, seu cérebro é seu refúgio. As religiões, disse Gandhi, são como caminhos diferentes que convergem para um mesmo ponto. Que importa que tomemos itinerários diferentes, desde que cheguemos à mesma meta? Por isso, explorem este sentimento. Necessitamos da fé para transpor obstáculos, para nos superarmos, para nos compreendermos.

Palavras finais – A verdade está no caminho do meio, disse Sócrates. Por isso o equilíbrio tem o poder de trazer a felicidade. Fumar dois maços de cigarros diariamente com certeza custar-lhe-á um enfisema, mas um bom charuto com os amigos será muito prazeroso. Beber em demasia poderá causar-lhe desde um acidente de trânsito até uma cirrose, mas uma taça de vinho no jantar contribuirá positivamente com sua saúde. Todos os excessos, até mesmo o amor obsessivo, o sexo compulsivo, acabam sendo tratados, em última instância, como assunto de cunho médico…
Os dois únicos fatos verdadeiros na vida são que você nasce um dia e vai morrer em algum outro dia. O que acontece entre essas duas datas depende de seu modo de vida. Por isso, tente apreciar as coisas simples. Aprenda a dizer NÃO. Lembre-se de que pequenas coisas só afetam mentes pequenas e que somente quem pensa grande também erra e acerta grande. Reconheça sempre o que já conseguiu, deixando de mirar no que você não tem: a inveja destrói a felicidade e a gratidão a assegura. Aceite o perfeccionismo não como uma virtude, mas como um excesso, pois mesmo os campos mais verdes têm partes queimadas, ou seja, nada é perfeito. Você não será nada se quiser ser tudo.
Dia destes deparei-me com uma frase, atribuída ao publicitário Jay Chiat, que dizia: “Passei minha vida procurando ordem e produzindo o caos”. A partir de então me coloquei a investigar porque estávamos sempre tão distantes do aclamado equilíbrio. Foi quando percebi que não bastava buscar a ordem em um único campo do conhecimento. Não bastava obter o equilíbrio em apenas um dos papéis desempenhados na minha vida pessoal. Era preciso identificar todos os papéis, ouvi-los e harmonizá-los. Do contrário, a vida seria um eterno recomeço.

Hoje, conhecedor de minhas Sete Vidas, já não sei mais se me exijo à altura do que desejo. Sei apenas que me espero na medida exata do que eu preciso.

* Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Por tão poucos terem tanto é que tantos têm tão pouco

Data de publicação: 16/06/2015

A Forbes, revista de negócios norte-americana, publica anualmente uma lista avaliando o patrimônio dos bilionários em todo o mundo. A edição deste ano novamente apresenta nas três primeiras posições Bill Gates, fundador da Microsoft; Carlos Slim Helu, do setor de telecomunicações; e o banqueiro Warren Buffet. Juntos, eles detêm ativos da ordem de US$ 224 bilhões, o equivalente ao patrimônio estimado de cerca de 900 milhões de pessoas.

Os dados ficam ainda mais alarmantes se tomarmos como referência os ativos dos dez mais ricos. Neste caso, chegamos a um total de US$ 551 bilhões, comparável ao patrimônio de algo em torno de 2 bilhões de pessoas no planeta!

Uma análise da referida lista de bilionários da Forbes a partir de 2009, ano seguinte à crise econômica mundial, mostra um crescimento médio anual de 14% no patrimônio do grupo dos dez. Enquanto isso, o PIB mundial evoluiu pouco acima de 3% ao ano.
Estes dados explicam o alerta da Oxfam International, entidade cujo foco primordial é o combate à pobreza. Atualmente, 67 pessoas detêm o mesmo patrimônio que metade da população mundial e, em 2016, os recursos acumulados pelo 1% mais rico do planeta ultrapassarão a riqueza dos outros 99%.
Mais um exemplo deste universo de desigualdades. O faturamento das dez maiores empresas do mundo em 2014 totalizou US$ 3,35 trilhões, o equivalente ao PIB somado de todos os países da América Latina, excluindo-se o Brasil. Note: dez empresas equivalem a 21 países. Estes números só não são ainda mais expressivos porque seis destas dez companhias são do setor energético, e o barril do petróleo, que já chegou a superar cem dólares no passado recente, vive um período de baixa, cotado por menos de 60 dólares atualmente.

O mais incrível é que temos a impressão da ocorrência, no decorrer dos últimos anos, de ações amplas e efetivas no sentido de amenizar desigualdades socioeconômicas em virtude de iniciativas de organizações não-governamentais, de campanhas de conscientização e da inclusão do tema em debates educacionais. Ledo engano…

Combater este autêntico abismo social é tarefa de governo. A distribuição de renda passa necessariamente não por políticas assistencialistas, mas sim por instrumentos justos de tributação. Estudos indicam que há uma correlação direta entre o aumento da concentração de renda e a redução dos impostos incidentes sobre os mais ricos.

Olhando para nosso cenário interno, vemos um crescimento da violência, do desemprego e da corrupção. Enquanto isso, com a justificativa de ajustar as contas públicas, o governo federal busca elevar sua arrecadação com aumento generalizado de impostos sobre o setor produtivo, afetando diretamente a competitividade das empresas, em especial as de pequeno e médio porte, que representam 98% dos empreendimentos formais existentes no país, responsáveis por mais de 60% dos empregos diretos. O impacto final é sobre os menos favorecidos, ampliando este quadro de desigualdades.

Contra fatos e estatísticas não cabem argumentos, mas sim ações propositivas, voltadas não à retórica, mas sim à solução dos problemas.

Tom Coelho é educador, palestrante em temas sobre gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. Contato: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Corrupção padrão Fifa

Data de publicação: 10/06/2015

Apenas uma semana. Este foi o tempo necessário para eclodir um dos maiores escândalos envolvendo o futebol em âmbito mundial. Primeiro, a prisão de sete dirigentes ligados à Fifa, a pedido da justiça norte-americana, com base em investigações promovidas pelo FBI desde 2011. Depois, a renúncia de Joseph Blatter, presidente eleito para seu quinto mandato consecutivo à frente da entidade.

As suspeitas apontam para um esquema de corrupção generalizado envolvendo contratos de marketing, direitos de imagem, além das disputas para sediar os torneios da Rússia, em 2018, e do Catar, em 2022. E, certamente, isso é apenas o início.

No mundo do esporte, o nome do jogo é jogatina. Recentemente o Banco do Brasil suspendeu o patrocínio à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) após descumprimento do acordo firmado no ano passado para gestão lícita dos recursos financeiros, devido a investigação da Controladoria Geral da União (CGU) que levou, inclusive, à renúncia do então presidente Ary Graça, no comando da entidade desde 1995.
Dias atrás, o Santos Futebol Clube ingressou com ação formal para contestar os valores da transferência de Neymar Júnior para o Barcelona, em 2013, num processo há tempos sob investigação da justiça espanhola.

Goste você ou não de futebol, frequentando ou não estádios, à distância é possível observar como a corrupção graceja. Você assiste a imagens na TV de uma partida qualquer, em um estádio com capacidade, por exemplo, para 50 mil torcedores. E embora não exista espaço para passar um fio dental entre duas pessoas, ao término da partida a renda anunciada informa a existência de pouco mais de 35 mil pagantes…

Ano passado, sediamos a “Copa do Mundo Padrão Fifa”. Faltando apenas um mês para o início do torneio, das 167 intervenções anunciadas pelo governo federal em sua “Matriz de Responsabilidades”, documento oficial elaborado em 2010, somente 41% das metas haviam sido concluídas!
A lista de ações prioritárias era formada por estádios, aeroportos, segurança, tecnologia, telecomunicações e mobilidade, sendo esta última, a mais negligenciada – apenas cinco das 36 obras foram concluídas até o final do ano. Ou seja, exatamente o item que maior legado poderia render aos cidadãos através de transporte público. Entretanto, o resultado final foram obras inacabadas, canteiros de obras a céu aberto, e o pior, o estouro no orçamento. Segundo a CGU, o custo total das obras superou o orçamento em 66%.

Vivemos tempos difíceis, em que está se tornando impossível falar sobre ética, porque não se pode argumentar sobre o que não existe… Balanços financeiros maquiados, números forjados. Fraudes, conluios, subornos, propinas, escolha o nome que julgar mais conveniente. Empresas fraudam, executivos mentem, auditores omitem, analistas recomendam. Como diz o velho adágio popular, papel aceita tudo.

Este novo mundo é governado pela ditadura da imagem. O triunfo da estética sobre a moral. Um mundo de Narciso que afeta pessoas e corporações. Você é tão belo quanto seus trajes e seu último corte de cabelo possam sinalizar. Tão bom quanto a procedência dos diplomas e a fluência em idiomas possam indicar.

Em tempos passados, ocasião que meus olhos não se atrevem a enxergar, a “embalagem” era menos representativa. As empresas eram aquilo que produziam. As pessoas eram o que demonstravam. Éramos mais essência. E mais essenciais.
Houve uma época na qual preços eram formados para remunerar custos e proporcionar uma margem de lucro. Hoje, são constituídos às avessas, embutindo ganhos escusos e extorsivos que favorecem a poucos.

Balanços fraudados, currículos forjados, amores burlados. Vidas vividas na ilusão, imaginadas como devaneios à luz de uma quimera. A Quimera era um monstro mitológico com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente. Imagem nada agradável que, mais cedo ou mais tarde, materializa-se, ao cair do véu da percepção que não carrega consigo conteúdo, sinceridade e paixão.

Tom Coelho é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Tom Coelho – Engajamento e retenção

Data de publicação: 02/06/2015

Um dos maiores desafios atuais no mundo corporativo é a chamada retenção de talentos, ou seja, como manter os profissionais nas organizações e com elevado nível de comprometimento.
Refletindo a este respeito, selecionei um time com 11 iniciativas que você poderá adotar em sua empresa. Vamos a elas:

1. Remuneração. O salário é certamente fator de grande relevância e impacto, especialmente nos níveis hierárquicos mais operacionais, nos quais mesmo as pequenas ofertas de aumento são definitivas para mudança de emprego. Porém, é um aspecto que não se sustenta isoladamente, em especial a longo prazo.

2. Benefícios. Assistência médica e odontológica, refeitório, cesta básica, acompanhamento nutricional, espaço para prática de atividades físicas ou convênio com academias, avaliação física, ginástica laboral, check-up periódico, descontos na aquisição de medicamentos, custeio de cursos em universidades, jornada flexível de trabalho. Muitas são os benefícios que podem ser ofertados aos empregados, como forma de remuneração indireta, evitando-se o custo tributário. Selecione-os de acordo com o porte de sua empresa e o perfil de seus funcionários.

3. Treinamento e desenvolvimento. Diante da baixa qualidade do ensino em nosso país, cabe às empresas promover programas contínuos de capacitação para o aprimoramento profissional dos trabalhadores, elevando a autoestima destes e melhorando a produtividade e a competitividade.

4. Liderança educadora. É notório que muitos profissionais se demitem não das organizações, mas sim de seus líderes. Analogamente, há aqueles que optam por permanecer na empresa por respeito e admiração a lideranças dignas, capazes de demonstrar real interesse por cada membro de sua equipe, compartilhando conhecimento, instruindo, incentivando, exercendo o poder com autoridade e não com autoritarismo, enfim, perseguindo resultados, porém aliando-os às expectativas dos trabalhadores.

5. Autonomia. Bons profissionais postulam evoluir dentro da organização, com a possibilidade de atuarem de maneira proativa e contributiva, e não apenas exercendo funções meramente responsivas. Para tanto, é necessário praticar o empowerment, ou seja, a gestão através do poder compartilhado, concedendo o direito de tomar decisões e delegando autoridade na proporção da responsabilidade e de acordo com as competências do colaborador.

6. Clima organizacional. Não ficamos envolvidos com nosso trabalho por apenas oito horas diárias. Se considerarmos as eventuais e cada vez mais frequentes horas extras, o tempo com deslocamento e as demandas constantes por e-mail e celular, dedicamos metade de nosso dia à vida laborativa. Por isso, o ambiente de trabalho precisa ser harmonioso e amigável, além de reunir infraestrutura adequada e confortável.

7. Espaço para o sonho. Certa vez um amigo comentou que ao preencher o questionário de avaliação da empresa, aplicado a todos os funcionários para balizar o planejamento estratégico do ano seguinte, uma das questões formuladas era: “Descreva um sonho pessoal que você ainda não realizou e o porquê”. Na ocasião, ele anotou que há anos desejava escrever um livro, mas que ainda não o fizera por falta de tempo. Quando a companhia finalizou o planejamento, entregando a todos um plano de ação, uma das metas definidas especificamente para ele era “escrever o livro”. Mais ainda, a empresa lhe proporcionou um curso de administração do tempo e reservou um horário semanal para que ele se dedicasse à redação da obra. Escrever um livro de caráter pessoal não tem relação direta com o propósito da corporação. Entretanto, ao adotar tal postura, valoriza-se de tal forma o profissional que o mesmo passa a se empenhar ainda mais em sua atividade.

8. Tratamento igualitário. Assumir o respeito como valor essencial, independentemente de gênero, raça, condição socioeconômica, credo e orientação sexual, oferecendo também atenção especial às pessoas com deficiência.

9. Orgulho de pertencer. Um ótimo termômetro para verificar o grau de comprometimento de sua equipe está em observar como eles cuidam da imagem da empresa. Os empregados consomem os produtos e serviços que representam? Sentem orgulho ou vergonha de dizerem onde trabalham? Como se manifestam sobre a companhia nas redes sociais?

10. Reconhecimento e valorização. Você pode ir além dos convencionais planos de carreira, aumentos e bônus salariais, participação nos lucros e resultados. Considere homenagear os profissionais por tempo de empresa, oferecendo-lhes certificados, placas comemorativas e souvenirs. Elogie-os publicamente, divulgue nas mídias internas e até nos veículos locais. Em maior ou menor grau, todos nós desejamos e apreciamos carinho e afago.

11. Celebração. Por fim, comemore! Seja uma meta atingida, um novo cliente conquistado ou os aniversariantes da semana, é preciso celebrar. Isso gera estímulo e impulsiona novas conquistas. E, lembre-se, não é necessário fazer nada dispendioso. Vale um bolo de padaria acompanhado de água, suco e refrigerante, num final de tarde de sexta-feira. O que realmente importa é o motivo e o ato de confraternizar.

Vale salientar que todas estas iniciativas são potencializadas quando a missão, a visão e, em especial, os valores corporativos estão muito bem definidos, divulgados e alinhados ao propósito pessoal de cada integrante da empresa.

Tom Coelho é educador, palestrante em temas sobre gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. Contato: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

 

Carlos Zeli – O COMANDANTE

Segue um exemplo real de negócios que aconteceu recentemente no qual evidencia os meandros da mente racional e emocional:

No ano de 2001 um empreendedor saiu de um excelente emprego em uma multinacional e abril uma empresa numa área especial, esta empresa se consolidou em pouco tempo e ele necessitou ampliar a gama de produtos e o aporte de um novo sócio que ficou alguns anos junto e saiu.

Em 2006 se encontrou um amigo que morava nos Estados Unidos e como ele atuava com representação de produtos novos estava necessitando criar um canal de vendas no Brasil, e assim ele teve um novo sócio e uma representação milionária, na qual os lucros líquidos por equipamento chegam a USD 10,000 gerando milhões de reais por ano em vendas e serviços.

Como ele estava no segundo sócio, e não confiava nem nos trabalhos de internet banking usava de uma administração arcaica alem de retirar todos os lucros líquidos da empresa todo mês, fazia empréstimos bancários para saldar as contas do mês e preferia estar rico e a empresa pobre.

O outro sócio americano que tinha outras representações para serem colocadas no Brasil estava descontente e criou uma nova empresa no Brasil, iniciou uma representação de outro produto também milionário, contudo as negociações deste novo produto se iniciaram com a empresa do empreendedor e ele se sentindo traído e começou a dificultar mais ainda as coisas na sua empresa para o seu sócio que tentou arranjar uma saída com a venda de sua parte para ele ou para outros interessados.

Nesta época outra empresa que também atuava na área e conhecia bem os dois sócios se qualificou como compradora, e ai se iniciou um processo que duraria um ano.

Cada vez que estavam para fechar, com contrato firmado ele que iniciou a empresa criava um novo empecilho, ora queria vender, ora queria que o outro sócio vendesse, ora queria também entrar na empresa que estava comprando a outra parte, e por este motivo as negociações estavam conturbadas.

A empresa neste momento estava com uma divida no giro rápido, com saldo totalmente negativo, com alguns processos, com comissões de vendas não pagas e com uma divida internacional com o fornecedor.

Ele a pessoa criadora da empresa estava com carro zero, com apartamento milionário, com a segunda esposa, com um processo de guarda da filha com a primeira esposa que lhe tirava o sossego.

Os compradores não aguentando mais deram um prazo para que se acertassem as coisas, o fornecedor internacional seguiu o mesmo prazo e agora as coisas seriam feitas da seguinte maneira, os investidores comprariam sua parte da empresa, saudariam 50% do debito internacional e renegociariam os outros débitos, alem de ele sair com cheque polpudo à vista podendo levar parte dos negócios da empresa, que neste momento valia mesmo pela representação internacional com lucros altos se bem trabalhada.

Chegou o dia da reunião marcada, como tantas outras, o intermediador do outro sócio estava presente junto com ele e os compradores que estavam chegando com os cheques preenchidos foram informados que ele queria mais algumas exigências e passaria pelo menos mais um ou dois dias para finalizar o processo.

Os investidores saíram mais uma vez com o dinheiro na mão e sem solução, o fornecedor não acreditava na situação, o outro sócio estava inconformado e sanadas as pendências pediu que o seu intermediador levasse uma “carta na manga” caso ele quisesse mais exigências.

No dia seguinte eles se reuniram e como previsto mais exigências, assim o intermediador pegou um documento que dava baixa na empresa e pediu sua assinatura, e qual não foi à surpresa eles se dirigiram ao escritório de contabilidade e assinaram o documento.

Pensem no dia anterior estaria fora da empresa com um cheque polpudo, com parte dos negócios podendo seguir sua vida com tranquilidade sem sócios e preferiu arcar com rescisões trabalhistas, com débitos bancários, com acertos de pagamento internacional, ficar sem empresa e sem possibilidade de um futuro tranquilo.

É assim que a emoção se sobressai da razão, ele como fundador da empresa quis ser o ultimo a sair do barco e não deixar que seu sócio pudesse vislumbrar tranquilidade e lucro a ficar com um cheque polpudo e poder seguir a vida tranquila.

Ele está agora em busca de um emprego e avisa ao antigo sócio que não tem dinheiro para saldar as dividas.

Como é que age a mente humana resoluções obvias se sobressai a emoção mais vezes do que pensamos, ou seja, no caminho da riqueza sigam sempre a razão e deixem que ela esteja bem enraizada se quiserem ter um futuro mais tranquilo.

Carlos Zeli – carlos.zeli@hotmail.com

 

Cassio Corazzari – O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO CAPITAL INTELECTUAL

As transformações do mundo contemporâneo, da política à economia, estão obrigando as empresas a repensar o jeito de tratar seus funcionários. A própria dinâmica do mercado implica uma contínua mutação nas organizações. Novos concorrentes, novas tecnologias, novos métodos de gerenciamento, enfim, fatos decorrentes de uma economia cada vez mais globalizada, ágil, voltada para a competição, ditam o ritmo das atividades nos negócios. E, nos tempos modernos, do tão realístico  “mundo globalizado”, onde a velocidade das informações são implacáveis,  é curioso observar a sensibilidade dos membros das organizações. Assim como as organizações devem adaptar-se às mudanças, os profissionais também o devem.

Este novo milênio está demandando qualidade, produtividade e aperfeiçoamento. Dos governantes aos consultores, passando pelas donas-de-casa, tecnocratas, empresários, executivos, gurus, estudantes, etc. As pessoas precisam ser inteligentes e criativas, com idéias inovadoras, viáveis e produtivas, espírito sistêmico, visão prospectiva e maturidade para negociar conflitos e interesses. Indivíduos com capacidade de comunicação, espírito de equipe, liderança, percepção da relação custo-benefício e foco em resultados. Gente que tenha iniciativa, vontade de assumir riscos e agilidade na adaptação a novas situações, com disponibilidade e energia para um trabalho árduo. Ufa!!! É claro que não é fácil preencher todos esses requisitos, mas é possível lograr a grande maioria deles.

Pesquisas têm comprovado que todas essas transformações exigidas hoje em dia só ocorrerão quando se ultrapassar a eterna busca da razão e se começar a viver também as emoções. A capacidade de raciocínio precisa estar aliada à boa sensibilidade, ao bom senso crítico. Embora haja pontos que determinam o temperamento, muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são maleáveis, podem ser trabalhados e, por tanto, temperamento não é destino. A falta de capacidade para lidar com as próprias emoções pode destruir vidas e acabar com carreiras profissionais.

Neste mundo competitivo e muitas vezes individualista, as relações sociais vêm se deteriorando numa velocidade espantosa. O individualismo exacerbado acarreta uma competitividade cada vez maior e essa visão de mundo causa o isolamento e a desintegração da vida em comunidade. Bem numa época em que, paradoxalmente, as pressões econômicas e sociais exigiriam maior cooperação e envolvimento entre as pessoas. Precisamos aprender a dominar habilidades humanas essenciais para lidar com nossas próprias emoções.

Dirigir pessoas exige capacidade de entendê-las e respeitá-las. Isso só é possível se quem lidera é inteligente, sensível e tem paixão pelo fazer. Define-se inteligência como a habilidade que as pessoas têm para adaptar-se às diferentes situações e, também, modificá-las. Inteligência é participação e trabalho não pode significar sofrimento. idéias e soluções criativas dependem de pessoas que sentem prazer em trabalhar.

Muitas organizações têm se preocupado com a reengenharia e se esquecem de investir no capital humano. No que se refere às mudanças, é preciso lembrar dois aspectos: o racional e o emocional. O racional é todo conhecimento que precisa ser transmitido, os argumentos da mudança. Mas é o aspecto emocional que faz com que as pessoas efetivamente partam para a ação. As lideranças das empresas deveriam trabalhar mais o lado emocional dos funcionários. Numa comunidade qualquer, não é a entidade governante que faz mudanças, são os seus membros.

A importância dos relacionamentos para tornar as carreiras mais dinâmicas e promover o crescimento dos negócios é indiscutível e centra-se na filosofia orientadora da empresa. O desenvolvimento humano, através de conhecimentos, aprendizagens e melhoria contínua não pode ser perdido de vista e devem ser compartilhados por todos os que almejam um sistema mais forte e adaptado a realidade de hoje.. E para que isso ocorra é necessário que tenhamos esta consciência, pois isto normalmente emana tempo e investimento.

Para colaborar e contribuir com o Desenvolvimento Sustentável do ser humano, há quase uma década realizamos um trabalho exclusivamente social, denominado idheall, onde as pessoas apenas entram apenas com o tempo, 04 horas em um sábado, uma vez ao mês, e nós com a responsabilidade de transferir conhecimentos e aprendizagem.

O maior diferencial deste trabalho sem fins lucrativos é que através de um modelo simples e eficiente, integramos técnicas e conhecimentos oriundos de várias vertentes para transformações comportamentais, emocionais, dentre outras relevantes. Esta diversidade de metodologias e pensamentos somada à flexibilidade e maestria na aplicação é o que garante a continuidade no processo de desenvolvimento e evolução humana.

Com ações sistêmicas, nosso foco é auxiliar o ser humano em seus projetos de transformação e crescimento, compreendendo todas as implicações que uma mudança pode acarretar ao sistema onde um ser humano está inserido e todos evoluam de maneira natural.

Assim sendo, compartilhamos de princípios e constatações que chegou o momento de dividir mais conhecimentos em detrimento à verdadeira distribuição da riqueza intelectual. Somos partidários à redistribuição do conhecimento eficaz, de poucos para muitos. Fazemos isto há quase uma década, de maneira solidária, prazerosa e sem interesses pessoais. A certeza de proporcionar eficientes resultados são nítidos, evidentes, mensuráveis e relatado pelos participantes como uma ação  moderna que concentra no fazer, sem interesses pessoais e financeiros apenas focando no melhor para o sistema.

Cassio Leonardo Corazzari – Coordenação idHEall – cassio@idheall.com.br

 

Édio José Kessler – SINDROME DO PENSAMENTO ACELERADO – SPA

Tudo tem e esta em constante movimento. O universo, a natureza, os animais, o ser humano. Tudo o que tem vida se movimenta. E todo movimento tem um ritmo saudável e o seu tempo natural. Uma plantinha tem o seu tempo natural de crescimento para chegar à afloração e a gerar frutos. O rio tem o seu tempo para chegar no mar. O corpo humano tem o seu tempo de passar a fragilidade de uma criança para chegar à estrutura adulta. Isso é fácil de compreender e aceitamos com naturalidade.

Assim é o nosso pensamento. Ele tem o seu tempo, seu movimento e seu ritmo. O cérebro humano tem uma estrutura, e conforme é estimulado ele responde. O cérebro responde aos estímulos esternos, criando estados emocionais e uma reação física frente ao estimulo provocado, a fim de poder interagir de uma forma adequada. Este ciclo entre estimulo e resposta é a dinâmica natural da vida. Frente um estimulo temos ou prazer ou dor. Prazer em poder saborear, interagir com o que estamos vendo, ouvindo ou sentindo. Ou temos dor, aversão e usamos todos os recursos para fugir, sair da situação. Isso é a dinâmica natural das relações e do processo da organização da mente.

O que é a Síndrome do Pensamento Acelerado – SPA, é quando vários estímulos são sobrepostos ao nosso cérebro. Quando nosso cérebro esta processando uma informação e ao mesmo tempo já recebe outra e mais outra informação. Isso da um congestionamento mental e emocional. Faz com que o cérebro não fecha o ciclo do seu processar. O corpo esta sendo preparado para uma reação e ao mesmo tempo recebe informações para outra reação.  Isso leva a um conflito mental, emocional e físico. O pensamento ainda não concluiu uma situação já é estimulado para outra situação. Assim isso acontece com as emoções e as reações físicas. Ficamos acelerados o tempo todo e não dá tempo de desacelerar.

A realidade de hoje nos distancia muito do ciclo da naturalidade de ser. Estamos distantes do ciclo da natureza. Uma criança muito cedo já tem todas as informações da vida, já pensa e discute de igual com os adultos. Ela tem informações de criança, de adolescente e de adulto ao mesmo tempo, mas tem uma estrutura mental de criança.

Um adolescente estimula o seu cérebro com muitos estímulos que o seu corpo não da conta de processar. Ou melhor, usa a sua mente para jogar mas não usa o seu corpo para jogar. O corpo é estimulado a correr, a gritar, a transpirar, mas por sua vez só faz isso no pensamento, pois fica sentado frente o computador imaginando o jogo e não jogando com o corpo. Faz com que o corpo fica muito estimulado para agir, mas como isso não acontece, a adrenalina fica no corpo acumulado, o corpo esta acelerado sem ter sido usado. Isso leva a uma grande ansiedade e faz com que não descarrega o estimulo e por sua vez começa comer para preencher o vazio que ficou. Isso leva a uma obesidade. Isso vira um ciclo vicioso e aumenta o acelerar do pensamento e não em sintonia com a velocidade do corpo.

O adulto é estimulado a fazer 10 coisas ao mesmo tempo e com situações diferentes, onde não dá tempo de fechar as cosias. O corpo fica em estado de alerta, em ansiedade. É estimulado para uma coisa e ao mesmo tempo para outra. Importante entender que as decisões são tomadas na sintonia entre pensar, sentir e reações físicas. E quando não há uma congruência entre estes três níveis gera-se um conflito e as decisões não são tomadas. Faz com que adiamos muitas decisões e isso vai só acumulando mais o estresse e a ansiedade e a estima vai caindo mais e mais.

Isso tudo leva a irritabilidade, a dificuldade de concentração, déficit de memória, sono alterado, ansiedade excessiva e entre outras reações físicas e principalmente a baixa estima.

Fundamental criar uma sintonia entre o pensamento, emoções e reações físicas. Ter consciência onde esta o física ai estar com as emoções e com o pensamento. Além disso aprender a usar o corpo de uma forma adequada com atividades físicas e com uma alimentação saudável. Saber fazer uma faxina mental, saber cultivar pensamentos que são adequados com as escolhas do momento presente.

O fazer e trabalhar muito não leva ao estresse, mas sim quando o nosso fazer esta em conflito com o nosso jeito de pensar e sentir.

Édio José Kessleredio@crescerhumano.com.br

 

Édio José Kessler – MUNDO DA VIDA, VIDA DO MUNDO

Estamos vivendo a maior época da mudança da humanidade. O homem, com sua inteligência e criatividade está conseguindo romper todas as fronteiras do seu próprio limite. O que antes levava 10 anos para mudar, hoje muda em uma semana. Vivemos na era da velocidade, da rapidez,  da dinâmica, da criatividade, do novo, do diferente. Época da curiosidade, da invenção. Corremos mais rápido do que o próprio tempo. Tudo torna-se descartável. A estabilidade, o certo, o absoluto, foi substituído pela instabilidade, pelo incerto, pelo relativo. É a vida do mundo da qual somos participantes ativos ou passivos.

Por outro lado, temos o mundo da vida que é o processo natural do desenvolvimento humano. Assim como temos uma estrutura óssea, muscular, arterial, temos, também uma estrutura intelectual e emocional. Temos uma psique natural. Cada pessoa tem o seu ritmo de aprender, de elaborar os seus sentimentos, de assimilar cada experiência nova dentro da sua idade emocional. Como o pé de café, para produzir café, precisa ter todos os seus cuidados e o seu tempo; assim a personalidade humana tem o seu processo natural de se estruturar e formar numa pessoa madura e saudável. Podemos mudar as normas, as leis humanas (ex.: aborto, pena de morte, divórcio) mas não podemos modificar a estrutura da natureza humana.

O não respeito do ritmo do mundo da vida tem sua repercussão sobre todas as dimensões da nossa vida. É da natureza humana amar, viver em grupo, ter gestos de vida. Somos intencionalizados para fazer o bem, para gerar vida. Mas vivemos no desamor. Somos invadidos pela cultura de morte que não tem a dignidade humana como prioridade. Há uma inversão de valores que acaba não gerando vida, amor, felicidade. O sonho bonito de ter uma vida plena fica sufocado em troca de querermos viver o sonho do mundo da vida. Esse abafar do desejo da vida leva ao desequilíbrio psíquico e, em conseqüência à doença física. Queremos acompanhar todas as experiências que a vida nos oferece, mas não damos conta de processar saudavelmente cada experiência. Leva a desarmonia interior e exterior. Não é por nada que precisamos tomar remédio para dormir, estimulantes para ficar acordado, antidepressivos para suportar a pressão da vida do mundo.

Precisamos, novamente, permitir acreditar nas potencialidades que existem dentro de nós. Colocar para fora o bonito, o saudável, o belo, o sonho que esta adormecido no mais intimo do nosso ser. Colocar em primeiro lugar a beleza da nossa vida, da integridade, da harmonia nas relações familiares e grupais. Voltarmos a ter mais atos humanos que geram vida, paz, saúde, bem estar nas relações. Assim teremos vidas mais saudáveis, pessoas mais equilibradas, gestos de amor nas relações grupais.

Édio José Kessler edio@crescerhumano.com.br

 

Édio José Kessler – INVERNO

A natureza tem a sua sabedoria ao revelar suas estações. Mesmo que nós humanos facilmente esquecemos ou mudamos o ritmo, a natureza continua as sua forma sábia de viver cada momento.

Inverno, período do desarmamento, do desprendimento, de perda, de despedida. É um voltar-se para dentro. O foco vira para sua essência, sua raiz, sua introspecção. A natureza desprende-se de toda beleza aparente. Parece que todas as máscaras caem, que a morte aparente toma conta. Tudo que era o seu sentido de ser, deixa de ser, ou seja: produzir frutos, verde, flores, sombra…

Talvez pode aparentar uma faze difícil, tudo fica mais frio, sem sabor e saber de ser. Mas quem tem um pouco de visão sabe que isso é meramente uma fase necessária, uma grande preparação para o novo afloramento que logo vai surgir que é a primavera. Todo o novo exige uma profunda renovação. Quanto mais intenso e profundo for o inverno, mais brilhante será a primavera.

Sabia natureza, sabia mente humana que entende de ciclos. Somos convidados, pela mãe natureza, a nos desprender e desapegar de todos os brilhos do verão passado e nos preparar para o novo a fim de deixar aflorar um novo. Um novo sentido de ser, de sentir, de viver intensamente um novo brilho de vida.

Facilmente, pelo pensamento, ficamos estáticos, presos a coisas do passado e não temos a coragem de renovar as motivações da nossa vida.

Inverno externamente tudo fica mais frio, seco, sem brilho. Mas é hora de aquecer internamente, é hora de alimentar, renovar e fortalecer as raízes mais profundas. Para em breve surpreender o universo com o nosso novo jeito de ser e brilhar. Não é por nada que no inverno gostamos de coisas mais quentes: comemos mais calorias, um chocolate ou vinho quente, uma lareira, um cobertor reforçado. É assim a mão terra, ela fora o seu chão com folhas para se aquecer, pois com calor tudo germina melhor e com mais força e energia.

Tem pessoas que tem medo do inverno, tem medo de mergulhar nas suas raízes. Tem medo do silenciar-se e tomar consciência o que podem ser de novo para a próxima primavera. Preferem ficar no saudosismo do verão passado.

Somos convidados a nos despedir de tudo que é passado, a ficar um pouco mais introspectivos, no nosso silêncio interior.  É hora de tomarmos consciência o que vale a pena cultivar, continuar a ser. É hora de saber escolher ficar com a essência das nossas raízes, ou seja, dos nossos valores, princípios. E ao mesmo tempo buscarmos formas criativas de manifestar e surpreender na próxima primavera.

Um maravilhoso mergulho no seu mundo interior, um brilhante silêncio, uma sábia escuta das suas raízes, e um surpreendente inverno a todos.

Édio Kessler – edio@crescerhumano.com.br

 

Edson de Paula – A ESCADA DO FEEDBACK POSITIVO

No meio corporativo é muito comum ouvirmos o termo feedback.

Normalmente, o feedback é uma conversa entre líder e liderado, que visa uma avaliação, uma análise sobre erros e acertos, pontos fortes e fracos do subordinado.

A palavra feedback tem origem inglesa e não possui uma tradução fidedigna ao português, algumas fontes de pesquisa indicam que em português teríamos algo parecido com “retroalimentação” ou “realimentação”,mas eu a interpreto como se fosse um retorno da ação, através da comunicação.

No processo de comunicação, feedback é o retorno de um sinal emitido pelo emissor ao receptor. É como se fosse o resultado da comunicação. Imagine que você está numa ilha deserta e precisa emitir um pedido de socorro. Você faz uma fogueira que será a emissão do seu sinal. Se um avião estiver passando e avistar a fogueira, ele recebeu seu sinal, ou seja, ele é o receptor do seu sinal. Porém, o seu feedback só acontecerá se ele realmente entender o que significa sua fogueira e vier ao seu encontro para salvá-lo. O que acontece, na grande maioria das vezes, é que sua comunicação não atinge o resultado esperado e você não tem feedback, não tem “retorno” da sua comunicação.

Feedback consiste em prover uma informação ao subordinado sobre seu desempenho profissional com o objetivo de ajustar alguns comportamentos negativos, estimular ações positivas, orientar novos procedimentos, enfim, dar um parecer ao liderado sobre o seu dia-a-dia na empresa. Através do feedback, um liderado obtém uma maior percepção das suas competências, pois adquire informações sobre como seu trabalho está sendo desenvolvido, quais são os pontos que precisa melhorar e quais estão satisfatórios e como ele é visto pelo líder.

É muito importante que um líder saiba como passar um feedback a um liderado.

Feedback não é um desabafo. Não é um momento para expressar seus descontentamentos ou insatisfações pessoais, um líder deve manter-se equilibrado e saber expressar criticamente seu ponto de vista, sempre pelo lado profissional.

Se você pensa que dar um feedback é desabafar seus descontentamentos em relação ao seu liderado, pode parar. Feedback não é uma forma de mostrar como você é superior ao outro e sim como você divide suas experiências, mostrando seu modo de agir e pensar, acrescentando construtivamente. É muito importante você saber dar e também receber o feedback, aliás é importante que você até peça feedback às vezes, para poder ter uma opinião sobre seu rendimento profissional. Ao dar e receber feedback, pense e visualize uma escada. Essa escada é apenas para subir, na ascendente, ela não serve para descer. Quando você dá um feedback e tem a visão desta escada que apenas sobe, que é para cima, você faz com que a pessoa que está recebendo o feedback se sinta valorizada.

Ao dar um feedback é importante que você descreva a situação com detalhes, explicando os efeitos causados no ambiente sobre o seu ponto de vista profissional. Quando a pessoa que estiver recebendo seu feedback intervir por algum motivo, pare e ouça atentamente. Esclareça as dúvidas, caso surjam, dê sugestões para melhorias e, no final, estimule positivamente, reconhecendo também os pontos fortes desta pessoa.

Ao receber um feedback de alguém por qualquer motivo, ouça sem interromper. Evite discutir ou ficar na defensiva, ao invés disso, pergunte para obter entendimento. É importante ouvirmos a opinião de uma outra pessoa sobre nossos comportamentos e atitudes. O nosso crescimento profissional está intrinsecamente ligado a nossa capacidade de lidarmos com as diferentes opiniões e com as adversidades do mundo corporativo. Você já deve ter ouvido aquela frase que diz “o que seria do azul se todo mundo gostasse do vermelho?”

As diferenças de opiniões sempre existiram e continuarão existindo enquanto o ser humano existir no mundo, por isso, é muito importante saber ouvir e saber se comunicar com qualidade. E saber dar e receber feedbacks é uma poderosa ferramenta para estreitarmos relacionamentos pessoais e profissionais e, como a própria origem da palavra nos orienta, realimentarmos nossas percepções, expressando nossas opiniões de uma maneira construtiva e totalmente profissional.

Edson De Paula (Master Coach e Trainer) – www.edsondepaula.com.br

 

Edson de Paula – FAÇA UM 5S NA SUA VIDA!

O conceito de 5s no âmbito empresarial é uma metodologia organizacional que surgiu no final da década de 60 no Japão devido à constatação de que a maioria das empresas japonesas estavam desorganizadas e, literalmente, sujas!

Naquela época, os japoneses viviam num contexto de reestruturação sócio-econômica do país após o desastre da bomba atômica na Segunda Guerra Mundial e, praticamente, não tinham a real percepção dos ambientes no qual passavam a maior parte do seu dia, trabalhando num regime médio de até 12 horas de trabalho.

A metodologia básica do “Programa 5s”, como é popularmente chamado no mundo corporativo, consiste na recuperação dos ambientes de trabalho, especificamente dentro dos aspectos de limpeza e organização, através da implementação de pequenas tarefas diárias que devem ser praticadas com muita disciplina e determinação.

O 5s diferencia-se dos outros programas, pois prima pela melhoria contínua do processo, ou seja, não é um simples programa temporário com início, meio e fim.

Ele foca, principalmente, na melhoria da eficiência na organização dos ambientes, através do senso do que é útil ou inútil, necessário ou desnecessário, além de organizar, limpar e identificar tudo aquilo que se é utilizado com frequência.

Você já perdeu um tempo precioso procurando algo importante e não conseguiu encontrar aquilo naquele exato momento?

E se aquilo que você procurava estivesse ao alcance de sua mão?

Faço aqui uma analogia com a nossa vida pessoal e profissional, através desta pergunta: Você já pensou em fazer um 5s da sua vida?

Quanto tempo perdemos no nosso dia-a-dia com coisas inúteis e desnecessárias?

Como o próprio nome já diz, o 5s é composto por cinco princípios chamados de “sensos”, cujas palavras transliteradas do japonês ao nosso idioma, iniciam-se com as letras “S”.

Como é um programa que pode ser aplicado para qualquer ambiente pessoal ou profissional, você poderá também adaptá-lo para a organização de suas rotinas diárias, reprogramando sua vida.

Há quanto tempo você não organiza ou limpa sua casa ou seu ambiente de trabalho?

Você encontra as coisas que procura? Elas estão visíveis e à sua disposição?

Seus arquivos no computador estão dispostos de maneira organizada?

Com qual freqüência você organiza suas coisas pessoais e profissionais?

Vamos entender um pouco sobre os cinco sensos do programa, pois com eles você obterá maior produtividade, reduzindo assim tempo e despesas desnecessárias e aumentando sua satisfação pessoal.

O primeiro “S” é o Seiri que é o Senso de utilização. Procure verificar tudo o que você possui na sua vida pessoal e profissional pelo aspecto do que é realmente essencial para suas rotinas diárias e descarte aquilo que não lhe serve, por exemplo sua sogra…

…Brincadeira! As sogras não se encaixam neste exemplo. Só a minha.

O segundo “S” é o Seiton que é o Senso de ordenação. Organize seu espaço, verifique o que você pode fazer para facilitar sua vida, deixando o máximo possível de coisas úteis à sua disposição. Por exemplo, que tal organizar sua lista de e-mails? Ordenar as pastas do seu computador ou aquela sua coleção de CDs ou DVDs? Quando tudo está ordenado e com fácil acesso, você economiza tempo, eliminando movimentos desnecessários.

O terceiro “S” é o Seiso ou Senso de limpeza. Esse, em minha opinião, é um dos mais importantes sensos e deve ser praticado diariamente. Você deve manter seu ambiente de trabalho limpo e também, metaforicamente, limpar seus pensamentos negativos, exercendo mais positivismo em sua vida. Limpe também a poluição dos seus pensamentos, o volume alto do som, o exagero das cores, o acúmulo de coisas desnecessárias em sua vida.

Limpe-se, clareando suas idéias, deixando mais espaço para novos projetos. Muitas vezes, ficamos presos às nossas expectativas e isso gera uma ansiedade desnecessária.

Limpe-se de suas expectativas, seja mais claro, direto e objetivo nas suas decisões, enfim, saiba escolher.

O quarto “S” é o Seiketsu ou Senso de normalização. Entenda que, normalizar é criar regras e procedimentos.

Assim como padronizamos procedimentos, poderemos também padronizar nossos comportamentos, ou seja, criarmos regras para cuidarmos melhor da nossa saúde física, mental e ambiental, conduzindo nossa vida com mais disciplina.

Por exemplo, se você especificar que todos os dias num determinado horário irá praticar alguma atividade física por um tempo determinado, você estará criando uma regra específica quanto à sua atitude de melhorar seu condicionamento físico.

Mais importante do que criar estas regras é segui-las, especialmente quando temos um objetivo muito bem definido.

O quinto e último “S” é o Shitsuke que é o Senso de autodisciplina. Não adianta nada você conseguir administrar em sua vida os quatro sensos anteriores se você não tiver a disciplina e a determinação necessárias para manter tudo aquilo que começou, adaptando-se às mudanças quando necessário.

O meu objetivo foi traçar uma pequena analogia entre o 5s tradicional e um provável 5s da nossa vida pessoal.

Lembre-se que, da mesma maneira que possuímos bens e recursos materiais que devem ser organizados dentro de um ambiente, também possuímos situações na nossa vida pessoal ou profissional às quais devemos organizar, priorizar, normalizar e mantê-las sempre no nosso controle, assumindo o domínio das nossas expectativas e procurando fazer a melhor escolha, pois nós somos os únicos responsáveis pelas nossas conquistas.

Edson De Paula (Master Coach e Trainer) – www.edsondepaula.com.br

 

Edson de Paula – LIDERENÇA ASSERTIVA

É muito comum no nosso dia-a-dia encontrarmos pessoas que tem facilidade de manipular ou provocar reações negativas. São pessoas que utilizam recursos de “chantagens emocionais”, sendo especialistas na arte de deixar os outros com um sentimento de culpa e em situação desconfortável.

Normalmente, os manipuladores ou “chantagistas emocionais” utilizam de críticas destrutivas e frases negativas recheadas da palavra “não”.

“Quando você me convidou para sair com você eu fui, não fui? Agora você não vai sair comigo?”

“Você não tem jeito. Quantas vezes eu já disse para você não agir assim. Você não é legal comigo!”

“Desse jeito não tem jeito, você não vai fazer isso para mim? Quantas vezes eu já te ajudei, não foi?”

Fazendo um papel de vítima frágil, o manipulador quase sempre conquista seus objetivos.

Ele escolhe o momento certo, quando estamos despreparados e em ambientes desfavoráveis.

Como podemos “quebrar” esta manipulação? A resposta está na assertividade.

Ser assertivo é saber expor suas opiniões com sinceridade, sem nenhuma passividade ou agressão, respeitando profundamente seus sentimentos, sem constrangimentos. É importante entender que saber transmitir sua opinião não significa abafar a opinião do outro. Existem algumas técnicas para você adquirir mais assertividade e agir de forma equilibrada nas situações de manipulação ou agressividade. Afinal, um líder precisa ser acima de tudo, confiante e assertivo.

Um dos recursos básicos para exercitar assertividade é a “técnica da neblina”.

Imagine-se diante de uma densa neblina. A primeira impressão chega a ser assustadora.

Parece que estamos diante de uma parede branca e intransponível. Felizmente, é só a aparência que assusta, pois quando atravessamos a neblina percebemos que ela não nos oferece a mínima resistência.

Ou seja, a neblina não se opõe à nossa passagem, simplesmente se deixa atravessar.

Desse modo age o líder assertivo. Ele sabe que, ao receber uma crítica ou perceber que está sendo manipulado, o melhor a fazer é simplesmente não resistir, pois uma reação contrária levará ao “bate-boca” desnecessário, deixando as emoções à flor da pele. O objetivo é justamente não negar a crítica, não se defender, nem tampouco querer se justificar.

O objetivo é compreender a crítica e isso não significa concordar ou aceitá-la.

Para ilustrar um pouco, vamos voltar àquelas frases negativas exemplificadas anteriormente e agora aplicaremos respostas assertivas utilizando a técnica da neblina.

O manipulador diz “Quando você me convidou para sair com você, eu fui. Não fui? Agora você não vai sair comigo?” e o líder assertivo diz ”Talvez eu pudesse sair com você e com certeza você merece isso. Será numa outra oportunidade”.

O manipulador diz “Você não tem jeito. Quantas vezes eu já disse para você não agir assim. Você não é legal comigo!” e o líder assertivo diz “Eu respeito sua opinião e prometo pensar nas suas palavras. Posso parecer chato, mas é o meu jeito de agir.”

O manipulador diz “Desse jeito não tem jeito, você não vai fazer isso para mim? Quantas vezes eu já te ajudei, não foi?” e o líder assertivo diz “Talvez você tenha razão e merece meu reconhecimento, porém neste momento estou impossibilitado. Posso fazer isso amanhã pela manhã, tudo bem?”

Como você está agindo com a “técnica da neblina”, a maneira como você responde não deixa vestígios, você mostra que respeita e considera a opinião do outro, mas sem concordar ou aceitar.

Outra técnica para exercitar a assertividade é a técnica do disco riscado e é um recurso muito interessante, pois simplesmente basta repetir as frases utilizadas inicialmente pelo manipulador, não discordando e em seguida colocar seu ponto de vista sobre o assunto. O objetivo é fazer, através do exercício da repetição, uma reafirmação do que você deseja obter como resultado final, com muita tolerância e paciência. Vamos usar a mesma frase negativa para ilustrar uma resposta assertiva utilizando a técnica do disco riscado.

O manipulador diz “Você não tem jeito. Quantas vezes eu já disse para você não agir assim. Você não é legal comigo!” e o líder assertivo diz “Eu não tenho jeito mesmo, você sempre fala para eu não agir assim. Posso parecer chato, mas é o meu jeito de expressar minhas opiniões.”

Ou seja, na primeira frase você simplesmente reafirma tudo, repetindo literalmente o que foi dito pelo manipulador, depois complementa com seu posicionamento.

Vá repetindo isso quantas vezes for necessário, ao fazer isso você não está discordando da opinião do outro e consegue colocar a sua posição sem passividade ou agressão.

Deseja sair daquela situação onde um vendedor pegajoso não desgruda de você, oferecendo um produto que não está precisando?

É só afirmar que existe a possibilidade e que reconhece o valor do produto, mas que não tem interesse no momento, repetindo sua opinião. O objetivo é vencer pela desistência do outro. Utilize algo do tipo “Você tem toda a razão, esse produto é muito bom e no momento oportuno eu irei comprá-lo”.

Na primeira parte da frase foi utilizada a técnica da neblina, que acata a informação do vendedor, reconhecendo o valor do produto. Na segunda parte da frase que diz “no momento oportuno eu irei comprá-lo”, você pode utilizar a técnica do disco riscado sempre que necessário, pois com certeza o vendedor continuará tentando impor a venda. O importante é que você mantenha sua opinião, sem desistir.

É importante colocar também seu “toque pessoal”, que é a sua marca, seu estilo de ser. É importante que os manipuladores e agressivos se sintam intimidados com seu posicionamento direto e franco, para que pensem duas vezes antes de incomodá-lo.

Novamente no exemplo da frase negativa “Você não tem jeito. Quantas vezes eu já disse para você não agir assim. Você não é legal comigo!”, você poderá agora colocar seu toque pessoal dizendo algo do tipo “Eu não tenho jeito mesmo, você sempre fala para eu não agir assim. Posso parecer chato, mas é o meu jeito de expressar minhas opiniões. Eu defendo aquilo que eu acredito.”

A parte final da frase com “eu defendo aquilo que eu acredito” foi acrescentada para ilustrar o toque pessoal ou sua informação pessoal. É uma maneira de complementar seu posicionamento, mostrando aquilo que você realmente é ou aquilo que realmente pensa. Na realidade, você não é um chato, apenas defende aquilo que acredita ser o melhor para você, não é?

Você também pode utilizar uma pergunta negativa no final da frase para se posicionar diante do manipulador, ficando dessa maneira “Eu não tenho jeito mesmo, você sempre fala para eu não agir assim. Posso parecer chato, mas é o meu jeito de expressar minhas opiniões. Eu defendo aquilo que acredito e como você poderia esperar outra atitude minha?”

Quando você se expressa assim, rebate de modo direto a colocação do outro que diz que você “não é legal”, fazendo ele se questionar sobre o motivo de ter falado aquilo.

É quase como se você dissesse para ele “Para mim, ser chato é defender aquilo que eu acredito. Não espere outra atitude minha!” rebatendo o rótulo de “chato”, sem causar danos na comunicação.

Outra forma de se posicionar seria utilizar uma afirmação negativa logo no início e depois no final da frase, ficando assim ”Eu posso estar parecendo um chato, não é? Eu apenas gosto de defender aquilo que eu acredito. Existem muitas pessoas que defendem suas convicções, não é mesmo?”

A afirmação negativa é muito parecida com o recurso da pergunta negativa, porém a afirmação negativa é mais sutil, mais leve. A afirmação negativa não é tão direta e incisiva quanto uma pergunta negativa.

Uma técnica que gosto muito de utilizar é um mix dos recursos apresentados anteriormente, ao qual intitulei de “A técnica das três frases de ouro”. É uma técnica que um mix das técnicas neblina, toque pessoal e afirmação negativa, muito utilizada para construções de frases assertivas.

Exemplificarei uma situação bastante comum. O cliente passa um projeto com um prazo curtíssimo para o fornecedor, exigindo “atendimento vip e qualidade total” na entrega do serviço.

Contudo, o cliente não passa as informações necessárias para a execução do projeto contratado e ainda por cima nem sequer poderá acompanhar o processo, delegando toda a supervisão ao seu “braço direito”, um funcionário de sua total confiança, pois estará saindo para uma merecida viagem de férias.

Quando volta da viagem e recebe o serviço do fornecedor pelas mãos do seu funcionário “braço direito”, ele percebe que o resultado não ficou ao seu contento. Nesse momento, totalmente intolerante e agressivo, liga direta e imediatamente ao fornecedor, descarregando seu descontentamento com a seguinte frase:

“Que p… de serviço prestado, hein? Você poderia ter me dado mais atenção, afinal sou seu melhor cliente.”

Utilizando-se da técnica das três frases de ouro, o fornecedor poderá responder desta maneira:

“Você tem toda a razão e, com certeza, merece toda minha atenção pois é o meu melhor cliente. (neblina) Na minha avaliação, fizemos o melhor possível pelo tempo que tivemos e tudo foi supervisionado diretamente pelo seu funcionário de confiança. Se esse serviço tivesse mais tempo para sua execução, com as devidas informações e com sua supervisão direta, o resultado teria sido excelente, como sempre prezamos (toque pessoal). Não é mesmo? (afirmação negativa)

Será que algum cliente rebate um argumento desta categoria? O segredo é manter a confiança.

É perceber que para ser posicionado não há necessidade de agressividade, sendo assertivo.

Se você praticar estas técnicas perceberá que não precisará impor seu posicionamento, apenas se posicione construtivamente. A assertividade é o comportamento que torna o líder capaz de agir em seus próprios interesses, se auto-afirmando sem ansiedades indevidas, expressando com sinceridade seus sentimentos sem nenhum constrangimento e, principalmente, exercitando seus direitos sem negar os alheios.

 

Edson De Paula (Master Coach e Trainer) – www.edsondepaula.com.br

 

Flávio Souza – APRENDIZAGEM ACELERADA: EFICACIA E VELOCIDADE NO ESTUDO

A mente humana é o instrumento mais poderoso que conhecemos e pouco  sabemos sobre ela, apesar das inúmeras descobertas da ciência nas  últimas décadas. Um instrumento fantástico que vem sem manual de  instrução, o que nos leva a usar uma pequena fração de nossa capacidade.
Olhe para este computador a sua frente, suas funções e memória foram  inspiradas na mente humana; mas este não tem inteligência, é uma  tecnologia que se comparada à nossa mente, chega a ser insignificante.

Infelizmente, nossa educação escolar e até mesmo a acadêmica parece  estar longe de reconhecer esta magnífica criação e insiste em formar  seres humanos repetidores de informação. Haja visto, nossos sistemas de  avaliação onde uma prova escrita tem questões para serem respondidas  somente através de “decoreba” ou através das famosas “colas” que a meu  ver, para fazê-las, o aluno exercita muito mais suas capacidades de  criatividade e desenvolvimento do que no paradigma educacional de hoje.  Salvo algumas exceções o sistema de ensino, enquanto gerador de  aprendizagem é um órgão falido em grande parte de nosso mundo.
Sempre gostei muito de estudar, de aprender e de saber, e senti as  mesmas frustrações de jovens que hoje convivem com uma gama de  estímulos e informações que dobram a cada cinco anos, o que acontecia a  cada 200 anos, num passado não muito distante. Os tempos mudaram muito  e as metodologias de ensino não. Aqui já cabe uma mudança do paradigma  de ensino para o paradigma da aprendizagem. Com a vulgarização da  informação através da TV, internet, jornais, revistas entre outros  meios: quem ensina o quê a quem?
Neste novo contexto e  velocidade da aprendizagem não cabe mais uma educação cartesiana e  limitada, um professor deve ser um grande facilitador e estimulador da  aprendizagem. Deve oferecer ferramentas modernas, muitas vezes não  convencionais dentro do paradigma de ensino atual, para que o aluno (  que também deveria ser chamado orientado ) aprenda a aprender e mais,  aprender a aprender na velocidade do pensamento.
As  organizações de ensino deveriam estar formando pensadores, seres  humanos criativos, flexíveis e capazes de desenvolver novas idéias e  inovações. Um ser humano que tenha maior capacidade de aprender cada  vez mais, melhor e, principalmente, mais rápido, pois aqueles que não  se adaptam a essa realidade fracassam na vida e na profissão.
A sociedade e as empresas atuais estão carentes de seres humanos  motivados, criativos e com alta capacidade de adaptação. A criatividade  é um recurso pessoal do ser humano de sucesso em qualquer área da vida.  Temos a sensação de que o tempo passa depressa demais, na verdade, isso  demonstra que o que está lenta é a nossa aprendizagem. Então como  dinamizar nossa aprendizagem usando muito mais do que nossa capacidade  mental á capaz?
A única maneira de nos enquadrarmos em nosso próprio tempo é  transcendermos nossos paradigmas ultrapassados pela modernidade e  adotarmos novas tecnologias e métodos de estudo e aprendizagem.
Nas últimas décadas, se descobriu muito sobre como o  cérebro e a mente funcionam e sobre como acelerar nossa aprendizagem e  retenção de informações na memória. Hoje há a oportunidade de se  aprender mais em menos tempo, abrace esta oportunidade chamada de  Aprendizagem Acelerada.

Aprendizagem  Acelerada são técnicas de aprendizagem sistêmicas (holísticas) que  envolvem o uso de todo o cérebro, integrando os dois hemisférios,  usando o corpo e as emoções que nele se expressam, facilitando  compreensão, memorização e integração de maneiras nunca antes  experimentadas. Transcende o paradigma de que só aprendemos  concentrados, por repetição e decorando a informação. A metodologia da  Aprendizagem Acelerada postula uma nova postura em todos os aspectos,  um estado de vigília relaxada, lidando simultaneamente com inúmeras  informações. No estado de vigília relaxada, onde as ondas cerebrais  baixam de intensidade, a mente inconsciente entra em cena e o cérebro  abre seus filtros, ficando mais disponível à novas informações para  aprendermos de maneira mais produtiva e eficaz; é sair do raciocínio  vertical e ir para o raciocínio lateral.
Segundo Edward  De Bono (1976): “Raciocínio vertical é cavar cada vez mais fundo no  mesmo buraco. Raciocínio lateral é tentar de novo em outro lugar”. De  Bono conceituou pensamento lateral como a habilidade de buscar, com a  mente aberta, novas idéias, olhar em novas direções, desafiar conceitos  existentes, isto é, pensar com o cérebro integral.
Na  Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, pesquisas realizadas pelo  professor de Psicologia Dan Schuster, demonstraram que estudantes que  se utilizaram da metodologia de Aprendizagem Acelerada, obtiveram maior eficácia e velocidade na aprendizagem do que estudantes que usaram as  formas tradicionais de estudo.
Muitas das grandes  empresas norte-americanas, como a  Kodak e Bell Atlantic, usando  técnicas de Aprendizagem Acelerada reduziram seus treinamentos pela  metade.
Na Beverley High School da Austrália, os  estudantes aprendem uma língua estrangeira em oito semanas com  Aprendizagem Acelerada, os cursos tradicionais são de três anos.
Gordon Dryden e Janette Vos, autores do livro Revolucionando o  Aprendizado, dizem: “É possível para qualquer um aprender quase tudo  mais depressa – com freqüência cinco a vinte vezes mais rápido – e,  muitas vezes, dez a cem vezes com mais eficácia, em qualquer idade,  utilizando os modernos métodos da Aprendizagem Acelerada. Esses métodos  são simples, divertidos, usam o senso comum e, o principal, funcionam”.

“Certa  vez, um jovem recém casado havia pesado um belo peixe. Orgulhoso levou  seu prêmio á sua linda esposa para assá-lo. Quando o marido se sentou à  mesa ficou inconformado, sua esposa ao preparar o peixe que ele pescou  heroicamente, cortou-lhe a cabeça e o rabo, então perguntou: Querida  por que cortou a cabeça e o rabo do peixe? Ela, intrigada com a  pergunta, respondeu: meu bem, para assar o peixe sempre devemos cortar  o rabo e a cabeça. O marido, decepcionado, perguntou: Querida de onde  tirou esta idéia? Ela disse que havia aprendido com sua mãe. Ele disse  que a mãe dele sempre assava o peixe inteiro. Indignada, a jovem moça  ligou para sua mãe e perguntou por que ela cortava a cabeça e o rabo do  peixe para assar. E a mãe disse para perguntar à sua avó, afinal, fora  com ela que havia aprendido. Ao perguntar a avó por que ela havia  ensinado sua mãe a cortar a cabeça e o rabo do peixe para assar, ela se  assustou com a resposta: sabe o que é minha neta, naquela época a minha  forma era pequena e não cabia um peixe inteiro.”
Quantos  peixes sem cabeça e sem rabo existem em nossas vidas e em nossa forma  de ler, estudar e aprender. É chegada a hora de revermos nossos  conceitos.
As técnicas de Aprendizagem Acelerada vêm  sendo aplicadas em todos os níveis de estudos, trazendo um aprendizado  divertido, agradável, satisfatório e inovador. Por isso, mensalmente,  traremos para você neste site informações, artigos_titulo_texto_imagem, dicas e instruções  de como aplica-las para que você possa otimizar seus estudos,  aprendizagem e resultados.

Trainer Coach Flávio Souza – flaviosouza@vocevencedor.com.br

 

Flávio Souza – ASSERTIVIDADE: A ARTE DE SE POSICIONAR E SER OBJETIVO

Em meio a tantos desafios que a vida moderna nos apresenta, o que leva tantas pessoas a viverem fugindo de solucionar seus problemas? O que faz tantas pessoas dizerem “sim” quando o que passa pelas suas cabeças é um sonoro “não”? O que impede muitos de terem uma comunicação positiva entre si? Por que as pessoas invadem tanto os espaços umas das outras gerando conflito?

Uma das respostas a isso tudo está no medo da perda, que pode ser o medo de perder o amor do outro, o emprego, a aprovação social, medo de exclusão ou de ser humilhado. Isso paraliza, desmotiva e traz sofrimento.
A pessoa vive nesse mecanismo de falsa defesa e se esquece que o grau de risco da perda é diretamente proporcional ao grau de sua auto-estima e de sua auto-valorização. Com a auto-estima elevada e auto-confiança, nada disso faz sentido, percebemos que o medo é irracional e pode ser transposto.
Para solucionarmos estes problemas de nosso cotidiano devemos ter comportamentos mais assertivos. Então o que é assertividade?
A palavra assertividade vem de “ASSERO” que significa afirmar. Mas preste atenção: afirmar não é acertar! Portanto, não se trata de acertar, mas de saber se firmar e afirmar. Perceber que o meu espaço vital é o espaço mínimo necessário para que eu me sinta feliz. Então, espaço vital aqui significa qualquer um dos nossos espaços: físico, mental ou emocional.
A Assertividade é a arte de defender o meu espaço vital sem recuar, desistindo de mim mesmo, e sem agredir, desistindo do outro. Assertividade é ser transparente e firme sem ser agressivo ou autoritário. É se posicionar com clareza e de maneira respeitosa com as pessoas que convive.
Ser assertivo é confrontar no sentido de “se colocar de frente” às pessoas e situações desafiadoras para eliminar os problemas e ir em direção à solução.
Para saber quando você NÃO é assertivo, olhe para suas atitudes e ações e saiba que você não é assertivo quando:

– Enfrenta alguém sobre determinado problema e se sente constrangido;

–  Perde a cabeça quando se confronta com sarcasmos ou críticas de qualquer ordem;

– Perde a calma com facilidade diante de situações embaraçosas;

– Ao invés de resolver os problemas diretamente, começa a julgar ou culpar os outros e a si mesmo;

–  Sente-se pouco a vontade quando olha os outros nos olhos e vice-versa;

– Não acha certo o que deseja ou expor seus sentimentos;

– Por querer agradar a todos, é injusto consigo mesmo;

– Espera que as pessoas adivinhem o que quer;

– Foge das questões que envolvem confronto com outras pessoas;

– Só aceita seu ponto de vista e perde o respeito pelos outros;

– Perde a paciência e não aceita as diferenças;

– Não fala o que é para ser dito e espera que os outros entendam pela sua cara fechada;

– É indireto e faz “observações cortantes” ou manifestação de impaciência;

– Usa a expressão corporal para que o outro entenda;

– Passa a agredir ou apontar o dedo para os outros;

– Não sabe dizer não ou não mantém compromissos;

Lembre-se você não é assertivo quando toma essas atitudes e ações que são ineficazes, trazem problemas e sofrimentos para seus relacionamentos, para a sua vida. Para resolver tudo isso, seja mais assertivo. Saiba que você é assertivo quando:

– Confronta alguém sobre determinado problema que precisa ser resolvido sem constrangimento, afinal, problemas devem ser resolvidos senão eles crescem.

– Permanece calmo e confiante mesmo quando se confronta com sarcasmos ou críticas de qualquer ordem, isso não é nada mais que a opinião do outro.

– Mantém a calma diante de situações embaraçosas, às vezes podemos até rir de nós mesmos.

– Procura resolver os problemas diretamente, sem julgar ou culpar os outros e a si mesmo, julgamento e culpa só atrapalham.

– Sente-se a vontade quando olha os outros nos olhos e vice-versa, os olhos são as janelas da alma.

– Acha certo o que deseja ou expor seus sentimentos, você é único e tem seus direitos.

– Sabe que é mais importante ser justo consigo mesmo do que querer agradar a todos. Pense bem! Você acha possível agradar a todo mundo?

– Fala o que quer e não espera que as pessoas adivinhem, clareza traz lucidez, sensatez e boa comunicação.

– Resolve satisfatoriamente as questões que envolvem confronto com outras pessoas. Não represe sentimentos que podem virar magoas profundas, isso com o tempo podem virar abismos quase intransponíveis.

– Afirma seu ponto de vista com respeito pelos outros; você pode ter opiniões diferentes, e o outro também, use o diálogo.

– É paciente e sabe que as pessoas são diferentes; elas não pensam como você, possuem crenças, valores e histórias diferentes.

– Fala o que é para ser dito e não espera que os outros entendam pela sua cara fechada, isso só prejudica a comunicação, cria desentendimento.

– É direto e não faz “observações cortantes” ou manifestação de impaciência; que só atrapalham os relacionamentos, é uma maneira ineficaz de expressão.

– Sabe que falar é melhor do que usar a expressão corporal para que o outro entenda, não é o que se fala que importa, mas sim como se fala.

– Sabe que agredir ou apontar o dedo para os outros é o pior caminho, o melhor caminho é o diálogo, uma conversa franca e madura.

– Sabe que sim é sim e que não é não, distinguindo bem o momento de usá-los;

Uma característica da pessoa assertiva é que ela sabe se sentir OK quando diz SIM e quando diz NÃO. Você é assertivo se diz “não” quando quer dizer “não” e diz “sim” quando quer dizer “sim” para qualquer situação ou pessoa. Assertividade é afirmar quem você é de maneira clara, afirmar sua auto-estima, ter a conversa certa no lugar certo, é fazer a coisa certa, mesmo que isso às vezes desagrade algumas pessoas.
A base do comportamento assertivo está na sua auto-estima e no seu auto-conhecimento. Com estes ingredientes percebemos quando estamos ou não sendo honestos conosco e com os outros, e fazemos o que tem que ser feito.
Isso depende de querermos ser mais verdadeiros e presentes com nossos desejos, sentimentos e pensamentos, usando de nossa coragem e determinação para buscarmos nosso próprio espaço, sermos nós mesmos.
Assim, poderemos assumir uma atitude firme para defender nossos direitos, colocar limites e manifestar nossa vontade de maneira respeitosa e flexível, pois uma pessoa assertiva sabe que nada é definitivo e sabe que não precisa acertar sempre, nem dar satisfação a todos, por tudo.
Uma decisão não implica necessariamente o definitivo, nem está permanentemente certa, tudo pode ser mudado quando se busca melhorar.
Você já percebeu o quanto a assertividade está fazendo falta em sua vida HOJE?
Como disse Martin Luther King:
“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons!”.
Ser assertivo é ser pacífico sem ser passivo. Lute pelo seu direito de ser você mesmo. Está capacidade está dentro de você. Seja aberto! Seja livre! Seja assertivo! Seja líder de si mesmo, você é um vencedor. Vença!
Isso só depende de você!

Trainer Coach Flávio Souza – flaviosouza@vocevencedor.com.br

 

Flávio Souza – AFINAL, O QUE é O COACHING?

Coaching é a mais poderosa ferramenta da atualidade para desenvolver pessoas e organizações, resultado de métodos comprovados de fácil aplicação para o alcance de metas.
O profissional coach garante a parceria que faz as pessoas e organizações brilharem, ajudando a descobrirem e atravessarem a ponte entre seus sonhos, metas e a sua realização. Amplia o autoconhecimento, identificando com clareza o estágio atual e o que desejam alcançar e, como alcançá-lo, levando à ação.
O coaching é pragmático, ajuda a definir objetivos  claramente, de forma a torná-los desafiadores e estimulantes para que o cliente alcance a energia originária de seus valores mais profundos, elevando a motivação, ajudando a eliminar obstáculos, abrindo caminho para o alcance de suas metas através de um plano de ação.
O processo de coaching faz com que o indivíduo seja consciente do que está fazendo com sua vida, mostra novas opções e conduz à mudanças positivas e duradouras, aumentando a auto-confiança, quebrando barreiras de limitação, para que possa conhecer e liberar seu potencial e alcançar a performance máxima.

Aplicar o processo de coaching não significa dizer às pessoas o que fazer, mas, ajudá-las a avaliar o que estão fazendo em sua vida, levando em consideração seus sonhos, objetivos, intenções e valores. Ajuda uma pessoa a ir além de seus bloqueios mentais, a esclarecer e controlar suas vidas e ir além do que acredita ser possível no momento. O coach mais do que ensinar, ajuda a aprender a aprender, levando o indivíduo a ter uma vida pessoal e profissional mais feliz e satisfatória, afinal, o objetivo do coaching é o seu sucesso.

Trainer Coach Flávio Souza flaviosouza@vocevencedor.com.br

 

Francisco Penteado – COACHING – MITOS E VERDADES

As pessoas normalmente perguntam-me o que é Coach? Para que serve?É mais um modismo? Enfim porque você resolveu trabalhar nesta área.
Resolvi escrever alguns conceitos básicos sobre esta extraordinária profissão que resolvi abraçar. Ser Coach é ter paixão em ajudar as pessoas a alcançar as suas metas, sonhos e objetivos mais rápidos.
Importante iniciarmos falando da origem da palavra COACH.
“COACH” é uma palavra de origem inglesa antiga, por volta de meados de 1500, que significa um veiculo para transportar pessoas de um lugar para outro.
O nome Coach é muito usado nos esporte, para denominar o treinador ou o técnico. Timothy Gallwey, quando escreveu “O JOGO INTERIOR DE TÊNIS” deu uma nova concepção na maneira de ensinar o Tênis e colaborou muito no processo de coaching que hoje conhecemos.
Segundo o I.C.I. (Integrated Coaching Institute), Coaching é um processo focado em ações do coachee (cliente), para a realização de suas metas e desejos. Ações no sentido de desenvolvimento e/ou aprimoramento de suas próprias competências, equipando-o com as ferramentas, conhecimentos e oportunidades para se expandir.
O processo de Coaching não diz às pessoas o que fazer para se tornarem melhores, as apóia e a avalia, o que e como estão fazendo de modo a responsabilizarem-se pela própria vida, caminhando em busca de seus próprios objetivos.
Podemos também dizer que o Coach é o profissional que auxilia as pessoas a estruturar-se e realizar o seu sonho.
Segundo Leonardo Wolk, ”Coaching é a Arte de Soprar Brasas”
Coaching não é terapia
A terapia é uma solução para entender o passado, reavaliar os erros para preparar-se para o presente.
O Coaching concentra-se no presente e no futuro. Ou seja, independente de qualquer fato, dos sucessos e dos insucessos, o que e como fazer daqui pra frente, para continuar a escalada.
A Terapia é um recurso para lidar com as dificuldades da existência, sob aspectos psicoemocionais em situações como crises pessoais, conflitos conjugais e familiares, transtornos psicopatológicos, distúrbios psicossomáticos, crises existenciais e problemas nas transições entre as fases da vida, etc. A terapia, diferentemente do coaching, adota uma abordagem holística que envolve processos de ordem psíquica, orgânica e social oferecendo recursos direcionados para atender na orientação de pacientes em situações de desestruturação e crise, quando o mesmo se sente inapto para lidar com as dificuldades em sua vida.
Coach também não é CONSULTORIA.
Consultoria é a atividade profissional de diagnóstico e formulação de soluções acerca de um assunto ou especialidade no serviço de apoio aos gestores ou proprietários de empresas, para auxiliar nas tomadas de decisões estratégicas, com grande impacto sobre os resultados atuais e futuros da organização. O foco da consultoria é definir a melhor alternativa de ação num ambiente de negócios repleto de incertezas, riscos, competição e possibilidades desconhecidas, que representam para os gestores da empresa um problema complexo e de grande importância. Os consultores, normalmente, devem ter considerável conhecimento a respeito dos trâmites corporativos sobre os quais deverá opinar e traçar diretrizes diferenciadas de atuação. Pelas proposições direcionadas aos resultados de ações, com base nas decisões em larga escala na esfera empresarial, contrapõem-se à proposta do universo de atuação do coaching. Ele pode até recomendar um coaching.
O Coach não é um Mentor.
Um mentor normalmente é um profissional sênior, com grande experiência profissional no campo de trabalho que orienta uma pessoa Júnior.
Mentoring é um método de aconselhamento e orientação, exercido por profissionais que se fazem “mentores”, os quais orientam seus clientes em relação a duvidas e dificuldades referentes a determinados processos, objetivando, dentre outros, a otimização de projetos referentes à gestão da informação. Esse método de “aconselhamento” visa minimizar problemas decorrentes das dificuldades e complexidade desses processos, os quais possam comprometer a continuidade dos projetos em questão. Esses mentores atuam de forma direta quanto ao “aconselhamento”, sugerindo uma interferência nas tomadas de decisão dos clientes. Característica essa, que se opõe à proposta de trabalho do coaching.
Não é treinamento.
O treinamento é o processo de adquirir conhecimento ou habilidade, através do estudo, experiência ou ensino.
Pode-se usar o processo de coaching, após um treinamento para internalizar os conhecimentos adquiridos.
Espero que tenha respondido as perguntas iniciais, e tirado algumas dúvidas recorrentes e a confusão de conceitos que existe no mercado.
Francisco Penteado Neto – Personal Executive Coach

 

Gláuber Robson – OS FANTÁSTICOS CAMPEÕES DE VENDAS

Nós seres humanos sempre estivemos fascinados pela excelência. Não há dúvida alguma que nossos antepassados admiravam e se encantavam com aqueles que eram capazes de correr mais rápido, de jogar um objeto mais longe, quem eram os mais fortes e aqueles que acertavam alvos com maior precisão. Tenha por exemplo os jogos olímpicos da antiga Grécia.

No mundo de hoje, nos maravilhamos com aqueles que são capazes de escalar o monte Everest e o conquistam sobrepujando todos os obstáculos e desafios.  Nós admiramos a superioridade de engenharia e design de Ferraris, Maseratis e BMW’s.  Nossa fascinação pela excelência nos esportes fez vários indivíduos milionários pela sua capacidade de realizar constantemente excelentes jogos e performances, que digam isso os Ronaldinhos, o Robinho, o Michael Jordan, e muitos outros atletas que ganharam milhões de dólares pelas suas espetaculares habilidades.

No mundo dos negócios, vendedores e empreendedores de sucesso atraem similar atenção. Algumas empresas pagam a seus mais bem sucedidos vendedores, mais do que eles pagam a seus presidentes e executivos.  Como pode um vendedor ganhar R$ 300.000, R$ 400.000 ou mesmo R$ 500.00 mil reais por ano? Quais as habilidades e motivações explicam que uma pessoa que não terminou o 2º grau ganhe mais que o presidente do Brasil?

Vendas, talvez seja mais do que qualquer outra profissão um laboratório psicológico para testar a inteligência humana, persistência, persuasão e resiliência: a habilidade de lidar com rejeição diariamente, contornar com sucesso os desafios, reagir de uma maneira calma e flexível às mudanças bruscas e suportar uma sobrecarga de pressão por um longo período.

Por isso que vendedores são campeões e são dignos de respeito e admiração. Eles contribuem para o crescimento da economia brasileira. No Brasil nós fazemos excelentes produtos. Por mais excelentes que esses produtos sejam, eles não vendem a si mesmos.  Eles precisam de fantásticos vendedores, vendedores com uma postura profissional, nós os chamamos de Campeões de Vendas.

É um fato indiscutível que a profissão de vendas não é para qualquer um.  Não é por acaso que os profissionais mais bem pagos do mundo são excepcionais vendedores.  É preciso ter um algo mais para ser bem sucedido nessa profissão que é uma arte.

O que motiva os melhores vendedores? Há várias maneiras de se ganhar muito dinheiro hoje em dia.  Por que esses indivíduos escolheram uma profissão onde rejeição é um acontecimento comum no dia a dia, mesmo para os melhores?

Destaquei sete características, sete traços de denominador comum que motivam e guiam esses campeões de vendas tão bem sucedidos – pessoas que são destaque e sucesso onde quer que trabalhem.  Será que você tem essas características dentro de si? No seu coração? Vamos conferir:

Necessidade de status: Os melhores vendedores buscam por reconhecimento como prova da sua capacidade e importância. Eles apreciam poder e autoridade e são muito conscientes da importância da imagem e da reputação.

Necessidade de controle: Vendedores bem sucedidos gostam de pessoas, apreciam estar com elas e se deleitam em influenciá-las.  Mas, curiosamente, são blindados às opiniões alheias, ou seja, não se importam se as pessoas gostam deles ou não. Essa postura tem uma utilidade prática imensa: eles usam as emoções, mas não se tornam reféns delas.

Necessidade de respeito: Eles querem ser vistos como especialistas no que é certo, melhor ou apropriado. Costumam referir-se a si mesmos como pessoas bem intencionadas, dispostas a ajudar e aconselhar acertadamente os outros.

Necessidade de rotina: Ao contrário do estereótipo dos vendedores de sucesso, que se dizem ser impulsivos e indisciplinados, a maioria gosta de rotina e detesta interrupções.  Preferem ações positivas ao invés de pensamentos positivos — os pensamentos positivos acontecem naturalmente depois de passarem por rotinas positivas.

Necessidade de realização: Conforto material, uma casa moderna, boas roupas, carro que sinalisa status – tudo isso é apenas o início.  Dinheiro começa como o principal motivador, mas vendedores de sucesso podem ganhar tanto, que o dinheiro por si só não mais os motiva. Eles constantemente criam novos desafios e vão em frente perseguindo a “venda impossível” para manter a chama do entusiasmo acesa.

Necessidade de incentivo: Campeões de vendas normalmente são pessoas calmas e, por isso mesmo, bem-sucedida em seus desafios. Têm mais energia física que a maioria das pessoas e são abertos a incentivos externos de amigos e familiares como forma de liberar suas energias de maneira satisfatória. São pessoas que gostam de ambos os incentivos o interno e o externo.

Necessidade de honestidade: Os melhores vendedores têm uma forte necessidade de acreditar no produto e na empresa em estão trabalhando. Eles mudam de emprego se tem dúvidas sobre a reputação da empresa ou do produto. Mas eles não são rígidos ou nem moralistas: a experiência tem ensinado a aceitar as imperfeições das pessoas e produtos do mundo real. São flexíveis.

Gláuber Robson – glauber@gmx.com

 

Gláuber Robson – NEM 8 E NEM 80 – PADRÕES DE EXCELENCIA NOTA CEM

Nós seres humanos sempre estivemos fascinados pela excelência. Não há dúvida alguma que nossos antepassados admiravam e ficavam abismados com aqueles que eram capazes de correr mais rápido, de jogar um objeto mais longe, que eram os mais fortes e aqueles que acertavam alvos com maior precisão. Desde os tempos dos jogos olímpicos da antiga Grécia já havia essa fascinação.

No mundo atual, ao nosso redor, nos maravilhamos com aqueles que são capazes de escalar o monte Everest e o conquistam sobrepujando todos os obstáculos e desafios.  Nós admiramos a superioridade de engenharia e design de Ferraris, Maseratis e BMW.  Nossa fascinação pela excelência nos esportes fez vários indivíduos milionários pela sua capacidade de realizar constantemente excelentes jogadas e gols, que digam isso os Ronaldinhos, o Robinho, o Michael Jordan e muitos outros atletas que ganham milhões de dólares pelas suas espetaculares habilidades.

No mundo dos negócios, vendedores e empreendedores de sucesso atraem similar atenção. Algumas empresas pagam a seus mais bem sucedidos vendedores, mais do que eles pagam a seus presidentes e executivos.  Como pode um vendedor ganhar R$ 300.000, R$ 400.000 ou mesmo R$ 500.00 mil reais por ano? Quais as habilidades e motivações explicam que uma pessoa que não terminou o 2º grau ganhe mais que o presidente do Brasil?

Vendas, talvez seja mais do que qualquer outra profissão um laboratório psicológico para testar a inteligência humana, persistência, persuasão e resiliência: a habilidade de lidar com rejeição diariamente e contornar com sucesso desafios, reagir de uma maneira relaxada e flexível às mudanças bruscas, suportar uma sobrecarga de pressão por um longo período.

Irei apresentar alguns estudos e pesquisas que eu selecionei que não estão disponíveis em português, de profissionais altamente qualificados. Leia, reflita, selecione o que gosta mais e internalize esses conceitos, ao ponto de se apossar deles, de fazer com que faça parte de sua personalidade.

No campo de Vendas, um dos primeiros estudos, cobrindo as características do comportamento de alto desempenho, foi publicado por David Mayer e Herbert Greenberg. Os autores estudaram mais de 7.000 profissionais de vendas, e descobriram duas características essenciais entre as pessoas de desempenho de grande sucesso: empatia e forte ímpeto. (ego drive).

Empatia se refere à capacidade de entender os sentimentos dos clientes e usar esse conhecimento para fazer uma apresentação bem-sucedida. Ímpeto se refere a uma necessidade especial de conquistar que motiva os empreendedores de sucesso a fechar a venda.

Mayer e Greenberg descobriram, também, que a criatividade desempenha um papel central. Eles concluíram que devido à falta de criatividade e treinamentos de vendas obsoletos, muitos profissionais de vendas, são de fato impedidos de alcançar o verdadeiro potencial que possuem.

A autora e pesquisadora Jacqueline Thompson estudou alguns dos empreendedores, profissionais de vendas e líderes empresariais mais bem-sucedidos nos E.U.A. Ela listou as características desses incríveis profissionais em seu livro, “The Very Rich Book” (O Livro Verdadeiramente Rico).  Irei listar essas características:

  1. As pessoas de alto desempenho são muito competitivas.
  2. O trabalho é o passatempo favorito das pessoas de alto desempenho. Elas fazem pouca distinção entre trabalho e diversão.
  3. As pessoas de alto desempenho são extrovertidas socialmente. Nas festas elas tentam falar com quase todo mundo.
  4. Essas pessoas ultra-bem sucedidas não são pessimistas e nem otimistas. Elas são pessoas de mente aberta, têm poucos preconceitos ou noções preconcebidas e são práticas.
  5. As pessoas de alto desempenho raramente ficam doentes e dificilmente tiram um dia de folga.
  6. As pessoas de muito sucesso buscam mudanças constantes, evitam o status quo e rotinas enfadonhas.
  7. As pessoas de alto desempenho têm uma amplitude de atenção quase ilimitada quando estão fazendo algo de que gostam.

Uma outra pesquisadora que estudei e achei bastante interessante foi a dra. Adele Scheele. Ela é uma famosa consultora em recolocação profissional e de carreira, tem estudado pessoas de alto desempenho desde 1969. Em seu livro “Skills for Success, Guide to the Top Men and Women” (Habilidades para o Sucesso, Guia para os Homens e Mulheres de Alto Desempenho), ela apresentou um conjunto singular de orientações para pessoas que desejam desenvolver seu potencial. Ela toma uma abordagem não ortodoxa – mas profunda – para o sucesso, dividindo as pessoas em dois grupos:

Os Sustentadores – aqueles que fazem um trabalho competente, mas esperam por reconhecimento, e Os Empreendedores – aqueles que trabalham com empenho, e estabelecem contribuições e recompensas.

A dra. Scheele identificou três habilidades principais para uma carreira de sucesso:

  1. Auto-apresentações

Conseguir a devida atenção e prestar a atenção necessária.

  1. Posicionando

Aceitar riscos junto com as pessoas.

  1. Conectividade

Com colegas, mentores e associados.

Concluindo: os profissionais realmente vencedores são, como vimos, aqueles cuja capacidade de conquistas supera paradigmas e referências padronizadas. Eles pensam criativamente e saem do convencional.  São os que expandem os limites e alargam as fronteiras da excelência. São homens e mulheres que não ficam felizes com o que é “médio”. Entre o 8 e o 80 eles querem o 100.  Essa é a diferença que faz desses profissionais uma elite tão valorizada e tão desejada.

Gláuber Robson – glauber@gmx.com

 

Gláuber Robson – COMO GRANDES REALIZADORES SUPERAM OUTROS

Enquanto muitos têm ficado de pé em reverência para uns poucos grandes realizadores, têm existido milhões de outras pessoas tentando desvendar os segredos do sucesso dessas extraordinárias pessoas.

Os cientistas estão trabalhando com afinco para desenvolver ferramentas investigativas e métodos de pesquisa para definir as características mais importantes de pessoas altamente bem-sucedidas

O cientista Dr Charles Garfield, disse: “Nós sabemos que toda habilidade humana, não importa o quão complexa ou vital, tem uma estrutura. Agora nós temos os meios para entender tal estrutura e ensiná-la para outras pessoas”.

Nas últimas décadas, vários estudos importantes foram conduzidos para identificar características adicionais de pessoas de alto desempenho.  Esses estudos têm ajudado significativamente o nosso entendimento dos limites da grandeza humana.

O Dr. Sidney Lecker, que leciona psiquiatria na Universidade de Yale, focalizou sua pesquisa sobre o planejamento de desempenho das pessoas bem-sucedidas nos negócios e na política.

O Dr. Lecker identificou oito capacidades que conduzem ao alto desempenho:

1) As pessoas de alto desempenho sabem o que elas querem e rejeitam qualquer atividade que poderia distraí-las de sua meta.

2) As pessoas de alto desempenho desenvolvem uma macro-atenção para lidar com empreendimentos gigantes, e ao mesmo tempo, resolvem eficazmente pequenos problemas do dia a dia.

3) Tais pessoas têm o poder do pensamento diverso e abrangente e podem operar quase que independentemente do que acontece em seu ambiente. Eles criam um ambiente de sucesso.

4) As pessoas de alto desempenho podem tolerar ambigüidade e incerteza. Elas podem lidar com situações de confusão das quais outros fugiriam.

5) Estas pessoas adotam uma passada vitoriosa na maratona da vida e assim evitam se esgotar, “bater com a cara no muro” e problemas relacionados com estresse.

6) Estas pessoas administram muito bem suas emoções e têm a característica de uma saúde emocional sólida.

7) As pessoas de alto desempenho sabem usar outras pessoas para conseguir ir em frente, sabem como delegar, como se interconectar com outras pessoas de alto desempenho e como trabalhar de maneira cooperativa.

8) As pessoas de alto desempenho entendem e sabem usar os princípios da comunicação humana.

O Dr. Garfield, que mencionei no início desse artigo, dispendeu uma quantidade considerável de esforços e tempo pesquisando muitos campos do alto desempenho, incluindo esportes, negócios e vendas. Ele é conhecido por seus métodos inovadores de entrevista. (Ele faz perguntas objetivas aos seus entrevistados para testar suas respostas anteriores). O Dr. Garfield descreveu as seis características essenciais que ele descobriu em quase todas as pessoas de alto desempenho em qualquer campo.

1) As pessoas de alto desempenho são capazes de transcender seus níveis anteriores de realização.

2) Elas evitam a “zona de conforto” onde às outras ficam paradas.

3) Elas são guiadas por uma meta interior.

4) Elas resolvem problemas em vez de procurarem culpados.

5) Elas aceitam riscos confiantemente – depois de examinar as piores conseqüências de uma ação.

6) Elas ensaiam mentalmente os próximos eventos.

Embora muitas pesquisas tenham feito progressos significativos em identificar as principais características de comportamento dos desempenhos de alto nível, apenas umas poucas destas pesquisas foram capazes de criar ferramentas e diagnósticos eficazes para gerentes de vendas. O desafio final a ser vencido pelos “cientistas do sucesso” é traduzir estas descobertas das pesquisas em programas efetivos de treinamento e assim alcançar a meta final – pegar as características de desempenho bem-sucedido de uma pessoa e transplantá-las para outras pessoas. É o que chamo de “Modelando o Sucesso.”

Alguns programas de treinamento de vendas hoje estão usando técnicas modernas, tais como a modelagem de comportamento. Mas o Dr. Garfield alega que alcançar o alto desempenho vai bem além do treinamento comum das técnicas básicas nas quais a maioria de tais programas se concentra.

Em meus trabalhos de desenvolvimento e treinamento de vendas, eu tenho focado minha atenção em ajudar empresas e profissionais de vendas a superar seus limites.  O resultado tem sido extremamente surpreendente.  Muitos de meus clientes que participaram de outros programas só tiveram um sucesso limitado.  Com uma atenção personalizada e uso das técnicas de modelagem do sucesso, muitos de meus clientes puderam aumentar exponencialmente seu sucesso.

Tomar uma decisão de contratar um vendedor ou qualquer profissional que seja errada custa muito dinheiro e tempo, para qualquer empresa. Eu e meus colegas da Envision Embra trabalhamos com o programa que tem a melhor e mais avançada tecnologia de teste para selecionar excelentes profissionais de vendas. E já temos testado em dezenas de empresas, com excelentes resultados, onde no primeiro mês houve um acréscimo de 50% nas vendas.

E como você caro leitor pode obter vantagens e benefícios dessas dezenas de dicas que apresentamos aqui?  Muita informação em poucas páginas.  Segue sugestões de como você pode utilizar essas poderosas estratégias de sucesso na sua vida.

1) Faça um inventário de suas próprias características de alto desempenho.

Liste as características essenciais de desempenho descritas nos artigos_titulo_texto_imagem desta série. Avalie quantos itens se aplicam a você agora. Pergunte ao seu chefe, cônjuge ou aos seus amigos que nota você receberia em cada um dos pontos. Estas informações o ajudarão a estabelecer novas metas de desempenho para você mesmo.

2) Estude o seu próprio desempenho.

Reveja seu melhor desempenho e freqüentemente analise suas interações de vendas mais bem-sucedidas, aprenda a descrever objetivamente o que o conduziu ao seu sucesso.  Divida suas técnicas eficazes em passos separados. (Exemplo: O quê você falou, o tom de voz, contato visual, postura corporal, estratégia de venda, o timing, auxílios visuais, etc.) Defina quando e onde você notou uma mudança significativa e positiva nas reações de seus clientes e aplique novamente no presente.

3) Estude as pessoas de alto desempenho quando elas estão em ação.

Uma vez que você conheça as técnicas usadas pelos grandes realizadores, você pode fazê-las trabalhar para você. É importante não “imitar” a outra pessoa, e sim que você exercite o seu poder de observação e integre novas características e habilidades de sucesso em seu próprio comportamento pessoal.  E quando você estuda os indivíduos de alto desempenho regularmente você acaba por integrar essas características a sua personalidade.
Gláuber Robson  – glauber@gmx.com

 

Jose R. Leite – HIPNOSE RAPIDA: UM ERRO DE INTERPRETAÇÃO DE BANDLER

Quando se fala em Hipnose à imagem que vem é a do hipnotizador em frente ao sujeito balançando um relógio de bolso dizendo: – Olhe aqui! E à medida que você fixa atenção no movimento do relógio você vai ficar com muito sono! Duurma!!!! Duurma!!!! É muito provável que o sujeito vai ficar com os olhos cansados, acabando obedecendo aos comandos do hipnotizador.

Bem isto realmente pode acontecer com sucesso em uma boa porcentagem das pessoas, mas não é o ideal para você utilizar no seu trabalho como terapeuta. A hipnose esteve no mais alto destaque dentro do cenário médico e terapêutico no início do século passado. Freud utilizou por um tempo e depois deixou de lado e Milton Erickson conseguiu alavancar o conceito de hipnose e lapidou de tal forma sua forma de atuar sendo destaque mundial e reconhecido como o maior hipnoterapeuta do mundo.

Richard Bandler através do antropólogo Gregory Bateson, conseguiu se aproximar de Erickson em sua clinica, em Fênix. Um dia observou Milton colocando uma pessoa em transe aproximando sua mão na da pessoa e fazendo pequenos movimentos com os dedos na palma da mão da cliente. Richard vendo isto ficou empolgado de disse: – Também quero fazer isto! E o resto à história passa a ser diferente.

Neurologicamente todos nós temos alguns comportamentos que são unidades de comportamentos que podemos chamar de “unidade de comportamento”, que quando dá um “start” no cérebro, ele é direto, ele não termina enquanto não fecha o comportamento. Sentar é um deles, Milton Erickson colocou muita gente em transe só com esta frase: – Senta!!!!! Quando a pessoa começava a se sentar, aquele ponto sem volta, ele dizia: – E entre num transe!!!!  Só isso! Porque neste momento, estou no meio do comportamento, que no meu cérebro eu abro uma ação que só vai se fechar no momento que eu encosto a nádega na cadeira. É um comando direto. Uma unidade de comportamento. Isso abre um “espaço” ou “intervalo” para o sistema fazer o que quer que ele faça.

O aperto de mão é um deles, tente aproximar-se de uma pessoa levando sua mão para cumprimentá-la, automaticamente ela leva a mão em direção a sua. È terrível o cérebro fica doido para realizar esse comando. Se você interromper, esse “espaço” vai se formar e aí você poderá colocar o que você desejar, como comando.

Esta técnica é pouco conhecida, talvez pelo profissional não entender muito bem ou porque é muito rápido o que tem que ser executado, ficou um pouco esquecida pela comunidade científica, mas é tremendamente eficaz e muito poderosa. Tenho aplicado constantemente em minha clínica e ensinado em cursos a técnica e obtendo excelentes resultados muito mais rápidos para mudanças terapêuticas e outros objetivos que você queira aplicar para solucionar alguns problemas.

Eu entendo a hipnose como um recurso para você conseguir mais rápido resolver alguns problemas que estão em nível inconsciente, é uma organização da comunicação, é um processo de comunicar com elegância qualquer coisa e comunicação do jeito que o outro tenha facilidade de entender.

O erro do Bandler permite uma rapidez para colocar uma pessoa em transe e em transe é que se consegue com mais facilidade as mudanças que você deseja. E os feedback que você observa para o seu desempenho como facilitador de mudanças na aplicação de recursos da Neurolinguística em seu trabalho com seu cliente.Pense nisso!

Dr. José Roberto Teixeira Leite – pnljose@ig.com.br

 

Luis Felipe Carvalho – PROBLEMAS OU DESAFIOS – EIS A QUESTAO!

“Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criamos.” Albert Einstein

Problemas, problemas e problemas… todos nós com toda certeza, já enfrentamos problemas durante nossa “jornada” chamada vida. Os problemas estão – sem sombra de dúvida – nos acompanhando em várias etapas de nossa vida, desde quando nascemos, e com certeza eles irão nos acompanhar todos os dias de nossa vida. Você deve estar pensando assim “Luiz, estou desapontado com você!” pensei que ia encontrar algo inspirador neste artigo, e logo no inicio você diz que “Os problemas irão me acompanhar pelo resto de minha vida?!”

Agora, deixe-me lhe dizer a boa noticia. Os problemas ou “desafios” tem como propósito, de nos deixar mais fortalecidos emocionalmente, e mais importante, nos proporciona a experiência de termos a oportunidade de aumentar nossa capacidade de enfrentar situações adversas, fazendo com que aumentemos sempre mais nossa habilidade de resolver situações que saem fora do nosso controle. Em outras palavras, nós desenvolvemos “músculos” emocionais tão fortes, que somos capazes de enfrentar qualquer situação, mesmo estando com medo, mesmo estando com dúvida ou extremamente incertos em relação ao o que vier acontecer adiante.

Pense nisso. Por exemplo, a força da gravidade é automática. Se uma pessoa deseja desenvolver os músculos de seu bíceps, essa pessoa precisara trabalhar contra a gravidade, para atingir o resultado que deseja. É preciso colocar um certo grau de stress para se desenvolver músculos, pois de outra maneira, o músculo não cresceria.

Norman Vincent Peale, um dos maiores especialistas em pensamento positivo, que foi também autor de diversas obras do gênero, certa vez entrevistou um grande campeão americano de boxe chamado Gene Tunney. Norman lhe fez a seguinte pergunta: “Gene, diga-me, qual foi seu caminho para se tornar um grande campeão? E Gene olhou para Norman perguntando-lhe: “Você apenas me perguntou ou realmente quer saber como cheguei até aqui? “Bem… na verdade apenas perguntei! – pensou Normam – logo em seguida respondeu:”Eu realmente quero saber o seu segredo Gene!” Gene virou-se para Norman, levantou a manga de sua camisa, mostrou seu bíceps e disse: “Todos os dias, eu faço exercícios para o meu bicípes que parecem que eles irão explodir! Eu demando mais de mim mesmo, do que qualquer pessoa possa imaginar e esperar! Este é meu segredo.

O que acha desse tipo de conceito? Não é verdade que se você olhar para sua vida, e lembrar dos momentos mais difíceis que você já enfrentou, vera que esses momentos lhe fortaleceram de certa forma? E que tipo de problemas são esses? Decepções, perdas, situações de injustiça, traumas, a perda de um ente querido, doenças, “surpresas” desagradáveis, medo, fobia e etc.

Você se relacionou com algumas dessas situações? Deixe-me falar a verdade para você, eu já passei por quase todas essas situações em minha vida, e o que eu posso lhe dizer é que meu único grande problema, era não querer ter problemas. Isso faz sentido para você? Pense nisso. Porque o que acontece é quando surge um problema, a maior urgência naquele momento é resolvê-lo. Então se resolve este problema especifico e advinha o que acontece? Surge um novo, entusiasmado e recente PROBLEMA. O que você tem que fazer? Procurar uma nova solução. Ótimo!. Resolveu o problema recente. E derrepente lá esta outro problema esperando por nós.

O que toda essa situação significa? Sua habilidade e capacidade em resolver problemas, cresceu proporcionalmente ao tamanho de seus problemas. Em outras palavras, seus “músculos” emocionais estão muito maiores que antes.

Algumas vezes acreditamos que determinado problema é algo permanente e imutável. Esquecemos que todo problema, é apenas temporário e passageiro. Assim como as estações do ano. O inverno não permanente, ele é passageiro, assim como o verão, ou qualquer outra estação do ano. Sempre haverá uma nova estação esperando por você. Lembre-se de aproveitar qualquer “estação” em que sua vida se encontrar. Torne-se um solucionador de problemas. E como se tornar um? Procurando soluções através de perguntas.

As perguntas são ferramentas de preço incalculável, pois através delas podemos controlar nosso foco mental e emocional. Por exemplo existem pessoas que no momento em que acontece algo inesperado, elas fazem este tipo de pergunta: “Por que Deus fez isso comigo?” Uma pergunta melhor seria: “Como posso resolver essa situação, e ainda transformar essa experiência em aprendizado?” Este tipo de pergunta realmente ira lhe deixar em um estado com mais recursos para resolver a situação.

Sei que praticar estes conceitos não é tarefa fácil, principalmente no mundo atual em que vivemos. Entretanto, temos que ter disciplina para controlar nossos pensamentos diários, de outra forma viveremos a mercê dos acontecimentos do mundo. E nos não queremos isso com toda certeza.

Para finalizar este artigo, deixo uma famosa frase para você: “Um dia vou olhar para trás e rir de todos os meus problemas!” Minha pergunta é: por que esperar 10 anos para fazer isso, sendo que podemos fazer isso agora? Algo para você pensar a respeito.

Luiz Felipe Carvalho – luizfelipe@focuslife.com.br

 

Luiz Felipe Carvalho – A LEI DO ESFORÇO

Esforço… eis uma palavra que tem uma conotação negativa para muitas pessoas. Digo isso porque muitas pessoas querem conquistar algo na vida, seja uma posição financeira estável, seja uma boa casa, um bom emprego, uma boa carreira, um bom carro etc. Mas quando chega a hora de pagar o preço, a história é outra. Como diz uma famosa expressão americana: “There is no free lunch!” ou “Não existe almoço grátis!”

Se quisermos conquistar algo em nossa vida, então teremos que entrar em ação, para fazer acontecer. Se olharmos através da história, iremos perceber que as pessoas que mais se destacaram como lideres, cientistas, escritores, políticos e outras pessoas significativas, foram pessoas com uma enorme vontade – um desejo ardente – que foi o combustível que manteve a chama acesa para tais realizações.

O mais fascinante nisso é que todos nós temos praticamente o mesmo mecanismo disponível para nós. O que eu quero dizer é que todos nós possuímos os mesmos recursos como capacidade de aprender, capacidade de agir, capacidade de persistir, capacidade de mudar de estratégia, caso se necessário e inteligência, mas poucas pessoas fazem isso.

Claro que esforço pessoal sem uma estratégia para realizar algo, é garantia de frustração. É preciso construir um mapa para chegar onde queremos. Por exemplo, em finanças pessoais. Se uma pessoa deseja conseguir independência financeira, essa pessoa terá que se esforçar-se no sentido de economizar e investir seu dinheiro em alguma aplicação financeira, como renda fixa, imóveis, poupança, ações ou em alguns casos negócio próprio.

Mas não para por ai. Essa pessoa terá que lutar contra sua vontade de consumo, pois se gastar mais do que ganhar, ela terá grandes problemas, e ainda, investir uma parte de sua renda mensal continuadamente por 10, 20, 30 ou mais para atingir seu resultado.

Você pode estar pensando: ” Luiz você ficou maluco… investir durante 30 anos, para só depois deste período ter retorno? Eu estou fora desta!” Para se ter retorno, é necessário se esforçar-se. Sei que não é tarefa fácil, mas com uma dosagem de disciplina, é possível atingir o objetivo.

A questão é que a maioria de nós foi e é condicionado diariamente para conseguir o que se chama de gratificação instantânea – tudo muito rápido e sem esforço. O efeito colateral que isto pode causar é irreversível, pois coloca a pessoa em uma posição de não esforço, com conseqüências drásticas.

Se alguém tem uma divida (voltando em finanças por exemplo), e tenta solucionar seu problema com empréstimos, com toda certeza ela não ira se livrar disso tão fácil. E esta situação é o que mais ocorre nos dias de hoje. É preciso irmos na fonte para resolver a situação – a causa da dívida.

A minha intenção com este artigo, foi mostrar que é preciso ir sempre além da energia que estamos utilizando em nosso dia-a-dia. É preciso esforço diário para gerar progresso em nossa vida pessoal e profissional. A chave é demandarmos mais de nós mesmos, mais do que qualquer um poderia esperar. Afinal essa é a sua vida, e é você que esta no comando dela.

Tome a decisão de ir cada vez mais longe, pois você ira se espantar com os resultados. Aprofunde-se naquilo que você tem feito, vá além. Se você tem o costume de correr 5 km, aumente mais 1km. Se você gosta de ler 4 paginas por dia, leia 5 ou 6. Se esta passando 1 hora por dia com seus filhos, aumente para 1 hora e 10 minutos. Se estuda alguma língua estrangeira por 2 horas semanais, aumente mais 30 minutos. O mais interessante é que você ira gostar tanto daquilo que esta fazendo, que não ira querer parar.

 

Luiz Felipe Carvalho – luizfelipe@focuslife.com.br

 

Luiz Felipe Carvalho – COMO ATINGIR RESULTADOS DESEJADOS

Uma distinção que eu acredito ser fundamental na obtenção de resultados, é conhecer o resultado que você quer antes mesmo de atingi-lo. Por que isso? Porque quando conhecemos o resultado que estamos buscando, nós despertamos recursos ou mesmo criamo-los dentro de nós. Nosso cérebro possui esse enorme poder de imaginar e antecipar acontecimentos futuros – resultados positivos e ou negativos, através de imagens, sons e sensações. Por essa razão é muito importante pensarmos de maneira benéfica, tanto para nós mesmos quanto as outras pessoas do nosso convívio diário.

O problema é que muitas pessoas fazem uso desse recurso, de maneira contrária. Deixe-me compartilhar com você um fato que aconteceu com minha namorada, para que você possa se relacionar com alguma situação que ocorreu com você em sua vida. Eis que um belo dia, a avó de minha namorada que reside na cidade de São Paulo, decidiu passar alguns dias aqui na cidade de Varginha. Como você deva ter imaginado, ela é uma senhora de aproximadamente 71 ou 72 anos, com uma energia invejável.

O fato era que a viagem estava programada para durar de 5 a 6 horas, e isso não aconteceu. E o que realmente aconteceu foi que ela chegou a Varginhas às 22h30min. Bem, com certeza você já imaginou o estado emocional de minha namorada a esta altura. Ela entrou para dizer no mínimo em pânico com esta situação, pois ela acreditava que sua avó passara mal e que talvez pudesse ter sido internada em algum hospital, pois ninguém da família conseguia localizá-la.

O ponto é que a avó de minha namorada não veio no ônibus previsto no horário mais cedo, por esse motivo ela atrasou sua viagem, ficando na própria estação rodoviária em São Paulo, até a chegada do próximo ônibus para Varginha. Entretanto, ela chegou sã, salva e com um enorme sorriso no rosto.

Eu contei esta história verídica para você, para lhe mostrar o poder do cérebro de representar ou mesmo alucinar acontecimentos. Pois nesse caso minha namorada utilizou grande parte dos sentidos, para criar uma cena, uma sensação e um som em sua mente, dizendo que havia ocorrido algo de ruim com sua avó. E o verdadeiro fato foi de que ocorreu apenas um atraso.

Esse é o poder que nós temos para criar situações e experiências imaginadas, pois tudo começa em nossa mente através do nosso foco. Então por que não utilizarmos esse poder para criar os resultados que realmente queremos, e em termos positivos? Pois nesta situação minha namorada ficou imaginando e dizendo para si mesma que havia ocorrido algo de ruim com sua avó.

Permita-me compartilhar com você alguns passos fundamentais para criar resultados em termos positivos nas mais diversas áreas da vida, que vai das finanças aos relacionamentos, saúde à espiritualidade, emoções e também a área profissional:

Passo 1: Resultado – Conheça Seu Resultado

Saiba o que você quer especificamente. Qual é o resultado que você busca em seu relacionamento? Qual é o resultado que você busca em saúde/corpo físico? A maioria das pessoas hoje em dia infelizmente não tem uma clareza nítida e especifica de seus resultados desejados, e ainda não percebem o influenciador impacto que suas ações geram no dia-a-dia. E necessário criarmos uma visão para cada área de nossa vida, para nos guiar em direção daquilo que queremos.

Passo 2: Propósito – Descubra as razões e propósito dos resultados que deseja

Por que você quer o que você quer? Por exemplo, vivemos em uma era capitalista onde a maioria das pessoas trabalham arduamente para ganhar dinheiro. Vamos imaginar que uma pessoa gostaria de acertar na Mega Sena, e se tornar milionária… (e quem não gostaria?). Quais são as razões emocionais para se tornar milionário? Como isso mudará sua vida em termos emocionais? Quanto de tempo livre você terá para passar com as pessoas que você ama? Imagine o impacto positivo que você criara na vida de outras pessoas? Imagine sua capacidade de contribuição para os outros? Imagine todas as suas contas sendo pagas no final de cada mês. Lembre-se que as razões são os fatores impulsionadores que o levaram a ação. Ou vamos imaginar que você gostaria de ter um corpo escultural (bem talvez você já o tenha, vamos imaginar então que outra pessoa o queira), como isso mudara sua vida em termos emocionais? O quanto sua auto-estima se elevara? Imagine você como um modelo de possibilidades para seus amigos, filhos ou pessoas próximas a você?

Passo 3: Ação – Ação Massiva

Por que muitas pessoas desistem de algo quando elas estabelecem resultados? As elas colocam seu foco na ação por si só. Lembre-se que nosso foco não é correr 20 km por dia. Correr essa distância é apenas uma ação, nós queremos o resultado. Talvez você não goste de correr, mas talvez você goste de nadar, que também é um exercício físico. Use sua imaginação para criar mais opções de ações, e ainda assim sair vencedor. É importante também nós comemorarmos pequenas vitórias, cada vez que você fizer algo – alguma ação – comemore, dê créditos a si mesmo, não caia na ilusão que você só será feliz quando você conseguir o que você quer. Seja feliz agora, porque quando você conseguir o que você deseja, será você mesmo que ditara quando se sentir bem. Antecipe imaginando de posse daquilo que quer, porque você enviara ao seu cérebro sinais nítidos para mover na direção de seu resultado desejado. O que eu quero dizer é que temos que ter razões suficientemente fortes, um propósito extremamente impulsionador, capaz de criar o que muitos chamam de “motivação”. Ai então, com certeza, iremos criar uma força impulsionadora que nos fará nos mover em direção dos nossos objetivos, sonhos e realização.

Luiz Felipe Carvalho – luizfelipe@focuslife.com.br

 

Luiz Felipe Carvalho – COMO CRIAMOS NOSSAS ASSOCIAÇÕES EMOCIONAIS

u e você dispomos de um recurso valioso, que se usado corretamente, pode nos proporcionar muitos benefícios, e se usado erroneamente, pode causar muitos danos emocionais. O segredo aqui é estar consciente deste recurso naqueles momentos em que mais precisamos. Mas o que seria este recurso? Podemos chamar este recurso de “âncora”. Permita-me explicar para você o que é uma âncora. Quando nos encontramos em um estado emocional intenso, seja raiva, alegria, estresse, êxtase, fobia ou seja qualquer outra emoção significativa, o cérebro humano sempre procura pela “causa” da situação ou contexto no exato momento.

Isto é uma forma do cérebro generalizar a situação, isto é um certo modo um processo de aprendizado. Por que isso acontece? Isso acontece porque novamente o cérebro precisa encontrar a causa da situação, para mais tarde usar essa informação como meio de “proteger” o sistema. Por exemplo: uma pessoa que cria uma fobia ou um intenso medo de escuro. Eu irei utilizar uma metáfora, qualquer semelhança é mera coincidência. Vamos imaginar que um garoto de 5 ou 6 anos, em sua plena infância tem um irmão mais velho e que gosta de fazer brincadeiras com irmão mais novo.

Um belo dia o irmão mais velho resolve fazer uma brincadeira com o irmão, assustá-lo no escuro. O irmão mais velho prepara o cenário do susto que, é o quarto onde os dois irmãos dormem. O irmão mais velho entra no quarto, apaga a luz e se esconde embaixo da cama. O inocente irmão mais novo chega ao quarto, e derrepente sente uma mão segurando seu o seu pé. Logo ele começa a gritar de desespero, porque ele não tem o entendimento como um adulto tem (alguns adultos ainda tem esse comportamento).

O cérebro do irmão mais novo, logo aprende o que toda aquela experiência – a causa de seu susto – é o escuro. Isto acontece porque uma criança de 5 ou 6 anos não sabe distinguir todo acontecimento, e generaliza o aprendizado. Logo essa criança se torna um adulto, e devido a sua experiência na infância, esse adulto se torna uma pessoa fóbica. E toda vez que essa pessoa vê um local totalmente escuro, ela se lembra daquele momento.

A verdadeira causa não é escuro. Qualquer estimulo recebido através de um dos 5 sentidos, quando estamos em momento intenso, pode-se se tornar uma ancora. Qualquer coisa, seja um som, um toque, algo que vemos, pessoas, situações, um beijo, um abraço, um cheiro pode-se ser uma ancora. A questão é controlarmos as âncoras, darmos um significado fortalecedor em qualquer experiência que temos.

O mapa não é o território, ou seja aquilo que as vezes temos certeza uma certeza absoluta, pode ser algo que ancoramos no passado, algo que apenas representamos em nosso sistema nervoso. Algo que de certo modo é apenas uma idéia. É uma idéia criada por alguém, por pessoas diferentes, ou mesmo por você mesmo durante as experiências da vida. Ancoras são respostas rápidas. De certo modo é um meio de nos orientarmos no mundo externo.

O que eu poderia sugerir para você – se você me permitir – é ficar consciente, quero dizer passar mais tempo se perguntando o porque as vezes você teme as coisas que teme, qual é o motivo para temer essas coisas? De onde veio suas ancoras limitadoras? Como você pode mudá-las? Quais experiências você precisa ter para se fortalecer, e seguir em frente na busca de resultados em sua vida? Ancore nos sentimentos bons, ancore nos seus recursos internos, ancore na sua coragem, ancore na sua determinação, ancore na sua criatividade, ancore na sua fé, ancore na sua auto-confiança, ancore na sua persistência, ancore na sua crença em seu Criador, ancore em atitudes de poder.

Luiz Felipe Carvalho – luizfelipe@focuslife.com.br

 

Luiz Felipe Carvalho – MUDANÇA DE ATITUDE

Mudar de atitude nos dias de hoje, significa experimentar o novo, o diferente, o desconhecido. Muitas pessoas temem mudar de atitude em relação a algumas áreas da vida, justamente porque elas sabem conscientemente, que elas terão que experimentar novas sensações, em seus corpos, como medo, incerteza, instabilidade, etc.

A grande maioria das pessoas valoriza a necessidade emocional de certeza, mais do que outras necessidades emocionais que temos. Atitude, acredito eu, significa mudar o comportamento presente, por um novo comportamento, e ainda, tendo coragem de enfrentar o desconhecido. Mas como podemos mudar um comportamento que nos prejudica? Existem varias formas de mudar nosso comportamento.

Uma das formas de mudar o comportamento é mudar a maneira que percebemos a realidade. Por exemplo: uma pessoa que deseja perder peso. Uma pessoa com excesso de peso, possui um comportamento que gera esse resultado. O que esta por trás do comportamento, é uma necessidade emocional, que essa pessoa busca satisfazer para literalmente garantir sua sobrevivência. Entretanto, essa pessoa utiliza a comida de maneira excessiva, gerando o resultado de ter peso em excesso. Todo o comportamento humano possui uma intenção positiva.

Quando alguém fala para essa pessoa que ela tem que “perder” peso, o consciente dessa pessoa diz assim: “Perder…humm… estou fora!” Por isso o processo pode ser tão doloroso para algumas pessoas. O que “deve” ser feito, é substituir o comportamento, por outro que ira satisfazer a necessidade emocional da pessoa. O novo comportamento trará uma conseqüência muita mais positiva e realizadora, do que o antigo comportamento. Qual seria esse novo comportamento neste caso? O novo comportamento seria essa pessoa passar a fazer exercícios físicos.

Como substituir a comida em excesso por exercícios físicos? Pode parecer uma tarefa difícil para muitas pessoas, no entanto, é mais possível do que se imagina. A pessoa primeiramente deve imaginar, como seria a sua vida se ela fizesse exercícios físicos. Como ela enxergaria a si mesma(o) com toda aquela energia e vitalidade, como ela se enxergaria no espelho, como ela se moveria, como sua auto-estima se elevaria, quantos elogios essa pessoa receberia das outras pessoas, por ter um corpo atraente. Em outras palavras, temos que fazer a pessoa ver, ouvir e sentir o novo comportamento.

Mudar de atitude, em meu ponto de vista significa também ampliar a nossa percepção em relação as coisas que fazemos em nosso dia-a-dia. Pois quando fazemos algo em que nos sentimos bem, nós literalmente não vemos as horas passarem. Por que isso acontece? Porque o tempo, é a emoção que sentimos em cada momento de nossas vidas. Quando alguém adia uma atitude, também se adia uma emoção que poderia estar sendo vivida no agora. Conseqüentemente, perde-se muito tempo na solução de um sintoma ou problema, que poderia já ter-se resolvido.

Os heróis, gênios, inventores, lideres e empreendedores da nossa historia, foram pessoas que resolveram não só os seus problemas pessoais, mas também os problemas das outras pessoas. Dizem que Thomas Edison tinha medo do escuro. Persistentemente, ele teve a atitude de inventar a lâmpada elétrica. Isso pressupõe que ele não só resolveu o seu problema pessoal, mas resolveu também o problema de muitas pessoas em relação ao escuro. Incluindo você e eu.

Luiz Felipe Carvalho – luizfelipe@focuslife.com.br

 

Orlando Nussi – O PODER DAS METAFORAS EM NOSSAS VIDAS

Nossa mente inconsciente é altamente susceptível a metáforas (histórias ou comparações abertas, sem a conclusão do ponto de vista de quem escreve, fazendo o leitor fechar a própria percepção dentro de seu ponto de vista, dentro de sua realidade presente).

Assim, nosso cérebro que vem durante nossa vida armazenando referências baseadas em nossas experiências, as quais irão refletir diretamente no nosso comportamento presente, através das metáforas estabelecerá novas referências de forma natural, num processo de aprendizado alicerçado nos fatos do presente.

Desta forma, estas novas referências irão gradativamente contribuir para o aprimoramento do caráter, da compreensão da vida, do porque as coisas acontecem ou deixam de acontecer. Passamos a entender que tudo na vida tem um propósito, os resultados positivos, para nos mostrar que estamos no caminho correto, os resultados negativos para nos mostrar que algo deve ser mudado, melhorado ou mesmo abandonado.

Isto tudo nos leva a um processo de amadurecimento e entendimento das nossas próprias condutas, e se estivermos abertos a buscar o lado positivo mesmo do resultado negativo iremos entrar num ritmo continuo de aprendizado e mudança natural, baseado naquilo que estamos prontos para captar.

Os grandes mestres sempre utilizaram metáforas para transmitir seus ensinamentos, Jesus, Buda, Sócrates, Gandhi. Os heróis das histórias em quadrinhos, dos filmes, Super Homem, Homem Aranha, Batman, etc, arrastam verdadeiras multidões aos cinemas despertando o desejo inconsciente do ser humano de se sentir bem. No seu íntimo deseja o mesmo comportamento de seu herói, qualidades fantásticas, exemplo de conduta, agilidade, enfim vê refletido no herói o modelo de comportamento ideal, a capacidade de jamais desistir, raciocínio rápido, capacidade de reverter situações impossíveis, persistência, enfim comportamentos e atitudes que no âmago de seu inconsciente gostaria de ter.

Dentro deste contexto, achei interessante reunir na coleção FRASES, DICAS E HISTÓRIAS MARAVILHOSAS metáforas e frases com mensagens altamente construtivas para o fechamento da percepção de quem as lê, agregando recursos para um melhor comportamento perante as adversidades da vida. Ao ler ou ouvir uma metáfora, lembramos de fatos em nossa vida, que apesar de serem completamente diferentes da historia em si, acabamos percebendo que nossa conduta comportamental foi a mesma do personagem.

Desta forma numa outra situação parecida iremos ter mais referências para uma tomada de decisão mais humana, mais justa para nós e para os outros.

Eu sempre digo que uma metáfora é muito melhor do que um conselho, pois conselhos chocam com nossas crenças, enquanto uma metáfora nos faz perceber nossos problemas de uma forma diferente. Utilizando aqui uma metáfora, podemos dizer que conselhos são como remédios químicos, enquanto metáforas são como produtos homeopáticos e quando utilizamos o produto certo, o resultado é muito melhor e não traz efeitos colaterais.

Orlando Nussi – nussi@historiasmaravilhosas.com.br

 

Orlando Nussi – PAPO DE ELEVADOR

Você já notou como as pessoas se comportam dentro do elevador. E quando entramos, encontramos pessoas com as mais diversas fisionomias, um abatido, outro preocupado, outro conferindo a hora no relógio, enfim, cada um preocupado com seu problema. Começamos a pensar o que é que acontece com as pessoas para agirem dessa forma. Porque ninguém é igual a gente? Porque as pessoas não estão de bem com a vida como a gente?

Acontece que se tivéssemos um espelho na nossa frente veríamos em nosso reflexo, exatamente a imagem que vemos nas outras pessoas, pois refletimos o que vemos e as pessoas refletem o que vêem e, no caso, o que eles estão vendo somos nós que estamos entrando no elevador. Portanto experimente, ao entrar no elevador, cumprimentar as pessoas, sorrir e, se possível, puxar algum papo. Mesmo que você não tenha sempre respostas positivas, continue insistindo. Pode acreditar que você vai se surpreender com o resultado. Isso serve para fila no banco, no caixa do supermercado, etc.

Isso me faz lembrar uma história denominada “ECO DA VidA” que está em um dos meus livros da coleção FRASES, DICAS E HISTÓRIAS MARAVILHOSAS, que é a seguinte:

Um Filho e seu pai caminhavam pela montanha. De repente seu filho cai, machuca-se e grita:
-Aaai!!!
Para sua surpresa escuta a voz se repetir, em algum lugar da montanha:
-Aaai!!!
Curioso pergunta:
-Quem é você?
Recebe como resposta:
– Quem é você?
Contrariado, grita:
– Seu covarde!
Escuta como resposta:
– Seu covarde!
Olha para o pai e pergunta aflito:
– O que é isso?
O pai sorri e fala:
– Meu filho, preste atenção.
Então o pai grita em direção a montanha:
– Eu admiro você!
A voz responde:
– Eu admiro você!
De novo o homem grita:
– Você é um campeão!
A voz responde:
– Você é um campeão!
O menino fica espantado, não entende. Então o pai explica:
– As pessoas chamam isso de ECO, mas na verdade isso é a VidA. Ela dá de volta tudo o que você diz ou faz. Nossa vida é simplesmente o reflexo de nossas atitudes. Sua vida não é uma coincidência, é conseqüência de você!!!

Orlando Nussi – nussi@historiasmaravilhosas.com.br

 

Reinaldo Rizk – O PROCESSO

Vocês pararam para pensar que “o processo” é algo muito fácil de entender, mas normalmente muito difícil de colocar em prática?

Uma boa forma de entender bem o que é “o processo” é entendermos que nossa existência é um processo, não no sentido de estar sendo incriminado, mas no sentido da vivencia, da experiência.

Estamos acostumados a ver a vida como um “lá”. Este lá não é a nota musical, mas sim como um lugar ou algo a ser atingido, enfim uma meta. Quando temos uma meta, automaticamente definimos os caminhos que nos farão atingir o objetivo, que é “o processo”.

Dizem que “o processo” é mais importante que a própria meta, mas na maioria das vezes somente é verdade na teoria.

Se não, vejamos.

Você já viu alguém que vai se casar conseguir viver o processo que antecede o casamento de uma forma prazerosa?

E quanto aos pais que estão esperando o filho nascer? Quem normalmente comanda: a alegria ou a ansiedade?

E quando você tem um projeto especifico a realizar, cheios de desafios, dificuldades naturais, como, por exemplo, os famosos TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) que os Universitários enfrentam para se formarem?

O que é que mais passa pela cabeça? É à hora de entregá-lo?

Ou ainda quando você tem um evento para organizar com múltiplos fornecedores? O stress, a dor de cabeça, a tensão, é muito lembrada, mas e o processo?

Enfim, infinitas situações de espera ativa ou passiva diante de um acontecimento futuro, na qual normalmente o que mais esperamos é que termine!

A vida não deve ser vista como um “lá”, como se lá estivesse o Paraíso, a Bonança, a Felicidade, o Nirvana. Esta visão provoca uma grande ilusão e deixamos de viver o “cá”, o aqui e agora, o real.

Se o momento é ruim, saiba que vai passar.

Se o momento é bom, saiba que vai passar.

Aproveite-o, então!

Mas se a vida é um processo, não devemos ficar de olho só na meta. Não vamos permitir que a vida nos escape de nossas mãos!

Corremos o risco, em nome da preocupação e da ansiedade, de perdermos detalhes emocionantes, pois o que fica e marca em nossas vidas são as emoções vividas com as pessoas.

São nos processos que conhecemos as pessoas, que aprendemos que sentimos que nos emocionamos.

O desafio é colocar em prática a teoria deste tema “Processo”, isto é, de viver com mais consciência.

É o tal da expressão do latim “Carpe Diem” que significa “viva o momento presente”.

Você agora pode estar perguntando: como posso viver o momento presente com mais força e consciência, se tudo que eu quero é esquecê-lo e que ele termine logo?

Para estes, o melhor jeito é também viver intensamente e até com mais consciência ainda, pois quanto mais reclamar, odiar e espernear pior, pois mais vai demorar em passar e mais coisas ruins vai atrair. Tenha consciência para que consiga perceber o que a vida está te mostrando, pois assim, você tem mais condições de entender e portanto de criar alternativas.

Não viva no lá, viva no cá, viva no processo.

Reinaldo Rizk – rizk@toquedeareia.com.br

 

Reinaldo Rizk – SUSTENTABILIDADE MENTAL

Que coisa boa nosso querido planeta se atentando cada vez mais para uma tomada de consciência de quem somos, para onde vamos e, portanto, do que estamos fazendo atualmente com a vida como um todo. É uma maravilha. É uma evolução.

Não tenho o menor receio de dizer que estamos evoluindo. Estamos evoluindo através das grandes dificuldades que sempre nortearam o aprendizado da nossa sociedade e que agora não está sendo diferente: revoluções, guerras, conflitos e os conseqüentes usos do poder pelas Igrejas, Governo, Políticos e as Empresas, sendo esta última, a mais ou uma das mais poderosas organizações atualmente.

“Com o poderio das empresas, vieram o grande uso das riquezas naturais, justificadas pelo consumismo injustificável”, pois este é capaz de eliminar a própria existência.

Podemos passar nossos olhos pela visão macro e micro.

A visão macro, muito bem definida no vídeo “a história das coisas”, nos deixa bem impotentes por se tratar do sistema do consumismo em funcionamento, comandados pelos Governos e grandes Corporações, que passam a imagem de provedores da vida, e que não deixa de ser verdade, mas a qual preço. E aí o que podemos fazer?

Somos, em geral, uma pequena peça neste grande jogo da vida. Que bom, como já disse no 1º parágrafo, que há uma grande tomada de consciência e individualmente podemos tomar as nossas atitudes de contribuição.

É onde podemos olhar pelo ângulo do micro. Posso ser um cidadão consciente que faça contribuições localizadas, como em casa, dentro da empresa, numa ONG, no bairro e assim por diante: economizo água, reciclo, consumo menos, não compro de determinadas marcas e assim vai.

Mas ainda existe uma sustentabilidade que vai além disso tudo: é a sustentabilidade mental.

Uma coisa é ser um ser sustentável em atitudes externas, que aliás, já é muito bom. Outra coisa e situado num nível acima é ter sustentabilidade mental. É viver valores bons e bem definidos para poder dar a sustentabilidade na construção de base para um mundo melhor. São as intenções, localizadas no mais profundo íntimo do seu ser e que te norteiam no dia a dia. Vejamos:

Que dizer de um ator ou atriz, que em nome da arte entrega-se aos despropósitos das sensações grosseiras, arrastando multidões fanatizadas aos abismos morais?

Ou de um sacerdote, ou pastor ou pregador espírita, muçulmano ou israelita que usa a palavra da sua fé como espada de separação ou de sedução de pessoas para crimes sexuais ou políticos ou para usurpar o dinheiro dos outros?

Ou dos maledicentes e acusadores duros, que somente vêem e comentam o que pode destruir e infelicitar, tão presentes em qualquer organização, para conseguir mais espaço, mais poder?

Uma coisa é a sua sustentabilidade externa, visível, que é boa e precisamos. Outra coisa é a sustentabilidade de atitude mentais capazes de gerar um novo mundo. Se novo mundo é muito, então que gere um novo país. Se ainda é muito, que gere uma nova empresa ou uma nova área. Se ainda é pensar alto, então que gere uma nova família ou menor ainda uma nova relação a dois ou simplesmente aquela sensação de fazer a sua parte de forma digna nas relações como um todo, porque a evolução é individual e a cobrança da vida não aceitará desculpas na eternidade da existência.

Reinaldo Rizk – rizk@toquedeareia.com.br

 

Reinaldo Rizk – AFINAL POR QUE?

Em tantas andanças, por tantos anos e por tantas empresas, fica evidente, para mim, a dificuldade de se obter um clima amistoso, confiável e cooperativo entre as pessoas de um departamento ou de uma organização como um todo.

Quanta dificuldade para se adquirir e vivenciar uma grande competência: a empatia!

Empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, de ver um ângulo das coisas, além do seu.

Quanta falta de produtividade e de bem estar desperdiçados por este oposto á empatia: o egoísmo ou “a vida olhada apenas para seu umbigo”.

É provável que muitos pensem: ”também, o cara é muito folgado” ou “este chefe é muito chato” ou “ele quer tudo para ontem, quem ele pensa que é”?

Na empatia existem outros componentes inerentes a ela: desejar o melhor, querer a paz em relação à discórdia, negociar soluções.

Além de empresário do ramo de treinamento através do teatro, sou esportista e, portanto, não cultuo a inocência ou a ingenuidade. Se, no futebol você entrar numa dividida sem tônus na perna, você pode quebrá-la, mas isto não significa que tem que ser violento, mas apenas firme.

Se você pertence às áreas administrativas ou de apoio e recebe solicitações da área operacional ou comercial e com isso estas solicitações te atrapalham ou entopem a sua rotina, faça uma escolha: paz ou discórdia, negociar ou reclamar, empatia ou egoísmo.

Mas, afinal, por que relutamos tanto em cooperar e sermos empáticos?

Ouço muito a famosa frase de defesa: “mas eu já tentei de tudo?” E dizem, ainda: “com esta empresa, com estas pessoas ou com ele especificamente, não dá!” Vou te dizer uma coisa arriscando ser mal compreendido: você deve ter tentado apenas com seus próprios recursos habituais e automáticos, da mesma forma de falar que utiliza no seu dia a dia e provavelmente com pouca paciência e desejando resultado imediato.

Se você não muda suas estratégias e sua forma de se comunicar e tolerar, por que o outro deveria mudar, assim, como um passe de mágica? Este passe de mágica pode até acontecer, se você estratejar, se você mudar.

Já imagino os contra argumentos: “quer dizer que devemos tratar as pessoas como folhas de estufa, com alta delicadeza, se não elas murcham?” Não, não é isso. Devemos ser firmes, mas não violentos. Devemos saber que empatia é uma competência que se aprende e se aperfeiçoa que, aliás, vale ouro. Devemos saber que não são apenas os outros que tem dúvidas, receios, traumas, desconfianças. Nós também, você também, mas nem sempre nas mesmas coisas. Daí a necessidade da empatia.

Afinal, Por quê?

É uma falta de competência da alma humana, pois em qualquer grupo acontecem as mesmas dificuldades. Em família pode ser até pior, o que é lamentável!

A empatia pode ser aperfeiçoada e deve para o bem geral. Então a treine. Experimente falar diferente, ver outro ângulo, levar em conta outros aspectos que não costuma considerar e desenvolva esta enorme competência. Afinal, por que não tentar?

Reinaldo Rizkrizk@toquedeareia.com.br

 

Reinaldo Rizk – OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS

Percorrendo as empresas e verificando suas necessidades ou até mesmo fazendo uma reflexão da minha própria empresa, percebo claramente a expectativa da alta direção em relação aos colaboradores.

A coisa mais natural em qualquer empresa é solicitar e até exigir, muitas vezes, como uma condição de sobrevivência nela, que os trabalhadores sejam comprometidos, vistam a camisa, haja como se fossem donos, que sejam protagonistas, pró ativos, dedicados, que façam as tarefas de uma forma que vai além do esperado, que tenham uma estima pela empresa através de uma boa auto-estima e que mantenham sempre em mente a visão da empresa, isto é, aonde ela quer chegar e, portanto, estes tenham comportamentos alinhados aos objetivos da empresa. Simples, não é?

Nas pequenas e médias empresas a pressão acontece diretamente dos donos do negócio

Nas grandes organizações, a alta direção, na verdade, tem as incumbências e a pressão do retorno financeiro exigidos pelos acionistas e agem em função desta exigência.

Tudo é muito interessante. Sempre achei que as empresas têm um papel importante de melhoria nos comportamentos das pessoas e algumas vezes superiores a outras formas, como as escolas, a família e as religiões.

É tão interessante que este raciocínio acontece de uma forma contrária a frase que acredito: ”os fins não justificam os meios”. Eu não acho que se deva fazer qualquer coisa para se atingir um objetivo, mas no mundo empresarial funciona ao contrário, infelizmente: os Fins são os lucros e os meios são os trabalhadores renderem o máximo; mas para renderem o máximo, precisam aprender certas coisas que levam a este objetivo. Mas não tão infelizmente assim, estas certas coisas são muitas coisas boas, mesmo que sob pressão.

Vejamos algumas das exigências ou expectativas das empresas citadas acima, a qual elas incentivam e dão treinamento aos colaboradores e inclusive através do recurso “Teatro”.

Comprometimento, vestir a camisa: é um belo aprendizado que se pode adquirir para sua vida e que extrapola o Universo Corporativo. Estar comprometido com a família nos momentos de dificuldade de um familiar e se dedicar intensamente para este reequilíbrio ou ainda, se você está numa escalada ou numa caminhada, fatalmente este comportamento será muito útil.

Agir como se fosse dono: belíssima virtude de comportamento, que desenvolve a honestidade, atingindo a máxima “não faça ao próximo, aquilo que não deseja para você”.

Ser protagonista ou pró-ativo: quantas e quantas vezes nos colocamos na posição de vítima, caímos na rotina, fazendo as coisas por obrigação e muitas vezes entrando em depressão? Ser pró-ativo é ativar a mente, é sentir-se responsável por melhorar sempre. Quem não deseja um companheiro (a) na vida que tenha atitudes de protagonista, de fazer as coisas acontecerem?Que bom que as empresas incentivem este comportamento, mesmo que os fins sejam os lucros.

Auto-estima: se este comportamento nas empresas não é trabalhado de forma explícita, com certeza ele é de forma implícita, pois as mesmas precisam que você se goste, se respeite, confie em você, pois estas são características de um excelente profissional, e, portanto, de uma pessoa melhor.

E finalmente a visão. Se a empresa sabe para onde chegar ela automaticamente nos dá a dica que nós também deveríamos nos preocupar com a visão de onde queremos chegar com a nossa vida, no campo das realizações. Aonde você quer chegar? Quando visualiza sua vida, o que enxerga?Não sabe? As empresas sabem!Siga este exemplo que as empresas oferecem.

Os fins justificam os meios? Não, mas os meios que as empresas se utilizam para atingirem seus fins podem nos beneficiar a sermos melhores. São as empresas promovendo bons comportamentos, mesmo que muitas vezes não estejam preocupadas com isto, mas, sim com os fins, que é o lucro; enfim, acabamos aprendendo que tudo que acontece pode ser transformado para algo bom, pois se acontece é porque faz parte da nossa experiência.

Reinaldo Rizk – rizk@toquedeareia.com.br

 

Reinaldo Rizk – A IMPORTANCIA DA ESCOLHA DO FOCO

Infelizmente, o estágio atual da humanidade ainda está centrado na reclamação, na crítica, no julgamento, entre outros atributos menos dignos, que quando muito focados acabamos deixando de perceber acontecimentos, que mesmo simples, nos dignificam, nos fazem sentir humanos racionais, emocionais e amorosos, estágio que em breve atingiremos com mais plenitude.

Chamo a sua atenção para que mais vezes você possa perceber momentos de alegria e de prazer no dia a dia. Quanto mais fazemos o que gostamos, mais chances de termos estes momentos.

Na verdade, é uma escolha. É a arte de ver ou de não ver estes acontecimentos. Esta escolha, em outras palavras, é a decisão de o que focar e o que valorizar.

Temos motivos de sobra, extremamente justificáveis para sermos pessimistas, mal humorados e reclamões.

Bem, se você acha que é tão difícil ser diferente disso, mas quer ser mais do que é hoje, comece com as pequenas coisas.

Vá devagar, não exija de você uma mudança brutal e instantânea, porque um novo comportamento, um novo hábito, necessita de tempo e paciência. Só assim ele sedimenta e passa a fazer parte de você.

Isso vale para tudo e esta é a genialidade da vida. Não há favores na natureza, há conquistas, e cá para nós, é muito melhor assim, apesar do trabalho que dá.

Como eu disse, comece suas conquistas se atentando aos pequenos detalhes, valorize-os, celebre-os e assim paulatinamente você vai conquistando um espaço  em sua mente, que antes, talvez, estivesse apenas aberto para as frustrações e as coisas negativas.

Conheço uma empresa que pratica com sua equipe duas ações interessantes: uma leitura de uma frase edificante na segunda pela manhã e no final da tarde de sexta faz uma reunião a qual cada um deve falar as conquistas realizadas na semana.

Devem ser lembradas qualquer atividade que gerou uma ação positiva ou mesmo uma tentativa. Por exemplo: consegui marcar uma reunião com tal pessoa, fiz um relatório tal, divulguei por e-mail determinada notícia, realizei a folha de pagamento, contatei tal fornecedor, esbocei o contrato de parceria, fechei tal negócio, falei com x pessoas sobre nossos produtos, criei um e-mail marketing, arrumei aquele armário e etc.

É uma escolha. É dar um foco para aquilo que consideramos importante.

E você, por onde anda seu foco? O que tem valorizado?

O foco está na falta de dinheiro? na tristeza? na perda afetiva? na dor física? na falta de companheirismo? na descrença de um mundo melhor? nas falcatruas? no trabalho chato? no chefe duro?

Reclamão, a maioria é! Crítico, a maioria é! E isto é fácil ser

Faça por merecer. Faça sua parte. Aprenda a ver o lado bom que tem e o lado bom dos outros e o lado bom da vida. Vá devagar, mas seja constante. Forme um novo hábito

Pequenas coisas, pequenas observações, pequenos gestos, para formar uma grande pessoa.

Boas conquistas!

Reinaldo Rizk – rizk@toquedeareia.com.br

 

Reinaldo Rizk – VOCE SERIA CAPAZ?

Você seria capaz de torturar física e psicologicamente uma pessoa para um determinado fim?

Você seria capaz de matar um ser de outra religião por ser este contrário a sua?

Você seria capaz de escravizar alguém?

Você seria capaz de aliciar jovens das ruas para trabalhar nas ruas para você?

Você seria capaz de amputar ou cegar um pequenino para ele render mais esmolas nas ruas para você?

Você seria capaz de matar em nome de uma raça mais pura em detrimento a outra inferior?

Você seria capaz de traficar drogas em nome do poder e do dinheiro?

Você seria capaz de manter adolescentes na prostituição como fonte de negócio?

Você seria capaz de condenar um negro apenas porque ele “parece” suspeito?

É claro que não! Até porque estas coisas pertencem apenas ao mundo da imaginação dos cineastas. Se não, vejamos:

O filme do primeiro parágrafo acima pode nos lembrar “A Teoria da Conspiração”(Mel Gibson) e respectivamente temos, entre várias opções: “As Cruzadas” – sobre religião comOrlando Bloom, “Diamante de Sangue” – sobre escravidão com Leonardo di Caprio, “Cidade de Deus” – sobre trabalho infantil com Seu Jorge, “Quem quer ser um milionário” – sobre trabalho infantil com violência, “A Lista de Schindler” – sobre violência entre raças com Liam Nielsen, “Tropa de Elite” – sobre tráfico de drogas com Wagner Moura, “Anjos do Sol” –sobre prostituição infantil de Fernanda Carvalho, “ A Espera de um Milagre” – sobre racismo com Tom Hanks

Pense comigo agora. Quais seriam as diferenças, se eu perguntasse:

Você seria capaz de “pegar emprestado” definitivamente aquele celular esquecido na mesa de um bar?

Você seria capaz de pedir um dinheiro emprestado a um amigo ou familiar e não pagar?

Você seria capaz de chantagear alguém para levar vantagem?

Você seria capaz de matar, se for traído?

Você seria capaz de bater ou odiar o torcedor de outro time de futebol?

Você seria capaz de desviar uma “graninha” da empresa que trabalha aproveitando uma oportunidade?

Você seria capaz de mentir ou trapacear alguém da empresa para ter mais chances de ocupar aquele cargo?

Você seria capaz de usar seu poder de comunicação e sua facilidade de envolver as pessoas para enganá-las e levar vantagem?

Você seria capaz de esquecer suas origens, amigos e familiares após se dar bem na vida?

Pois é! A responsabilidade tem o tamanho do conhecimento

Querer ser mais a qualquer custo, custa caro para nossa consciência.

Quer saber se está fazendo algo errado ?

Consulte seus sentimentos. Haverá um estalo na consciência que ecoará em você, dentro de você. Basta ouvi-lo, basta senti-lo e dar vazão a esta sensação.

Pense comigo novamente. Quanto vale todo o conhecimento de administração, estratégia, planejamento, marketing, liderança e etc, se a parte básica citada acima não está sendo bem respondida?

Façamos um mundo melhor!

Reinaldo Rizk – rizk@toquedeareia.com.br

 

Reinaldo Rizk – QUASE TODO MUNDO SABE

Quase todo mundo sabe que crises são oportunidades de crescimento, na prática, não apenas teoria, isto é, não são apenas belas palavras, mas um dos grandes sentidos da crise.

Até porque quase todo mundo sabe que a humanidade sempre viveu em crise. Poderíamos aqui discutir apenas os graus da crise, inventando uma escala, como por exemplo: escala “crisite do rizk”.

E quase todo mundo sabe que os graus da crise ou o índice dela vai depender de onde você está. Se você estiver no meu do furacão, ou no meio da erupção vulcânica ou no meio do terremoto ou no meio do tiroteio você ganha um belo 10 na escala “crisite do rizk”.

Se você fosse, nos tempos do Império romano, um cristão, até o ano 300 aproximadamente, você saberia o que é uma crise, mas se fosse um pagão acostumado com as coisas, então estaria bem e nem entenderia esta história de “crise” só porque matavam os cristãos aos milhares em verdadeiros massacres. Quase todo mundo sabe disso.

Vamos adotar a seguinte definição: crise é quando aperta o teu sapato.

Você que está lendo agora pode estar com o sapato apertado ou não.

Caso seu sapato não esteja apertado, a crise do outro está te dando uma oportunidade de você avaliar seu negócio, seu emprego, sua vida mais de perto e se perguntar: aonde a crise vai me pegar. Qual é o meu ponto fraco. O que eu posso fazer a partir de agora para minimizar a futura crise. Isto não é pessimismo ou atração negativa. É simplesmente estatística.

Agora, faça sua lição de casa direitinho que quando ela vier passará rapidinho, e quase sem danos colaterais. Sabe aquela história do “coitado, teve um infarto, de repente, estava tão bem, não sei o que aconteceu”. Pois é: Quase todo mundo sabe disso!

Se você está com o sapato apertado, saiba que ele pode desapertar rapidinho, porque a vida é assim. Quase todo mundo sabe disso.

A vida é cíclica e tudo passa mais fácil para aqueles que pensam assim. São oportunidades de renovação, de enxergar o que não enxergávamos, são oportunidades de melhoria, porque a vida sempre empurra para frente, para a evolução, mesmo que em certos períodos a gente não perceba, pois quando estamos mergulhados na crise, a gente tem a tendência de ver só a crise. Quase todo mundo sabe disso.

Respire mais vezes e olhe mais para o horizonte e menos para baixo, vá passear, pratique o ócio criativo, reze muito pedindo inspiração.

O que quase todo mundo não sabe é que falar na crise, pensar na crise, mergulhar na crise, acreditar na crise, viver na crise, odiar a crise, culpar a crise, só vai te dar mais crise.

Saia dessa. Acredite. É estatístico. Você pode!

Reinaldo Rizk – rizk@toquedeareia.com.br

 

Reinaldo Rizk – TUDO TEM A VER COM TUDO

Virou um clichê a expressão “uma borboleta que bate sua asa na Ásia interfere aqui no outro Continente”. Talvez por existir um natural exagero, as pessoas perdem a oportunidade de refletirem sobre este mesmo efeito, considerando a sua própria vida.

Apresento, então, uma nova frase: “ Tudo o que acontece com você tem a ver com você”. Para que tudo aquilo que aconteça com você faça sentido, tenha lógica, é necessário que haja uma idéia que a sustente. Consideremos que o seu jeito de ser, suas crenças, sua forma de reagir aos fatos, teus pensamentos, tuas emoções, enfim, o que você é hoje, te faz estar com quem você está e onde está também, bem como é o resultado dos acontecimentos.

Fica mais fácil avaliar uma situação em que uma pessoa resolve se envolver com um traficante e toma um tiro e ainda vai para a prisão. Nós não falaríamos, puxa que azar o dele, porque fica fácil enxergar a lógica.Ao contrário, falaríamos: eu não te falei?

Mas eu quero ir mais longe:teu jeito de ser está te colocando frente aos fatos que estão acontecendo com você. É assim quando você se envolve num acidente, é assim quando você está diante de situações de risco, é assim quando você se envolve sempre com determinados problemas.

Quer um resultado diferente, seja diferente!

Eu nunca quebrei nenhum osso em minha vida, mesmo tendo muitas atividades esportivas, mas porque será que fiz uma contratura muscular na minha costela sozinho estes dias?Estava sentado no meu escritório e me estiquei para colocar um carregador de pilha na tomada. Minha cadeira tem braço e como eu quase alcançava fui me esticando mais um pouquinho e de pouquinho em pouquinho escutei um enorme “trek”, que não foi da cadeira e sim no meu corpo. Pronto Socorro e o resultado: 7 dias com anti inflamatórios e com razoável dor. Antes de mais nada, claro, burrice total, mas porque agi assim?porque não movimentei a cadeira para o lado, porque não me levantei?

O fato é que aconteceu e aconteceu porque “tudo tem a ver com tudo”. O fato reflete meu estado de espírito atual de fazer muitas atividades diferentes ao mesmo tempo.

Porque você anda esquecendo as coisas?Porque anda perdendo as coisas? Porque anda se acidentando tanto? Porque as coisas não andam dando certo?Porque pessoas complicadas, enroladas ou estranhas estão te rondando?

Pense em sua estrutura mental: o que você anda pensando, quais são suas intenções ao se aproximar das pessoas,o que você realmente deseja?

Lembre-se que você está colhendo os resultados do seu jeito de ser e quase nada ou nada tem  a ver com os outros.Os outros estão lá porque fazem parte do seu ser, da sua estrutura, das suas necessidades e sempre serão uma benção, porque “tudo tem a ver com tudo”. E quando aquilo deixar de acontecer em sua vida é porque “tudo tem a ver com tudo”.

Reinaldo Rizk – rizk@toquedeareia.com.br

 

Ricardo Melo – A HORA DE SEGUIR

Há momentos únicos na vida que não podemos negligenciar. Há instantes mágicos em que temos que ter coragem de “Sim”a tudo que nos traz medo, mas que nosso coração pede que aceitemos. Há instantes que ao olharmos para o futuro não vamos ver nada muito claro. Apenas veremos alguns vislumbres, possibilidades, mas, por algum motivo, nosso coração continuará dizendo “Sim”. Faremos análises, raciocinaremos, pensaremos em prós e contras, mas nada adiantará. Afinal, o que vai prevalecer é essa sabedoria oculta que se faz presente nas intuições que nos visitam dia a dia. E aqui fica a pergunta: você confia nessa intuição? Você já aprendeu a confiar nessa voz interior?

Para nós, ocidentais, isso nem sempre é simples. Aprendemos de forma cartesiana a analisar o mundo. Pensamos em tudo e mesmo na fé. Boa parte das vezes não saberemos como seguir os sinais que a vida nos traz por falta de hábito de fazê-lo. Falta de prática em confiar e seguir até o que o destino tem a nos oferecer. Confiar é um ato de entrega, da escolha de se entregar, de abrir mão do controle. Dá medo, um friozinho na barriga, mas se a sabedoria Maior que nos rege nos conecta e inspira a seguir nessa linha, confie. Certamente será o melhor para todos nós!

É hora de seguir em frente. E desejo mais ainda: desejo que você aprenda a confiar mais em suas intuições. Que se conecte com a Luz Maior que rege a vida e nos liberta da ignorância que ficamos inseridos que nos faz acreditar que não estamos ligados a tudo. Quando compreendemos que fazemos parte de um Todo Maior e que esse Todo também faz parte de nós, algo mágico acontece: nos entregamos, sem medo, em paz e confiantes ao porvir. Experimente. Quem sabe não é apenas isso que falta para você ser quem sempre desejou Ser e alcançar o que sempre desejou alcançar?

Ricardo Melo – ricardomelo@institutoricardomelo.com.br
Ricardo Melo – A HORA DE PARAR

Essa semana algo muito especial aconteceu. Mais de 140 países transmitiram ao vivo a despedida de Ronaldo do Futebol e ouviram um discurso sincero, emocionado e humilde sobre a hora de parar. Honestamente, pouco importa em minha opinião as críticas que ele vinha sofrendo, pois não há unanimidades. Entretanto, a forma como ele se comportou na entrevista nos mostrou a importância de saber como parar. Parar não é fácil, nunca foi e nunca vai ser. Dizer basta a situações, hábitos e formas de viver não é nada simples. Há condicionamentos poderosos que nos unem ao passado conhecido e medos inexplicáveis de um porvir a ser descoberto. Mas dizer não ao medo e sim a renovação é necessário!

Vivemos em ciclos e a natureza nos lembra dessa realidade muito bem. Seja o dia ou a noite, o quente ou o frio, as estações do ano ou as batidas rítmicas de nosso coração, em tudo observaremos a presença cíclica ao nosso redor. Estar fechado a renovação é matar-se por dentro e condenar o futuro a repetir o passado. Fechar-se ao novo é fortalecer o velho e perpetrar-se no apego ao que é antigo. Mesmo quando o antigo é algo muito bom, mas ainda assim é um ciclo que precisa fechar é fundamental estarmos abertos ao que virá logo a seguir.

O verão traz dias quentes e nos convida aos clubes, à praia e a tudo mais que nos rodeia. As pessoas ficam até mais tarde nas ruas, divertem-se, demonstram sensualidade. Mas com tudo isso, quando ele termina e muitos reclamam. Então vem o outono com todas as suas características bucólicas, reflexivas e repletas de folhas caindo das árvores. Bons passeios, clima ameno são algumas de suas marcas especiais. Mas só conhecemos o outono porque o verão “parou” para depois retornar. E assim acontece com as demais estações, com as fases da lua e com nossa vida. O ir e vir, o começar e parar, tudo faz parte de uma ordem Maior que rege a vida.

Não tenha medo de parar de fazer algo, de mudar um rumo se for necessário. Não tenha receio de prosseguir, de ir adiante, de se permitir. Tudo é importante e especial quando nos abrimos ao que é novo, ao que é realmente profundo! Tudo é possível quando nosso coração está aberto, conectado com nosso Eu Sagrado e seguindo nossas intuições. Tudo é possível quando não desistimos de ir mesmo quando tudo parece nos prender. Ronaldo parou de jogar bola e simbolicamente apenas nos lembrou que tudo é eterno enquanto dura e que os ciclos se abrem e se fecham com a naturalidade que marca a sabedoria da vida. E você, quais ciclos precisa fechar? Quais os medos você precisa vencer? Quais os obstáculos precisa superar para seguir adiante?

Ricardo Melo –  www.institutoricardomelo.com.br

 

Ricardo Melo – UMA NOVA POSTURA NA ARTE DE LIDERAR

Imagine aquela velha cena: funcionários cansados, irritados, torcendo para chegar a sexta feira para sair com os amigos e falar mal do chefe e da empresa onde trabalha. Espero, sinceramente, que tenha sido difícil imaginar tal cena, em virtude dessa realidade não fazer parte do seu mundo, mas se isso ainda não for possível, um aviso importante: alguma coisa está fora do lugar em sua empresa! Há muito tempo liderar deixou de ser função para ser feita por qualquer pessoa que apenas saiba dar ordens. Liderar é uma arte, habilidade rara e essencial para se mobilizar pessoas com grande competência e entusiasmo a lutarem pelos ideais abraçados.

Quem ainda está preso ao passado ou mesmo que diga que não está, mais vê exemplos arcaicos em sua empresa, onde pessoas são colocadas em segundo plano e em que indivíduos despreparados são colocados em postos de liderança, certamente está dando um “tiro no próprio pé!” Apenas para termos uma simples idéia, o assunto Liderança para Alta Performance é um dos temais de maior procura para a contratação de treinamentos pelas maiores empresas do Brasil, segundo dados da ABTD – Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. Sinal que além de demandarmos por profissionais altamente preparados para liderar, também temos grandes carências nesse setor.

E em seu caso: você se considera um líder? Que nota de 0 a 10 você se atribuiria se tivesse que se auto-avaliar em termos de habilidade para guiar pessoas a grandes resultados? Em momentos de crise em sua empresa e mesmo em sua vida particular como você age? Ou simplesmente “re-age”? O líder almejado pelas empresas tem características universais, porém bem definidas. E, acredite: há uma busca desenfreada por esses profissionais no mercado global, cada vez mais competitivo!

Saber ouvir, saber oferecer feedback, conhecer diferentes tipos de pessoas e ter o “jeitinho” para lidar com elas. Compreender a situação mercadológica e ter respostas rápidas para redirecionar a postura de sua equipe sem perder tempo, além de ser organizado e coerente o suficiente para inspirar seus seguidores com seu próprio exemplo. Temos aqui alguns caracteres desse líder almejado.  Não importa se você acha que as coisas funcionam do velho jeito: o mundo simplesmente hoje exige uma nova forma de gestão de pessoas na busca por resultados!

O Coaching, modelo de desenvolvimento humano e de alavancagem para um alto desempenho empresarial, hoje ocupa lugar de destaque quando o assunto é desenvolver líderes. Segundo os líderes formados no processo de Coaching, a visão da liderança é bem diferente da visão antiga que tentamos nos desvencilhar. Chamamos esses líderes de líderes-coach! Apenas para exemplificar:

Modelo Antigo de Liderança Modelo Atual: Líder Coach
O líder manda, se impõe O líder desperta, inspira, conduz
O líder resolve tudo O líder quer que a equipe aprenda
O líder centraliza decisões O líder delega para gerar aprendizagem
O líder é lento para agir O líder é ágil, flexível
O líder é egocêntrico O líder é altruísta
O líder é passional O líder é justo e imparcial

 

É claro que sabemos que todas  essas posturas do Líder-Coach nem sempre são encontradas em uma única pessoa, mas sem dúvida devem ser desenvolvidas, como metas a alcançar. Não há mais espaço para pessoas egocêntricas, centralizadoras e lentas no contexto que vivemos. Esses líderes que tiveram grande relevância em determinada época estão praticamente desaparecendo! Até porque os melhores profissionais se rejeitam a receber ordens e serem guiados por pessoas assim.

 

FAÇA O TESTE E OBSERVE

O Líder Coach preocupa-se em aprender e transformar toda nova situação que ocorre na empresa em aprendizagem global. Ele quer proporcionar amadurecimento a quem o segue e não criar dependências! Quer realmente conhecer o potencial de um líder? Faça o teste e observe: Veja como sua equipe age quando ele não está presente em momentos de dificuldades. Teremos aqui um bom termômetro para identificarmos como o líder prepara quem o rodeia!

Outro termômetro é como os líderes vêem seus seguidores. Líderes antigos tem medo de perderem seu espaço quando tem grandes talentos na sua equipe. Portanto, costumam boicotar suas idéia, quando não faz pior e se apossa delas como se fossem suas. Líderes-Coach valorizam esses seguidores, patrocinam suas idéias pois eles sabem que quanto maior o número de talentos que ele revelar, mais será sua fama de “burilador de diamantes”. Como seu ego não o controla ele acaba por potencializar sua performance e motiva outros a fazerem o mesmo!

Quando lemos histórias inspiradoras de como grandes lideres guiaram seus seguidores aos resultados esperados, aprendemos muito! Líderes de várias áreas diferentes, como  Jesus Cristo, Mahatma Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier, Jack Welch, Steve Jobs, Abraham Lincoln, Lula, Bernardinho, Jose Mourinho, Alexandre – O Grande, Julio Cesar, dentre tantos outros, podem nos mostrar na pratica como um líder-coach realmente lidera.

Portanto, abra sua mente, renove sua postura e respire o doce ar da liderança, uma arte tão antiga, mas ainda tão pouco explorada pela grande massa da população humana. Leais mais, faça cursos, participe de fóruns, reflita com seus colegas de trabalho, discuta sobre o assunto na faculdade e claro, o principal: lidere e aprenda com o feedback que terá dos seus próprios resultados. Se agir assim, certamente dará grandes passos rumo ao sucesso almejado!
Ricardo Melo – ricardomelo@institutoricardomelo.com.br
Ricardo Melo – PROPABILIDADES

Sempre gostei da palavra probabilidade. Quando dizemos que algum evento é provável, afirmamos que existe grande chance de algo acontecer conforme previsto. Quando falamos o contrário, naturalmente nos preparamos para que algo diferente de nossas expectativas aconteça. Entretanto, como a própria palavra sugere, probabilidade não é certeza é apenas uma..probabilidade. Mas em uma vida com tantas coisas incertas, conhecer a probabilidade de certas situações nos auxilia a tomar decisões e posicionamentos sobre como desejamos viver.

Qual a probabilidade de alguém egoísta, que somente pensa em si mesmo, que não ouve as pessoas a seu redor ter apoio de quem lhe rodeia? Qual a probabilidade de uma pessoa perdulária, que gasta sem critério, ter uma vida financeira saudável? Quais as probabilidades para que alguém que não sabe dizer “não” para o que não faça sentido em sua vida seja uma pessoa equilibrada e feliz? Por fim, qual é a chance que você que nos lê nesse momento sinta-se um ser humano cada vez mais alegre e feliz apenas pensando em si mesmo, sem exercitar a generosidade e gratidão? Qual, por fim, a probabilidade de realmente fazermos a diferença quando cuidamos dos pacientes se não nos importamos ou não nos colocamos no lugar deles?

Pois é, não precisamos pensar muito para concluir que os eventos acima descritos são pouco prováveis de acontecer. Se sabemos disso, por que então lutarmos contra as probabilidades? Não parece ser uma estratégia interessante. Portanto, cuide de sua vida! Cuide de sua forma de viver! Cuide para que cada dia seja especial na medida do possível. E mesmo sabendo que muitos dias não serão legais, quem nem sempre as coisas sairão conforme planejadas, sabemos que a probabilidade que tudo passe é grande, por isso, talvez não valha à pena ficar tão apegado ao que não deu certo.  Não é preciso ser um matemático para concluir que quando cuidamos de nossa vida e de nossa forma de viver aumentamos muito a probabilidade de termos uma existência que nos traga uma sensação verdadeira de realização, mesmo que as vezes em momentos de adversidade isso pareça pouco provável!

Portanto, se me permite uma sugestão: cuide de suas ações para que aumentemos a probabilidade de fazermos a diferença onde estamos, de tornarmos cada dia o mais especial possível e de ajudarmos as pessoas que cruzam nosso caminho a se tornarem cada vez mais felizes. Isso aumentará muito a nossa probabilidade de nos tornar pessoas e profissionais mais realizados e felizes!

Ricardo Melo – ricardomelo@institutoricardomelo.com.br

 

Ricardo Piovan – OS 5 PRINCIPAIS ERROS DOS LÍDERES NOVATOS

Segundo pesquisa realizada pela consultoria de gestão de negócios e recursos humanos Kienbaum 85% dos líderes não possuem as competências necessárias para uma promoção imediata, mas com a alta demanda de líderes no mercado brasileiro as empresas estão promovendo os seus analistas despreparados para cargos de chefias e criando sérios problemas na gestão de pessoas.
O processo é o seguinte: O “maitre” do restaurante se aposenta ou foi embora, o dono do estabelecimento observa os seus garçons e pensa “o João é um ótimo garçom, vou promovê-lo para maitre”. Mas no final da história a casa perde um ótimo garçom e ganha um péssimo “maitre”, pois o João não estava preparado para este novo desafio.
Em meu treinamento Liderança Assertiva – O Líder Completo, apresento cinco erros básico que líderes novatos cometem em sua nova empreitada, vamos a eles:
Não focar nas pessoas: Jovens líderes tendem a generalizar a gestão, isto é tratam os seus liderados como “bando” não se atentando que cada um deles é diferente e ele deve tratá-los de forma diferente. Não o diferente de privilégio, mas sim em suas necessidades. O líder deve questionar sempre: O que posso servir a este liderado para ele servir melhor o cliente ou executar melhor o seu trabalho.
Descuidar-se da comunicação: Quando o líder novato fala algo para os seus liderados, ele não se certifica se eles compreenderam corretamente a missão, pois ele provavelmente é uma pessoa que entende com mais facilidade as coisas e acha que os seus liderados são iguais a ele. Muitas pessoas têm dificuldade em compreender na totalidade o que lhe é passado, portanto o líder precisa se certificar que a pessoa entendeu a mensagem. Faça duas perguntas sobre o enunciado, se a pessoa não responder corretamente, inicie novamente o processo de comunicação.
Continuar a ser um colega: Um líder novo pode polarizar entre a arrogância de se achar superior e começar a cometer excessos ou comportar-se com condescendência, pois fica com medo de perder a amizade daqueles que, eram seus pares. Agora o líder tem uma relação de poder com a equipe e precisará cobrar efetivamente as tarefas tanto servindo os seus liderados como exigindo resultados, obviamente tomando cuidados com as palavras e tom de voz.
Não dar feedback: Este é um problema que não pertence apenas aos novatos. Uma pesquisa aponta que 90% dos líderes não utilizam corretamente esta ferramenta, ou não aplicando feedbacks ou fazendo-o de forma errada. Saiba que um bom feedback tem quatro pontos a serem observados ( resultado, comportamento, plano de ação e monitoramento ), se você não focar em algum destes pontos o seu feedback não será efetivo.
Não delegar: Pessoas que acabaram de conquistar posição de liderança ainda pensam como liderados e não delegam as tarefas para as outras pessoas, muitos pensam da seguinte forma “ninguém faz tão rápido e bem feito como eu faço“, então ele continua fazendo e sendo um operacional. Agora ele é um gestor de pessoas que às vezes operacionaliza, mas isto é exceção e não uma regra.
Se você se identificou com alguns dos erros acima sugiro que você conjugue o verbo aprender; talvez a se desprender de ser um operacional e se prender a ser um gestor de pessoas que não executa tarefas e sim conduz a sua equipe a uma execução assertiva.

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

Ricardo Piovan – PROBLEMAS NO TRABALHO? PARE DE FALAR E REESOLVA

Venho ressaltando em meus textos e palestras de que a reclamação é um dos comportamentos que mais demitem as pessoas. Isto mesmo, a atitude daquelas pessoas que quando ficam insatisfeitas com algo na empresa são abduzidas pelo sentimento da RAIVA  e ao invés de conduzir esta energia ao cérebro para gerar soluções que resolvam seus problemas, elas levam esta energia para os músculos da boca e iniciam o processo da reclamação pelos corredores das organizações.

A RAIVA é o sentimento secundário dos “reclamões”, na verdade isto é uma máscara, pois o sentimento primário ( real ) é o MEDO. Isto mesmo, estas pessoas são na verdade grandes MEDROSOS, pois eles morrem de medo de tomar algumas decisões para resolver aquilo que ele está sofrendo e trilhar caminhos desconhecidos.

Vamos analisar alguns casos:
1- O meu chefe é uma pessoa muito crítica, que a todo o momento me chama atenção e muitas vezes na frente de outras pessoas.
Sentimento secundário:  Fico com RAIVA e reclamo dele para os meus colegas
Sentimento primário: Medo de demitir o meu chefe e não conseguir um novo trabalho a altura
2- Meus funcionários  não dão o resultado esperado na execução das suas tarefas;
Sentimento secundário:  Fico com RAIVA e reclamo deles para o meu diretor
Sentimento primário: Morro de MEDO de buscar conhecimentos de liderança, pois posso descobrir que o erro na verdade é meu.
3- Não consigo bater as minhas metas de vendas
Sentimento secundário: Fico com RAIVA dos clientes, do governo e da concorrência e digo que eles são culpados pelo meu fracasso.
Sentimento primário: Fico com MEDO de buscar ajuda dos vendedores que mesmo num panorama de concorrência dão muitos resultados, pois eles podem me achar inferior.
O mais interessante de tudo isto é que há uma solução para estas situações, e ela está numa frase de Walt Disney onde ele diz: “ Para resolver algo, pare de falar e entre em ação”. O problema é que a maioria das pessoas tem o sentimento primário do MEDO de entrar em ação e paralisam não resolvendo aquilo que tem que se resolver.

Se você conhece alguém assim – ou se você mesmo se percebe neste processo – quero disponibilizar uma parte do quarto capítulo do meu livro Resiliência – Como Superar Pressões e Adversidades no Trabalho, onde destaco um método para resolver problemas profissionais e pessoais. Os 4 passos que apresento no livro eu tomei empresado por algumas figuras emblemáticas como Aristóteles, Dale Carnegie e Peter Drucker. Este último apresenta esta técnica num artigo intitulado “ A decisão eficaz ”.

Bom, não sei quanto a você, mas eu não costumo discutir com estas três figuras, eu simplesmente faço aquilo que eles orientam.

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

Ricardo Piovan – OTIMISMO: A SEXTA COMPETENCIA MAIS VALORIZADA

A consultoria McKinsey fez uma pesquisa com 140 executivos com o objetivo de mapear as características comportamentais mais valorizadas num profissional dentro da empresa, isto é, eles queriam descobrir quais as aptidões mais importantes para um profissional de sucesso, que conseqüentemente traz mais resultados para a organização.
Foram destacadas oito competências básicas, mas a que me chamou mais atenção foi o OTIMISMO.

Há muito tempo reservo alguns minutos para falar sobre esta característica em minhas palestras e treinamentos, pois não há dúvida nenhuma de que profissionais otimistas são muito mais produtivos do que os profissionais pessimistas.
O pessimista quando vê uma dificuldade ele simplesmente para ou age de uma forma mais lenta, pois não acredita que é possível entrar em ação, já o otimista vê a mesma situação e inicia uma busca incessante para resolver o problema, pois ele acredita que esta situação pode ser resolvida.
É como diz a velha frase: “Prefiro ser um otimista que às vezes erra, do que um pessimista que acerta sempre”.

Em meu livro Resiliência – Como superar pressões e dificuldades no trabalho conto a história de Robson Zinder um empresário que perde o seu supermercado num incêndio e vê todo um sonho ruído em chamas. Se Robson fosse um profissional pessimista provavelmente pararia ou andaria muito lento, mas ele é uma pessoa otimista, acredita que é possível reverter a situação e começa a organizar almoços para a sua rede de contatos com o intuito de arrecadar recursos para a reconstrução. Hoje, Robinho chega a agradecer o incêndio, pois reconstruiu o seu negócio deixando-o ainda maior e melhor.

Os otimistas sempre criam melhores soluções para resolver os problemas do trabalho, pois segundo um estudo da mesma consultoria McKinsey, o medo que surge com o pessimismo faz com que o cérebro crie apenas raciocínios de sobrevivência e não age para solucionar os problemas.

E você é uma pessoa mais pessimista ou otimista ? Você acredita que é possível reverter situações complexas ou paralisa mediante as adversidades no trabalho ?
Lembre-se da velha máxima em Programação NeuroLinguistica:
“Se você acha que pode, você está certo, se você acha que não pode você também está certo.”

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

Ricardo Piovan – NÀO INOVAR, UMA ATITUDE QUE DEMITE NA EMPRESA

Recentemente me deparei com um documentário sobre os cães que detectam drogas e bombas em aeroportos, pois com o seu faro apurado eles são treinados para encontrar qualquer atividade ilícita. Até telefones celulares em prisões eles podem encontrar.
A princípio estes cães são muito eficazes para realizar o seu trabalho.
Mas mesmo assim eles estão com seus dias contados nas suas áreas de atuação, isto mesmo, falta pouco para os cães serem demitidos de seus cargos ou perderem esta posição destaque nas suas atividades.
Cientistas testam em caráter experimental abelhas para substituírem os cães, simplesmente porque podem executar o mesmo trabalho de forma mais barata, mais rápida e com uma qualidade infinitamente melhor.
Eles colocam seis abelhas dentro de uma caixa e passam esta caixa pelas malas dos passageiros ou até mesmo em carros estacionados nas ruas e as abelhas avisam se há drogas ou explosivos nestes lugares.
O processo de treinamento das abelhas é bem simples, os cientistas colocam as abelhas perto das drogas ou de explosivos e quando elas se deparam com o cheiro do material é colocado, com um cotonete, açúcar na sua “boca”. Com isso elas são condicionadas a mostrar a “língua” quando sentem o cheiro da droga, mesmo sem o açúcar. Em apenas 10 minutos eles treinam as abelhas a detectarem material ilícito enquanto o processo de treinamento de um cão demora de 6 meses a 1 ano.
Contei toda esta história para que você faça uma analogia com a sua carreira, pois muitas pessoas entram na tal da zona de conforto e repetem as suas atividades dia após dia sem questioná-las se é possível fazê-la de uma forma mais rápida, barata e com mais qualidade e com o tempo perdem terreno para outros profissionais que constantemente reveem seus processos e produtos.
Gostaria de disponibilizar a você um método que desenvolvi para a melhoria constante dos processos no seu departamento e na sua empresa, tornando-se um profissional totalmente necessário na sua organização, não sendo uma pessoa facilmente substituível.

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

Ricardo Piovan – 76% DAS PESSOAS ESTÀO INFELIZES NO TRABALHO

Em 2008 concedi uma entrevista a uma grande rádio de São Paulo e na época eu disse que uma pesquisa nos Estados Unidos havia apontado que 80% dos americanos estavam infelizes no trabalho e que em minha opinião este número não seria muito diferente aqui no Brasil. Lembro-me que a repórter questionou estes números, com certa descrença de que eles seriam reais.

Mas uma pesquisa recente feita pela International Stress Management no Brasil (Isma-BR), realizada com pessoas de 25 a 60 anos demonstra que o meu “faro” não estava errado, pois entre os entrevistados,  76% das pessoas se sentem infelizes com sua vida profissional.

Num mundo extremamente competitivo de hoje, a tônica das empresas é conquistar cada vez mais resultados fazendo com que a pressão do dia a dia seja muito alta. Até este ponto é normal, pois qualquer empresa pressionará seus colaboradores a conquistar resultados.

O problema é a falta de habilidade dos gestores em conduzir este processo, pois a forma como eles tratam os seus liderados faz com que estes sofram criando a desmotivação.

Veja algumas atitudes do líder que promove a infelicidade dos seus colaboradores:

– Ele nega com atitudes os valores da empresa

– Ele desconhece o limite entre a pressão por resultados e falta de respeito

– Ele desrespeita as pessoas no tom de voz e no discurso

– Ele desrespeita as pessoas no excesso de centralização

– Ele desrespeita as pessoas na sua incapacidade de fazer com que elas cresçam

– A ele falta a capacidade de inspirar e motivar os seus liderados

– Ele vai atrás do resultado certo da forma errada.

Como solução para este cenário vejo dois pontos que necessitam ser trabalhados: a primeira é a reciclagem destes líderes que na verdade comportam-se ainda como os velhos chefes de departamento; e a segunda é que os liderados busquem  o desenvolvimento da sua inteligência emocional para saber lidar com este processo de alta pressão com mais assertividade

Saiba que os 24% das pessoas que se consideram felizes no trabalho possuem dois pontos em comum: autoconfiança e objetivos claros e bem definidos para a sua vida profissional e pessoal.
Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

 

Ricardo Piovan – COMO TIRAR PROVEITO DO APAGÃO DE TALENTOS?

Nunca se falou tanto em apagão de talentos no Brasil como nos últimos anos. Este tem sido um efeito colateral negativo do crescimento econômico brasileiro. A falta de profissionais qualificados é a maior preocupação dos CEOS, revela a pesquisa “Global CEO Sudy, realizada pela IBM.

A pesquisa apontou que no Brasil, a falta de mão de obra especializada e competente é o maior problema de 71% dos presidentes de empresas entrevistados. Um percentual superior à média mundial que é de 58%. Ricardo Gomez, diretor da consultoria da IBM América Latina revela: “Com o investimento das empresas aumentando, a competição pelos profissionais mais capacitados aumenta e há dificuldade para preencher vagas”.

Segundo Gomez o déficit de profissionais não ocorre apenas no nível tecnológico sendo que a preocupação com as competências dos funcionários é apontada por 50% dos CEOs brasileiros como principal fator externo que irá impactar o crescimento das empresas nos próximos três anos.

Agora a boa notícia:

Para mim o profissional talentoso é aquele que possui habilidades técnicas e comportamentais excepcionais, isto é, totalmente fora da curva, destacando-se da maioria dos outros funcionários da empresa. O mais interessante é que estas habilidades podem ser natas ou adquiridas, isto é, qualquer pessoa pode desenvolver-se e entrar neste rol de pessoas tão requisitadas no mundo corporativo.

Veja a seguir uma pesquisa, apresentada pela revista VOCÊ SA, da consultoria McKinsey realizada com 140 presidentes, onde foram mapeadas as aptidões comportamentais que fazem a diferença para tornar-se um profissional talentoso:

  • Comunicação oral e escrita: 70% dos CEOs apontam que esta é a principal competência a ser desenvolvida
  • Automotivação: profissionais que tem um motivo pessoal para o trabalho são 5 vezes mais produtivos do que os que trabalham apenas pelo salário no final do mês.
  • Poder de análise /pensamento crítico: 81% dos CEOs entendem que esta será a habilidade mais requerida nos próximos 5 anos.
  • Conexão com o mundo: “profissionais que circulam em grupos diferentes desenvolvem um olhar inovador para antigos problemas “ diz Regina Camargo, diretora da Across.
  • Ser otimista: O pessimismo faz com que o cérebro crie apenas condições de desenvolvimento e pare de enxergar possibilidades reais para resolver situações adversas.
  • Disposição total: 98% dos CEOs contratariam ou promoveriam um profissional de alta energia no lugar de um com energia baixa.
  • Liderança em atividades coletivas: independentemente da sua posição, conseguir fazer com que a equipe se sinta motivada para cumprir um objetivo ou resolver uma situação problemática, é valorizado pela alta liderança.

Minha sugestão é que você faça uma autocrítica em relação aos pontos destacados acima e perceba o quanto você está conectado a estas habilidades dos profissionais de alta performance. Disponibilizo a você também um teste que ajudará você neste processo de avaliação.

Caso você não esteja no patamar dos profissionais talentosos, saiba que nunca é tarde para iniciar o desenvolvimento, pois através de muita leitura, palestras e treinamentos você conquista estas habilidades, pois como vimos o talento pode ser nato ou adquirido, dependendo apenas do esforço pessoal de cada um.

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

 

Ricardo Piovan – MENOS RECLAMAÇÃO E MAIS AÇÃO NAS EMPRESAS

Pesquisas demonstram que a reclamação é um dos principais comportamentos que mais demitem nas organizações brasileiras. Existem algumas pessoas que perante um problema ou uma pressão mais acentuada costumam utilizar a energia da raiva erroneamente, transferindo-a aos músculos da boca e começam a reclamar sem parar, culpando o chefe, o colega, a empresa e até mesmo o cliente ( aquela pessoa que paga o salário do reclamador ).

Na verdade o “reclamão” é uma pessoa MEDROSA, isto mesmo, o MEDO é que se apodera dela, mas como na nossa cultura mostrar medo é demonstrar fraqueza esta pessoa veste a máscara da RAIVA e inicia o processo de reclamação. Na verdade os “reclamões” têm MEDO de entrar em ação para resolver o problema, pois não tem competência para isto, ou até mesmo MEDO de pedir demissão e partir para outra, concorrendo com outros candidatos que com certeza são mais corajosos que ele.

Se você tem estes “reclamões” a sua volta darei duas sugestões para você ajudá-los a saírem deste estado que só atrapalha a carreira deles e a saúde da empresa:

1- Dê feedback: Como já falei em outros artigos_titulo_texto_imagem as pessoas percebem apenas dez por cento daquilo que fazem no dia a dia, noventa por cento do que fazemos está no piloto automático. Dizer em claro e bom tom, demonstrando para a pessoa que enquanto ela reclama muita gente tem sucesso na empresa, você estará mostrando para ela os noventa por cento que ela não vê. Quanto mais pessoas disserem isto para ela, aumentam as chances dela aceitar e iniciar a mudança comportamental.

Mas caso esta opção não adiantar, temos uma segunda sugestão.

2- Afaste esta pessoa de você, para o bem dela e para o seu próprio bem: Na verdade o “reclamão” precisa de duas coisas: da boca dele e da orelha de alguém. Se você não dá ouvidos a esta pessoa ela não tem com quem reclamar e aumenta a chance dela fazer algo para mudar este processo. Afastar estas pessoas é bom para você também, pois muitas vezes ouvimos estas pessoas e também começamos a reclamar.
Sempre que apresento esta segunda opção nos meus treinamentos de inteligência emocional algumas pessoas pensam: “ nossa e se eu durmo com um “reclamão” deste ? ”. Sim, existem pessoas que acordam todos os dias com os “reclamões” de plantão.É necessário compreender que quando reclamamos canalizamos nossas energias para o lugar errado, isto é, utilizamos a energia para produzir palavras que não fazem mudanças e sim que trazem mais problemas. No momento em que as coisas não estão indo de acordo com a nossa vontade é hora de entrar em ação respondendo uma simples pergunta:

– Se eu não tivesse medo, o que eu faria ? A resposta a esta pergunta é o que deveríamos ponderar, analisando os riscos, planejar e realizar, pois pode ser uma das soluções para mudar o que precisa ser mudado.

Finalizo o artigo compartilhando com você uma frase que conduz intensamente minha vida pessoal e profissional:

” Se você quer que algo aconteça, faça acontecer, não culpe os outros ou o destino pela sua falta de iniciativa e competência “

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

 

Ricardo Piovan – POR QUE O SEU PESSOAL NÃO ESTÁ TRABALHANDO BEM?

Sempre antes de ministrar um treinamento ou palestra numa organização é comum a tal reunião de briefing, isto é, conversar com o RH e com alguns líderes para perceber o clima da empresa e os principais pontos que deverão ser abordados no evento. E na maioria das vezes começo a ouvir reclamações dos líderes sobre os seus funcionários, dizendo que alguns são acomodados, incompetentes, desmotivados, cometem muitos erros e etc. Internamente começo a pensar: Esta palestra não deveria ser dada somente aos liderados, mas também para os líderes, pois de acordo com a frase de Ken Blanchard no título deste artigo, o resultado da equipe está relacionado ao grau de eficácia do líder, isto é ao nível de maturidade de quem comanda a equipe.

Convido você a refletir sobre quatro características de um líder que não consegue tirar resultados da sua equipe:

  1. Ele nega com atitudes os valores da empresa – Sabe aquela plaquinha ( missão, valores e visão ) que normalmente fica na recepção da empresa ? Lá estão os valores da companhia e um líder que não consegue resultados tende a negar aquelas frases com suas atitudes e comportamentos no dia a dia. Muitos liderados leem aquelas frases e pensam: “Nem o meu líder faz isto!”
  2. Ele desconhece o limite entre a pressão por resultados e falta de respeito – Busca por resultados é uma coisa, gritar, ironizar e chamar a atenção na frente de outras pessoas é outra coisa completamente diferente. Liderados que são comandados por líderes autoritários não costumam dar tudo de si no momento de executar uma tarefa.
  3. A ele falta a capacidade de inspirar os seus liderados – Um chefe simplesmente manda seu liderado fazer, um líder antes de mandar inspira o seu liderado, mostrando o que deve ser feito e porque deve ser feito, isto é, lhe dá um propósito. Pessoas que tem um motivo especial para trabalhar duro tendem a fazer muito mais do que lhe é solicitado.
  4. Ele vai atrás do resultado certo da forma errada – Algumas vezes ( nem sempre ) este líder  consegue o resultado a curto prazo, mas as suas atitudes desmotivam seus liderados a conseguirem os mesmos resultados para a próxima missão. Um líder autoritário sempre consegue resultados a curto prazo. A médio e longo prazo os resultados simplesmente desaparecem, pois as pessoas não tem um bom motivo para fazer o que deve ser feito.

Caso você seja um líder e preocupou-se com as questões acima, saiba que é possível verificar se você tem ou não a liderança tóxica. Solicite feedbacks de seus liderados, questionando-os sobre os seus comportamentos como líder. Eles são ótimos espelhos para você.

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

 

Ricardo Piovan – BRASIL TEM APAGÃO DE TALENTOS

Nunca se falou tanto em apagão de talentos no Brasil como nos últimos anos. Este tem sido um efeito colateral negativo do crescimento econômico brasileiro. A falta de profissionais qualificados é a maior preocupação dos CEOS, revela a pesquisa “Global CEO Sudy 2010, realizada pela IBM.

A pesquisa apontou que no Brasil, a falta de mão de obra especializada e competente é o maior problema de 71% dos presidentes de empresas entrevistados. Um percentual superior à média mundial que é de 58%. Ricardo Gomez, diretor da consultoria da IBM América Latina revela: “Com o investimento das empresas aumentando, a competição pelos profissionais mais capacitados aumenta e há dificuldade para preencher vagas”.

Segundo Gomez o déficit de profissionais não ocorre apenas no nível tecnológico sendo que a preocupação com as competências dos funcionários é apontada por 50% dos CEOs brasileiros como principal fator externo que irá impactar o crescimento das empresas nos próximos três anos.

Agora a boa notícia.

Para mim o profissional talentoso é aquele que possui habilidades técnicas e comportamentais excepcionais, isto é, totalmente fora da curva, destacando-se da maioria dos outros funcionários da empresa. O mais interessante é que estas habilidades podem ser natas ou adquiridas, isto é, qualquer pessoa pode desenvolver-se e entrar neste rol de pessoas tão requisitadas no mundo corporativo.

Veja a seguir uma pesquisa, apresentada pela revista VOCE SA, da consultoria McKinsey realizada com 140 presidentes, onde foram mapeadas as aptidões comportamentais que fazem a diferença para tornar-se um profissional talentoso:

  • Comunicação oral e escrita: 70% dos CEOs apontam que esta é a principal competência a ser desenvolvida
  • Automotivação: profissionais que tem um motivo pessoal para o trabalho são 5 vezes mais produtivos do que os que trabalham apenas pelo salário no final do mês.
  • Poder de análise /pensamento crítico: 81% dos CEOs entendem que esta será a habilidade mais requerida nos próximos 5 anos.
  • Conexão com o mundo: “profissionais que circulam em grupos diferentes desenvolvem um olhar inovador para antigos problemas “ diz Regina Camargo, diretora da Across.
  • Ser otimista: O pessimismo faz com que o cérebro crie apenas condições de desenvolvimento e pare de enxergar possibilidades reais para resolver situações adversas.
  • Disposição total: 98% dos CEOs contratariam ou promoveriam um profissional de alta energia no lugar de um com energia baixa.
  • Liderança em atividades coletivas: independentemente da sua posição, conseguir fazer com que a equipe se sinta motivada para cumprir um objetivo ou resolver uma situação problemática, é valorizado pela alta liderança.

Minha sugestão é que você faça uma autocrítica em relação aos pontos destacados acima e perceba o quanto você está conectado a estas habilidades dos profissionais de alta performance. Disponibilizo a você também um teste que ajudará você neste processo de avaliação.

Caso você não esteja no patamar dos profissionais talentosos, saiba que nunca é tarde para iniciar o desenvolvimento, pois através de muita leitura, palestras e treinamentos você conquista estas habilidades, pois como vimos o talento pode ser nato ou adquirido, dependendo apenas do esforço pessoal de cada um.

Ricardo Piovan ricardo.piovan@portalfox.com.br

 

Ricardo Piovan – A FELICIDADE NO TRABALHO NÃO SE ACHA, CONQUISTA-SE

Tomei emprestado a ideia central da frase de Léa Waider que diz: “Felicidade não se acha, se conquista” para refletirmos sobre a felicidade no trabalho.

Acredito que a felicidade é algo que devemos criar, e não ficar esperando que ela caia do céu ou que alguém venha e nos proporcione por ser um bom samaritano.

De acordo com Daniel Goleman, autor do Best Seller Inteligência Emocional, uma pessoa inteligente emocionalmente tem a capacidade de se “automotivar” não terceirizando a sua motivação na mão de outras pessoas, tais como, o líder, esposa, marido ou até mesmo a empresa. Saiba que, de acordo com Goleman, toda vez que pensa ou diz que seu líder ou empresa lhe desmotivam você não está sendo inteligente emocionalmente.

Recentemente fui ministrar uma palestra em Belo Horizonte e no aeroporto esperando o avião ouvi duas pessoas conversando: “Não aguento mais trabalhar nesta empresa, as pessoas são incompetentes, não aprendo nada com o líder, tudo é complicado”. Neste mesmo momento me lembrei de uma pequena estória que li no livro de Alexandre Rangel.

Certa vez, um jovem chegou à beira de um oásis e, aproximando-se de um velho perguntou-lhe:

– Que tipo de pessoas vivem neste lugar ?

Ao invés de responder, o velho perguntou:

– Que tipo de pessoas vivem no lugar de onde você vem ?

– Ah! Um grupo de pessoas egoístas e malvadas – respondeu o rapaz – Estou satisfeito de ter saído de lá.

E o velho replicou: – A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui.

No mesmo dia, outro jovem chegou ao oásis e, vendo o ancião, perguntou-lhe:

– Que tipo de pessoas vivem aqui ?

O velho respondeu com a mesma pergunta que fizera ao outro rapaz:

– Que tipo de pessoas vivem no lugar de onde você vem ?

O jovem respondeu: – Pessoas magníficas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste em deixá-las.

– Pois o mesmo você encontrará aqui – respondeu o ancião.

Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:

– Como é possível dar respostas tão diferentes a mesma pergunta ?

Ao que o velho respondeu:

– Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou nada poderá encontrar de bom por aqui. Aquele que encontrou amigos também encontrará aqui. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que está dentro de si mesmo.

A história acima define claramente o que é felicidade, um vendedor vê tudo como problemas e dificuldades, outro vê o mesmo cenário de outra forma, talvez com oportunidades de bons relacionamentos e negócios. Napolen Hill, autor da filosofia do sucesso, foi muito assertivo quanto disse: “ tudo começa pela intenção da gente e determina-se pelo nosso espírito”.

Faça a sua felicidade, não espere alguém fazê-la por você, pois talvez, nem estas pessoas estejam felizes.

 Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

 

 

Ricardo Piovan – 5 MANEIRAS PARA VOCÊ DETONAR SUA CARREIRA

Diz o filósofo que excelência não é aquilo que você faz uma ou duas vezes e sim aquilo que você faz repetidamente. A falta de excelência é a mesma coisa, isto é, aqueles erros que você comete várias vezes e que acabam com a sua imagem profissional, resultando uma carreira que não evolui para patamares mais elevados na organização.

Gostaria de destacar cinco maneiras que detonam qualquer carreira e que talvez estejam detonando a sua:

1- Seja um “reclamão” – Para conseguir uma estagnação completa no seu trabalho seja aquela pessoa que vive reclamando de tudo na empresa, dizendo que o seu chefe não colabora, que a equipe é incompetente e que a organização não contribui de forma efetiva com o seu trabalho. Reclame também do cliente, aquele cara, que paga o seu salário. O “reclamão” é aquela pessoa que vê defeito em tudo e não faz nada para mudar aquilo que ele reclama.

2- Não dê resultado para a empresa – Outra forma fantástica de ser esquecido num canto da empresa é você ser um “passivo”, isto é, ser uma pessoa que apenas traz despesas para a empresa. Se as suas atividades não fazem a empresa gerar dinheiro ou economizar dinheiro, saiba que você está no caminho certo para o esquecimento completo.

3- Não seja um “resolvedor” de problemas – Para potencializar ainda mais a sua estagnação não resolva nenhum problema, a menos que lhe solicitem, isto mesmo, fique na sua, se o seu radar detectar uma situação problemática finja que não é com você e apenas se manifeste quando for solicitado. Ahh … reclame pelo problema ter aparecido.

4- Não busque situação de aprendizado – Este é um dos pontos mais importantes para que você fique paralisado anos na sua carreira. Não leia livros, não assista palestras e em hipótese alguma faça treinamentos. Continue fazendo as coisas sempre do mesmo jeito. Por favor, não procure fazer mais rápido, mais barato ou com mais qualidade as suas atividades.

5- Ande com os perdedores – Afaste-se dos talentos que existem na organização, pois eles podem te contaminar com o entusiasmo deles, levando você a ficar com vontade de não fazer os quatro pontos acima. Ande com as pessoas que vivem reclamando, que não dão resultados e que não resolvem problemas. Acredite, se você andar com os profissionais extraordinários você poderá ter uma recaída e ficar com vontade de estudar para fazer as suas tarefas com mais eficácia.

Garanto a você que seguindo as orientações acima a sua carreira ficará completamente impedida de qualquer sucesso e que você será o primeiro a ser lembrado em uma situação de corte dentro da empresa.

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

 

Ricardo Piovan – COMO LIDERAR SEU CHEFE E FAZER MUDANÇAS NA EMPRESA

De acordo com o “Livro de Ouro da Liderança” de John Maxwell a palavra liderar significa influenciar pessoas. Se partirmos deste princípio podemos especular que toda vez que influenciamos e persuadimos o nosso chefe, ele está sendo liderado por nós.

Veja como a história dos irmãos McDonald’s comprovam a teoria da influência e liderança. Dick e Maurice McDonald fundaram a primeira loja em Pasadena nos EUA e perceberam a oportunidade de expandir o seu negócio através de franquias. Em 1952 começaram a procurar interessados e conseguiram convencer apenas 15 pessoas a comprarem a sua franquia, das quais apenas 10 realmente abriram as portas. Insatisfeitos com os resultados os irmãos se associaram a Ray Kroc, que entre 1955 e 1959, conseguiu abrir cem restaurantes. Quatro anos depois, contava com quinhentos McDonald’s.

A capacidade de influência e persuasão ( liderança ) de Kroc era infinitamente maior que a dos irmãos que eram ótimos proprietários de restaurante. Sabiam administrar um negócio, tornar seus sistemas eficientes, cortar gastos e aumentar lucros. Eram gerenciadores eficientes, mas como líderes, isto é, influenciadores, estavam longe da excelência, pois não conseguiam convencer as pessoas a comprarem sua fantástica franquia.

A história dos irmãos McDonald´s pode estar se repetindo com você, isto é, você tem uma bela idéia ou uma fantástica inovação para a sua área ou para a empresa, mas não consegue convencer as pessoas disto.

Gostaria de apresentar a você cinco dicas preciosas para você liderar a sua liderança, isto é, convencê-los sobre aquilo que acredita:

. CONFIANÇA: antes de vender uma idéia ao seu superior tenha a convicção de que ele o considera uma pessoa confiável e assertiva, pois na maioria das vezes os chefes dizem NÃO “as pessoas” e não “as idéias”, simplesmente porque não confiam que elas realizarão um bom trabalho ou que tenham boas idéias. Antes de vender idéias venda assertividade e confiança.

. CONHECIMENTO: o primeiro ponto que você deve aprimorar é o conhecimento daquilo que você pretende mudar. Seu chefe deve sentir segurança na sua fala, portanto esteja embasado para responder com supremacia a qualquer pergunta que ele faça para você. Se o seu objetivo é a liberação de uma verba extraordinária para vincular uma nova propaganda em algum site da internet, tenha detalhadamente os números de acessos, quem são os leitores, horários de maior visualização e etc. Muitas vezes a informação completa alinhada com a confiança já determina o convencimento.

. ENTUSIASMO: Você está totalmente convencido que a sua idéia é extraordinária? Você precisa apresentar o seu projeto com convicção e alegria demonstrando ao seu chefe que a possibilidade de êxito é certa, se você não estiver convencido de que sua idéia é fantástica provavelmente o seu chefe também não a achará. Apresente antes sua idéia para outras pessoas, talvez elas tragam a luz “gaps” que devem ser ajustados antes da apresentação final.

. TENHA UM PLANO B: Caso não tenha sucesso após demonstrar conhecimento e vender sua idéia com entusiasmo, apresente um plano B para testá-la. Caso esteja querendo uma verba para viajar para outra cidade com o objetivo de aumentar as vendas e não está conseguindo este consentimento, solicite a permissão para fazer ligações a empresas deste novo local oferecendo os produtos por telefone avaliando assim a receptividade, e após colher estes dados diga que apresentará uma planilha demonstrando o interesse ou não das empresas no produto. Com o plano B você deixa a sua idéia viva para reflexões futuras.

. PERSISTÊNCIA: Não desistir é uma das principais características do poder de influência e persuasão, pois ao persistir você reavalia novas formas de fazer ou até mesmo de refletir se cometeu algum erro nos pontos anteriores. Será que sou de confiança? Será que o conhecimento foi suficiente para vender a idéia? Expressei-me com entusiasmo? Apresentei um plano paralelo para aquilo que desejava?

Para finalizar quero deixar para você a célebre frase do grande pensador Napoleon Hill, para que ela te inspire a cada vez mais lutar por aquilo que você acredita e considera importante para você e para a empresa que você trabalha:

“O homem que realmente deseja alguma coisa sempre encontra um caminho, aquele que não deseja tanto assim sempre encontra uns obstáculos.”

Ricardo Piovan – ricardo.piovan@portalfox.com.br

 

Rogério Calusa – AUTOCONCEITO E AUTOESTIMA

Uma cultura é a sabedoria acumulada por um grupo de pessoas. Entretanto, uma cultura também contém a mediocridade acumulada de um grupo de pessoas, e a nossa própria cultura não é exceção.

A sociedade moderna aceita muitos estilos de vida, religiões e visões de mundo diferentes sem o devido questionamento, ou seja, passa a repetir e aceitar como verdade absoluta os padrões de pensamento e comportamento medíocres, levando-nos a deixar de viver a nossa atenticidade, o nosso EU atêntico, para viver um EU validado pelo mundo externo. Censuramos nossos pensamentos, ensaíamos nossas emoções, representamos o que achamos que os outros querem ver, escondemos nossos verdadeiros eus e com isso surge a abnegação, a renuncia de si mesmo ou da nossa verdadeira essência, alma. Muitos de nós estão no processo de tentar descobrir o que é uma vida humana, enquanto nas culturas mais tradicionais essa decisão já foi tomada.

Sabe-se que nossas crenças, independente de religião, e nossos valores exercem grande influência sobre os nossos pensamentos, escolhas, tomadas de decisões e ações. Nossas crenças são profecias autorealizadoras, ou seja, se você acredita que o mundo é um lugar perigoso e ameaçador encontrará um mundo repleto de temores, infelicidade e decepções. Alguém que acredita que o mundo está cheio de oportunidades e deseja experimentá-las, encontra o mesmo mundo repleto de infindável variedade, riquezas e satisfação.

Ainda, essas crenças também exercem uma grande influência sobre o que você pensa a respeito de si mesmo, ou seja, o conceito que você tem de si diante do que faz ou não, do que tem ou não, do que é ou não, do que quer ou não, do que realiza ou não, enfim, o seu autoconceito o acompanha a todos os lugares e afeta tudo aquilo que você experimenta.

A nossa identidade é formada por meio de um processo bastante aleatório de experiências, com resultados positivos ou não, bem como aquilo que os pais e os outros nos disseram ou ensinaram. Apesar das melhores intenções dos pais, professores, chefes, mestres para moldar nosso autoconceito de uma maneira útil, positiva e evolutiva, esse processo é bastante casual, acidental e às vezes trágico. Alguns de nós desenvolveram um autoconceito que funciona razoavelmente bem, enquanto outros não tiveram tanta sorte.

Como resultado, muitas pessoas estão vivendo com um autoconceito que funciona muito mal, que vive nas sombras das experiências do passado, que em alguns casos não lhe pertence e que a decepciona quando mais necessita dele. Independente de você do como aprendeu o seu autoconceito, do como lida com ele e de quais resultados você obtém com ele, saiba que o seu autoconceito pode ser bastante melhorado, basta querer e acreditar.

O seu autoconceito baseia-se principalmente em todas as experiências que estão armazenadas no mundo interior, na memória. Se você pensa em si mesmo como uma pessoa inteligente, lembra os momentos em que demonstrou inteligência e omite as ocasiões em que não compreendeu algo ou cometeu um erro. Alguém que pensa em si mesmo como sendo um medíocre fará o inverso. Isto chamamos foco de atenção.

O seu autoconceito é uma espécie de mapa de quem você é, e como qualquer mapa, ele é uma versão bastante simplificada do território que descreve. O seu autoconceito não deve ficar limitado aos resultados alcançados na vida, pois eles são decorrentes de suas ações. Não deve ficar limitado ao que você faz ou deixa de fazer, uma vez que isto refere-se ao seu comportamento. Não deve ficar limitado ao como você faz ou deixa de fazer, pois isto é a sua capacidade, habilidade. Não deve ficar limitado aos por quês, pois estes são as suas crenças. Enfim, seu autoconceito não é o que os outros querem que seja, ou seja, os rótulos impostos pela cultura do meio ambiente que vivemos . Você é muito mais do que tudo isso, porém perceba os padrões de pensamento e de comportamento existentes que te impedem, que limitam, que duvidam de melhorar e aprimorar o seu autoconceito.

A autoestima é o resultado da avaliação de si mesmo. É a nota do seu autoconceito, isto é, falamos ou já ouvimos as seguintes expressões: “a minha autoestima está baixa”, “a minha autoestima está alta”. O quanto ela está baixa? O quanto ela está alta? Esses indicadores de alto, baixo, bom , ruim nada mais são do que a estimativa, a avaliação de um autoconceito que está atuando internamente.

Quando as pessoas não se sentem bem a respeito de si mesmas, por causa da infelicidade e frustração, com frequência fazem escolhas erradas e podem atacar os outros ou a sociedade de maneiras destrutivas. Em muitos casos, a baixa auto-estima é resultado da comparação que as pessoas fazem com os outros.

Um outro sinal de autoconceito ruim aparece quando as pessoas tentam constantemente fugir de si mesmas por meio de abuso de drogas, comida, beida alcoólica, TV ou outras distrações. Embora elas digam que usam drogas para ficar “alegres”, a maioria dos especialistas na área concordam que é muito correto dizer que elas usam drogas para se sentir normais, para fugir da ampla variedade de sentimentos ruins, como frustração, culpa, vergonha, arrependimento, raiva e outros.

Os valores são a base para que o bom funcionamento do seu autoconceito proporcione o tipo de comportamento satisfatório que conduz à autoestima. Você valoriza experiências boas e valoriza negativamente as ruins. Uma vez que muitas coisas e eventos são importantes para você, e de muitas maneiras, você possui muitos valores diferentes. Um único evento pode ser valioso de diversas maneiras e muitas experiências podem ser valiosas da mesma maneira.

Contudo, algumas vezes você descobre que os seus valores estão em conflito. Mesmo em uma situação bastante simples, como escolher uma refeição em um restaurante, diferentes valores entram em ação e precisamos escolher aqueles que são mais importantes. Você pode estar com fome, portanto gostaria de comer muito, mas planeja fazer exercícios mais tarde, por isso seria melhor comer menos. Aquela sobremesa pode parecer muito tentadora, mas você quer perder peso. Talvez seja um restaurante caro, portanto você decide pedir uma refeição mais simples para economizar. Essas escolhas seguem uma hierarquia interna de necessidades e de prioridades, na qual os valores se alternam em função da hierarquia predominante no momento. Por exemplo, lembre-se de algo que foi certo no passado e que agora no presente já não é. Isso foi certo para quem? O que mudou? Será que no futuro isso poderá ser correto novamente?

Enfim, cuide de seu autoconceito para fortalecer a sua auto-estima. Valorize seus valores e respeite o seu mundo interior. Faça dele o seu espaço sagrado.

Rogerio Calusa – rogerio@institutocalusa.com.br

 

Roseli Santos de Oliveira – O PROFESSOR E O COMPORTAMENTO

Tive a oportunidade de assistir um filme – As Patricinhas de Beverly Hills – o que me fez recordar o comportamento de professores, que tive ao longo da vida escolar. O filme, de forma cômica, relata a história de uma estudante adolescente, que na tentativa de ajudar seus colegas de classe, tenta aproximar dois professores solitários.

No filme podemos observar a história daqueles professores, que não conseguem separar os problemas da vida pessoal e da vida profissional, levando o comportamento pessoal para sua aula (“cara amarrada”, mau humor, autoritarismo, frustrações, etc.). Como conseqüência ocorre um relacionamento ruim com os alunos e consequentemente rendimento baixo na aprendizagem e nas notas.

Realmente é uma comédia muito divertida, porque a Patricinha consegue aproximar os dois professores, tornando-se aparente a mudança de comportamento deles. O relacionamento com os alunos melhora com essa mudança, que é transferida para a vida profissional, por estarem num estado de bem-estar com eles mesmos. Transferem o comportamento para a sala de aula, melhorando o relacionamento com os alunos, notas etc.

Recordei minha infância, enquanto observava o comportamento daqueles professores e lembrei-me de como nos sentíamos diante da presença de professores semelhantes a eles. E infelizmente, essa mesma situação se repete em muitas escolas apesar dos tempos de globalização,  métodos e estudos dos profissionais da área.

Ainda hoje existem esses modelos antigos mais tradicionais, que procuram avaliar com provas subjetivas ou de linguagem restrita e mal formulada. Conseguem expressar-se muito mal e limitadamente sobre o que querem nas avaliações, obtendo baixo rendimento dos alunos e o mais absurdo é o fato de  admitirem, que o problema está no  aluno.

Obviamente não fazem isso de propósito ou com má intenção, muito pelo contrário, essa é a melhor maneira deles agirem para que seus alunos aprendam. Mas, o que eles ainda não observaram, é que essa maneira de agir pode traumatizar  seus alunos, causando problemas de relacionamento e aversão à sua matéria. Consequentemente será gerado um mal estar entre eles – professor. e aluno – e não momentos que poderiam ser agradáveis, favorecendo a aprendizagem. Assim ocorrerão bloqueios, porque sob tensão é quase impossível haver aprendizagem sadia e efetiva.

Os profissionais da Educação mais atualizados (que tem investido também no auto-conhecimento, auto estima e comunicação) sabem que a base para a aprendizagem começa no relacionamento (antes do domínio do conteúdo de sua disciplina ou do conhecimento de qualquer método de ensino). Procuram tornar suas aulas agradáveis, divertidas, conhecendo a si mesmo e o outro. Assim acabam atingindo seus objetivos, tornando-se modelos positivos para os alunos.

Por que num cursinho pré-vestibular, muitas vezes, se aprende com maior facilidade?  Porque alguns professores “gabaritados” procuram tornar as aulas divertidas. O aluno entra num estado de relaxamento mental, ficando fácil associar a brincadeira à matéria, tornando-se quase impossível o esquecimento do conteúdo.

Convido os professores a repensarem seus comportamentos, fazendo uma auto-avaliação de suas condutas em sala de aula. E às escolas, investirem mais na parte humana de relacionamento e comunicação de seus professores, antes de métodos e técnicas. Afinal o objetivo é fazer com que o aluno tenha interesse, aprenda e seja bem sucedido.

Gostaria também de fazer a colocação de um fator, que tem bloqueado a interação professor – aluno, pela maneira como tem sido conceituada –  a avaliação.  Essa como tem sido feita, não mede conhecimento nem capacidade de ninguém. Sendo assim não deve aprovar, nem reprovar ninguém. Não deve ser utilizada como uma arma contra o aluno. A Avaliação é um instrumento pelo qual o professor se orienta, para saber até onde atingiu seu objetivo, além de saber como tem estado sua comunicação com os alunos.

Se o professor não consegue fazer os alunos entendê-lo, deve tentar outros meios de se comunicar com eles. Para isto precisa investir na mudança de comportamentos, em sua comunicação. Assim conseguirá significativa melhora.

Roseli Santos de Oliveira – roseli.pnl@gmail.com

 

Roseli dos Santos Oliveira – O MOMENTO É DE MUDANÇA

O mundo está em constante transformação. Fazemos parte dele, portanto, também passamos a todo momento por mudanças tanto biológicas como psíquicas. Nenhum de nós fica fora do impacto dessas mudanças.

Nossas empresas e instituições também estão passando por profunda crise, pois as pesquisas demonstram que em 4 anos as formas de administração atuais estarão obsoletas, e os empregos atuais desaparecerão nos próximos 15 anos.

Será que estamos “emocionalmente” preparados para enfrentar tais desafios?

“Pesquisas científicas demonstram que, para mudar nossa “maneira de ser”, necessitamos reconhecer e gerenciar de forma positiva nossas emoções. Ter clareza de nossos valores e agir em congruência com eles.”

Precisamos fazer uso da sabedoria, “ser mais inteligente”.  É o momento de reciclar velhos comportamentos para dar vazão à novas condutas. Desenvolver habilidades mais condizentes com a realidade. Não é fácil resolver os problemas em ambientes onde as taxas de “mal estar emocional” aumentam dia pós dia –  ameaças financeiras constantes, ritmo de vida acelerado, ansiedade, estresse, competitividade desenfreada, dissolução de famílias, solidão, violência, guerra etc.

Graças a novas descobertas da ciência do comportamento humano já podemos ‘vencer’ problemas emocionais, adquirindo equilíbrio emocional. Porque, para “ser mais inteligente” basta aprender e se educar. É apenas uma questão de COMO.

O clássico conceito do que é ser inteligente, se referia exclusivamente à função lógico matemática e lingüística. Hoje sabemos que estas representam 20% de um total que, se refere à inteligência. Este conceito clássico atribuía a duas funções (lógico matematica e lingüística) o sucesso do ser humano, as quais são avaliadas em teste de QI, sem levar em conta a grande capacidade de talentos que contam para a vida.

Estudos no campo da neurociência provaram que o homem não pode mais ser definido como animal racional. Foi cientificamente comprovado  que, antes de pensar de maneira consciente, o homem começa a agir, e as principais decisões racionais  são influenciadas pelo inconsciente através de impulsos emocionais.

Por esta razão é que encontramos pessoas brilhantes que, se perdem em paixões descomedidas e pessoas com alto nível de QI, como pilotos incompetentes de suas vidas particulares.

Pesquisadores do comportamento humano, recentemente, demonstraram que, para viver a vida de modo bem sucedido é preciso desenvolver a inteligência das nossas emoções. Ela está intimamente relacionada ao processo de aprendizagem. Pode ser estimulada ou inibida, de acordo com a maturação neurológica e a interação com o ambiente. A chave para estimular os diferentes talentos, ou seja –  a inteligência  –  é a prática, ou o processo de aprendizagem emocional.

Estamos diante de um novo paradigma que, afirma a maleabilidade dos circuitos cerebrais na  mente humana. Portanto, não existem vitoriosos e fracassados no jogo da vida por culpa de uma “loteria genética”.  Os circuitos cerebrais podem ser trabalhados para o desenvolvimento, sendo assim  – “temperamento não é destino, inteligência se educa e se aprende”.

Esta mudança de paradigma nos convida a realizar uma profunda transformação pessoal e profissional. Muitas pessoas estão protelando, isto as deixam em desvantagem porque, é chegado o momento. É ela quem nos permitirá flexibilizar e ampliar nossa visão de mundo, das relações humanas, da saúde e dos negócios. 

“A Revolução Industrial fez com que mudássemos o modo de fazer as coisas neste planeta;

A Revolução Digital exige que mudemos nossa maneira de ser”.

Roseli Santos de Oliveira –  roseli.pnl@gmail.com

 

Scher Soares – O CATOLICO QUE NÃO PRATICAVA

Certamente você já ouviu alguém afirmar ser “católico não praticante” e é justamente a respeito desta afirmação que gostaria de propor a seguinte reflexão:

Como alguém pode ser algo que não pratica?

Imagine só você se este conceito for estendido para outras áreas. Provavelmente, teremos algum tipo de resistência para aceitar pessoas que são honestas, porém que não são praticantes, profissionais que são comprometidos, porém que também não são praticantes e mesmo pessoas que se intitulam, por exemplo, ser empreendedoras, porém que não são praticantes.

A despeito de situações específicas, como, por exemplo, um profissional formado em engenharia, mas que nunca exerceu a profissão, um pai divorciado que não tem nenhum vínculo e relação com o filho e por isso não é um praticante, é importante entender que é considerado complexo considerar “ser” algo que não se pratica. Penso inclusive, que esta forma de abordar este conceito faz parte de um recurso desenvolvido pelos seres humanos para criar certo conforto consigo mesmo diante de algum padrão de crença ou exigência social que o impele a encontrar um meio de se inserir em um contexto socialmente aceito e até politicamente correto.

Isso ocorre também com as diversas pessoas que adquirem livros que pouco ou nem sempre são lidos. É como se o ato de comprar o livro gerasse um sentimento de conforto a partir da percepção de interesse e dedicação. Como se uma voz interior, tendenciosa e parcial te soprasse nos ouvidos algo como: Ok, você é uma pessoa realmente interessada e dedicada, o ato de comprar este livro demonstra seu nível de atenção à importância do seu desenvolvimento cultural e intelectual.

Chamo a este fenômeno de: “Os leitores da sinopse”, pessoas que travam o primeiro passo do processo, que é comprar o livro, mas que, como que no canto da sereia, rendem-se a voz interior tendenciosa e parcial e abandonam seus planos de ir em frente e efetivar a leitura do livro, condenando os mesmos ao repouso na prateleira.

Este sintoma social, de elevada influência negativa no ambiente empresarial inclusive, pode ser facilmente definido como a ausência de congruência ou simplesmente explicável como a – esta sim quase inexplicável – distância entre o discurso e a ação.

Porém, a distância entre estes dois pontos pode ser resultante de diversos processos distintos com origens igualmente distintas e há recursos relacionados à área do desenvolvimento pessoal que podem surtir poderosos efeitos positivos, sendo um deles o alinhamento dos níveis neurológicos, no qual podemos levar os seres humanos a um processo de consciência quanto à identidade, crenças, capacidades, comportamentos e contexto, além do nível espiritual que trata do aspecto que a maioria das pessoas se relaciona com algo além de si mesmas.

Os Níveis Neurológicos da Experiência

No nível do contexto, estamos falando do ambiente no qual estamos inseridos; é tudo o que nos rodeia e as pessoas com que nos relacionamos.

O segundo nível, chamado de nível do comportamento, retrata as nossas ações e tarefas específicas que realizamos dentro deste contexto, o que fazemos propriamente dito.

O nível três, conhecido como o nível das capacidades, reflete quais as habilidades e capacidades que são necessárias para cumprir justamente com as tarefas que fazem parte do contexto.

O quarto nível é o nível das crenças e valores, aquilo no que acreditamos e que é importante para nós. Este é o nível que reflete o significado e propósito e que permite, uma vez alinhado com os outros níveis, que você atue de forma congruente com os seus valores e crenças.

Em seguida, vem o nível da identidade; retrata um pouco da sua missão de vida e nossa autoconsciência básica. A simples confusão, indefinição ou mesmo falta de clareza quanto a nossa identidade vem sendo uma das alavancas para o desalinhamento dos níveis, resultando em incoerências fabulosas.

Por fim, o nível da espiritualidade, que reflete “quem mais” consta do meu contexto de relacionamento, com o que eu me relaciono além de mim mesmo.

A simples análise destes níveis em um processo sistêmico nos permite identificar a importância do alinhamento entre os mesmos para se adquirir um mínimo de coerência e congruência. Experiências em um contexto que não esteja alinhado com a minha identidade e crenças, por exemplo, certamente vão se caracterizar por doses de conflito e mesmo de inconsistências; ao mesmo tempo, uma vez assumida determinada identidade, a mesma carecerá de capacidades e comportamentos específicos para o exercício adequado desta identidade em determinado contexto.

Em síntese, compreender a natureza dos níveis neurológicos e observar as demandas por alinhamento entre os níveis certamente vai colaborar para se obter a tão desejada congruência entre o que queremos, o que fazemos e o que obtemos; entre outras coisas, isso te permitirá sentir-se mais completo e feliz.

Scher Soares –  scher.soares@grupotriunfo.com

 

Scher Soares – VOCÊ É CAFÉ COM LEITE?

Lembra dos seus tempos de infância? Lembra que quando alguém com suposta “menor capacidade”, devido à idade ou à falta de conhecimento sobre determinado jogo ou brincadeira, entrava na atividade e era denominado “café com leite”?

Não sei vocês, mas recordo bem que eu e meus amigos não suportávamos o tratamento de “café com leite”. Relembro hoje, com alegria, dos momentos em que interrompemos o curso da brincadeira para pleitear um tratamento idêntico aos demais – mesmo que isso significasse pancadas e tombos comuns à esfera “mais crescida” da turma.

Este era um dos nossos principais desafios: deixar de ser “café com leite”. Essa denominação denota falta de capacidade de ingressar na atividade com competência, participação ativa e condição de influenciar no resultado. Não era nada bom seu um “café com leite”.

Pois é, muitos de nós, em algum momento, já fomos “café com leite”, mas o tempo passou. Crescemos e fomos agregando habilidades, competências e atitudes, constituindo pontes, as quais nos permitiram transpor as barreiras que separavam os “cafés com leite” dos pretensos “profissionais”.

Começamos a adquirir atributos que nos permitiam, em primeira estância, ingressar na média do grupo. Em alguns casos, estes atributos vieram em forma de diferenciação e chegamos mesmo a adquirir a condição de melhor do grupo, nisso ou naquilo. Nossa participação nas atividades tornou-se ativa e nossa capacidade de influir no resultado já demonstrava claramente que havíamos deixado a condição de “café com leite”.

Estávamos preparados para ingressar em uma atividade mais ampla, profunda, abrangente e bem conhecida de todos: a VidA. Fomos apresentados ao seu roteiro e a suas regras. Conhecemos os recursos primários e secundários e seguimos para nos integrar a um já extenso grupo de participantes. Uma vez iniciados, fomos nos familiarizando e, aos poucos, tivemos algumas surpresas.

Apesar de o tempo ter passado para todos, alguns ainda se comportam como “café com leite”. Agem de forma displicente, sem compromisso com performances ou resultados. Fingem participar ativamente, em meio aos outros, mas na verdade apenas transitam de um lado a outro sem maiores empreendimentos estratégicos e táticos. Confundem esforço com resultado. Com freqüência, são tomadas por um torpor idiota diante dos desafios da vida. Habitualmente usam da adulação para conseguir um pouco de atenção. São competentes em bajular “o dono da bola”, para conseguir entrar no time. Vão passando despercebidos pelo mundo, sem dar nenhuma grande contribuição. Se nas suas barganhas chegam a provar um pouco o gosto da vitória, isso por vezes é suficiente para mitigar as esperanças com as quais saíram para o mundo e que, normalmente, dizem respeito ao próprio desempenho. E vão seguindo como “cafés com leite”.

Recordo de um livro que diz: “a maioria de nós dissimula o próprio fracasso em público com muito mais sucesso de nós mesmos. Não é difícil ignorar o fato de que fazemos muito menos do que somos capazes de fazer, muito pouco do que planejamos mesmo modestamente realizar antes de atingirmos certa idade e nunca, provavelmente, tudo o que um dia aspiramos”.

Talvez obstáculos e desafios os tenham levado à conveniência de portar-se como um “café com leite”.  Mas, se deseja seguir em frente e alcançar seu ideal de sucesso, é preciso emergir a zona da consciência, fazer uma auto-análise e promover as correções de curso necessárias.

É importante perceber que é impossível seguir um caminho neutro: ou ele lhe deixa mais próximo ou mais distante dos seus objetivos. Falaremos disso com calma em outra oportunidade. Mas lembre-se: “de qualquer forma, você está em movimento”.

Portanto, avalie os movimentos da sua vida e questione-se: em quais áreas da sua vida você ainda é “café com leite?”

Reflita. Aja. Triunfe!

Scher Soares – scher.soares@grupotriunfo.com

 

Scher Soares – VOCE JOGA BEM FORA DE CASA?

Assistindo algumas partidas de futebol, pude observar curiosamente as interações verbais entre os comentaristas esportivos.

Como estudioso do comportamento humano e por conseqüência dos processos de comunicação, acabei por deter-me em uma ênfase a respeito de uma situação, na qual um empate estava sendo considerado um bom resultado por se tratar de uma partida “fora de casa”. Em uma rápida viagem pelo tempo, pude recordar através de situações reais, que nossa sociedade criou um mecanismo que permite transformar um empate em um resultado positivo, apenas pelo fato da partida em questão ser “fora de casa”.

Bom, nesse momento passei a racionalizar o processo e a contabilizar quais são os aspectos que influem decididamente no contexto de uma partida de futebol. Cheguei à conclusão, que a despeito do local e em muitos casos da torcida, todos os outros elementos mantém o mesmo nível de semelhança, o que contribui para que esta experiência seja algo mais emocional do que racional. Em casos específicos como partidas de futebol em estádios como o Morumbi e Pacaembu, que são freqüentados por ambas torcidas, a crença justifica-se menos ainda.

Mas, contudo existe de fato esta crença; Ainda que a mesma tenha sido lançada como uma artimanha do comportamento humano para justificar um resultado abaixo do esperado e a despeito de ter conseguido a incrível façanha de transformar um empate em um resultado positivo, a crença mostra toda sua força e poder ao impelir um jogador a sentir-se em desvantagem pelo simples fato de estar jogando “fora de casa”, ao mesmo tempo em que reforça a auto-estima e autoconfiança de outro, que por “jogar em casa”, sente-se dotado do favoritismo e previsibilidade positiva.

Cabe aos técnicos, esclarecer com o seu time o impacto destas crenças, e cabe a você fazer um inventário sobre as suas crenças e descobrir possíveis crenças limitadoras que possam estar lhe impedindo de “jogar bem fora de casa”.

Afinal, pênalti não é loteria, é competência!

Scher Soares – scher.soares@grupotriunfo.com

 

Scher Soares – VC VAI DEIXAR PARA DEPOIS?

Antes de tudo, responda a três perguntas:

  1. Quem são as pessoas de confiança que você conhece?
  2. Você está entre estas pessoas?
  3. Você confia em você mesmo?

Vou explicar!

Quando alguém firma um compromisso com você e não o cumpre, provavelmente isso abala um pouco – ou totalmente – a confiança que você depositava nesta pessoa correto?  E quando é você que não cumpre o compromisso consigo mesmo, o que costuma fazer? Normalmente deixa de lado? Está acostumado a quebrar os próprios compromissos?

Estou lhe fazendo estas perguntas, para que você reflita sobre quantas vezes você criou um compromisso com você mesmo e depois não cumpriu. Quantas e quantas vezes, você esteve diante da necessidade ou da oportunidade de fazer algo que pudesse melhorar sua performance, seus resultados, e você exclamou: “Vejo isso depois”.

Está certo que nem sempre temos o devido tempo para fazer as coisas naquele determinado momento, mas, de todas as coisas que você ficou “de ver depois”, quantas de fato você viu? Quantos livros, quantas revistas, quantos artigos_titulo_texto_imagem de jornal, quantos cursos, treinamentos entre tantas outras coisas você deixou “para ver depois”?

Recentemente, enviei a um amigo um e-mail que recebi de uma empresa sobre uma oportunidade de trabalho que o interessava. Dias mais tarde ele ficou sabendo que a vaga já havia sido preenchida, e ele não chegou sequer a enviar o seu currículo, pois deixou para “ler o e-mail depois”.

Deixar para depois o que você pode fazer agora é um péssimo hábito. O adiamento e a procrastinação são elementos antagônicos ao seu sucesso pessoal e profissional. Portanto, se você deseja obter melhores resultados em sua vida, inicie já o processo de exterminar o “deixar para depois”.

Se você chegou até este ponto da leitura, meus parabéns! De fato você é uma pessoa que cumpre os seus compromissos consigo mesmo. Se tiver intenção de avaliar a força que o hábito do adiamento exerce sobre as pessoas, faça o seguinte teste: pergunte a todos quantos você saiba, receberam também este artigo e verifique quantos de fato chegaram a ler por completo o referido texto. Eu espero honestamente, que muitos tenham lido, mas com toda certeza, outros “deixaram para depois”.

Uma última dica! Todos nós possuímos pontos fortes e pontos a desenvolver. Sabemos também que devemos produzir melhorias nestes pontos a desenvolver, se quisermos evoluir como seres humanos e como profissionais. Portanto, relacione três dos seus pontos a desenvolver e reflita sobre como pode evoluir nestes três pontos e o que necessitará fazer.

Você pode fazer isso agora? Ou vai deixar para depois?

Reflita. Aja. Triunfe!

Scher Soares – scher.soares@grupotriunfo.com

 

Sueli Rodrigues – O DESAFIO DE ALINHAR MISSÃO, ESTRATÉGIA E COMPETÊNCIA

“Se você quiser construir um navio, não convoque homens para juntar madeira, dar ordens e dividir o trabalho. Antes, ensine-os a se apaixonar e desejar o eterno e distante mar”. (Antoine Saint-Exupéry)

Esse pensamento do autor do best-seller “O Pequeno Príncipe”, escrito em 1943, não poderia expressar melhor o que deve orientar, nos dias atuais, todo processo de ensino, especialmente o desenvolvimento de competências.

Quando chegamos a profissionais de Vendas, por exemplo, e perguntamos o que eles fazem, é muito comum ouvirmos como resposta: “Eu vendo tal produto ou serviço”; ou “Atendo clientes…”

Então, comparamos o que dizem com a Missão da sua empresa – geralmente, muito bem escrita, com propósitos elevados – e vemos o quanto a visão e ação desses colaboradores estão distantes do que sonham seus gestores para sua organização, escancarando, assim, o enorme descompasso existente entre a Missão/Visão Estratégica e a Competência.
Existe uma diferença enorme, por exemplo, entre “Vender um produto” (competência) e “Criar um valor diferenciado ao cliente por meio da construção de uma forte relação…” (missão da empresa).

Analisemos o varejo de celular – um dos segmentos que mais cresceram nos últimos anos. Vamos refletir: o que significa um celular nos dias de hoje? Se esquecermos a carteira de dinheiro em casa, é possível que não voltemos para buscá-la. Mas se esquecermos o celular, ah!… Hoje, o celular é como uma extensão do corpo, quase uma roupa, uma calça, camisa. Sair sem celular é estar “a pé”. Simplesmente não podemos mais viver sem ele. Por meio de um celular fazemos negócios, iniciamos (ou terminamos) relacionamentos, nos divertimos, pegamos e-mail em qualquer lugar, entramos em contato com as pessoas que amamos, em qualquer momento em que a saudade aperta… Até aquele pedreiro, pessoa humilde, que adquiriu seu celular (um modelo simples, a cartão, comprado em doze vezes sem juros) dá o tom da importância do equipamento, quando diz: “Olha dona, depois que eu comprei esse celular, nunca mais me faltou trabalho, por que as pessoas me acham para contratar o trabalho do dia seguinte. E, sabe, com isso, graças a Deus, nunca mais minha família passou necessidade!” Ora, diante de um depoimento comovente desses, podemos dizer que, simplesmente, “vendemos celular”? Somente isso? Vendemos a possibilidade de fazer as pessoas mais felizes por meio de um celular. Então, se vendemos um facilitador para a “felicidade”, como podemos, por exemplo, em nossa argumentação de vendas, falar somente em características técnicas?

Um treinamento que ensina meramente conceito e técnica reforça o “vender produto”, mas não estimula um comportamento orientado para a solução do cliente, afinado com os propósitos da Organização. Venda é algo maior. Vender é entender de gente. E gente muda. Assim como a maneira de fazer negócios com ela. Se os vendedores não internalizarem isso, os resultados nunca ultrapassarão o esperado. E, o que é mais grave: será difícil a empresa chegar ao posicionamento de marca desejado.

Mais do que “ensinar a pescar”, todo processo de ensino deve ir além. O verdadeiro aprendizado ocorre de dentro para fora. Trabalhar no âmbito do cognitivo, assimilando conceitos, é importante, mas a pessoa aprende, verdadeiramente, a partir da vivência e análise de experiências que desenvolvem a percepção e a consciência, instrumentalizando-a com referenciais que, uma vez acionados, detonam comportamentos diretivos.

Mais do que passar informações, ensinar uma teoria ou técnica, é preciso ajudar o aprendiz a encontrar um sentido para a ação. Estamos falando no que mobiliza afetivamente as pessoas, fazendo-as perseguir objetivos, não tanto pelo gosto de chegar lá, mas pelo prazer da caminhada (apaixonar e desejar o eterno e distante mar).

Empresários e gestores precisam entender que, por trás de marcas, produtos, propaganda, relações comerciais, há sempre seres humanos dotados de sentimentos, crenças, valores, expectativas. Nenhuma estratégica mercadológica, por melhor que seja, será bem-sucedida se não priorizar o universo das Relações humanas. O Marketing começa nas pessoas e termina nelas.

O que acontece é que, ávidos por ações imediatistas, muitos gestores ainda acreditam que treinamento é coisa simples. Com apenas uma palestra motivacional solucionarão seus problemas. Esquecem que ninguém transforma a ‘visão de mundo’ que uma pessoa forma ao longo de anos, em apenas um dia ou algumas horas. A capacitação e o aperfeiçoamento devem ser um processo permanente, sistêmico, holístico. Ao possibilitar ao funcionário ampliar o seu universo de informações qualificadas, estimulando-o a refletir e a aprimorar suas habilidades, a reavaliar seus valores e crenças, a empresa ganha em competitividade e eleva o que se pode chamar de inteligência interna.

Assim, a implantação de um processo de educação corporativa deve ser feita de forma criteriosa para que os resultados sejam efetivamente positivos. Um bom programa começa pelo entendimento da Missão/Visão estratégica da empresa em linha com os valores extraídos e (bem) compreendidos do Cliente; passa pelo mapeamento das competências exigidas e das competências existentes com vista a atender a Proposição de Valor; segue pela identificação dos gap’s e pelo desenvolvimento de um Programa de Educação Continuada sob medida – programa esse alimentado por estímulos de Atitude e pela permanente mensuração de resultados, pautada em métricas bem definidas, reais.

Tudo isso exige tempo e dinheiro? Sim. Mas dá para medir resultado? Claro. Já foi a era em que treinar era despesa. Hoje é investimento. E, se bem feito, com o melhor RSI (Retorno Sobre o Investimento)!

Afinal, tente frear homens “apaixonados e desejosos do eterno e distante mar”

 Sueli Rodrigues – www.consultoriasr.com.br

 

Tom Coelho – A HORA DE PARAR

Ambição é uma coisa boa. Ela nos desperta desejos, promove o comprometimento, estimula a perseverança. Torna-nos mais fortes e nos faz buscar a superação. Pela ambição conquistamos mais posses e mais poder.
Sentimo-nos mais ricos, mais bonitos e até mais livres. O que a estraga é a ganância.  Como tudo na vida que desgarra da ponderação do equilíbrio, a ambição desmedida evolui para a ganância. Nesse estágio, o desejo vira cupidez; o
comprometimento, obsessão; a perseverança, teimosia. As posses denotam opulência; o poder, prepotência. A liberdade se esvai e renasce como fênix, enjaulada.

O problema é uma questão de proporção. Na escalada para o progresso, não sabemos – ou não aceitamos – a hora de parar. Tome como exemplo o mundo corporativo. Uma empresa lança um produto ou serviço que é bem aceito pelo mercado. Realiza um lucro considerável e resolve reinvesti-lo. E, ao prosseguir nesse processo, eleva ainda mais seu
volume de vendas e faturamento. Mas também seus custos. A cada nova rodada, mais matéria-prima e mais mão de obra são necessárias. Os investimentos em marketing e infraestrutura, entre outros, são igualmente crescentes.

O que muitas vezes não se observa é que há um determinado momento em que o processo deve ser interrompido sob pena de se ingressar no que a teoria econômica chama de “deseconomia de escala”. A matemática tem uma imagem
singular para ilustrar isso: o ponto de inflexão. Num gráfico cartesiano, é o momento em que a curva muda sua concavidade, ou seja, se a linha era crescente, passa a ser decrescente.  Em suma, isso significa que mais faturamento não representará
indefinidamente mais lucro. Ou seja, trabalha-se mais para ganhar-se menos! E tudo porque a ambição, antes saudável e responsável pela prosperidade do negócio, visita o reino da ganância e não aceita o momento de parar quando o
ótimo foi atingido.

Na vida pessoal não é diferente. Defendo a tese de que relacionamentos amorosos, por exemplo, têm prazo de validade. E me alinho aos votos sagrados de “até que a morte os separe” juramentados na celebração dos casamentos. O ponto é: de qual morte estamos falando? As pessoas imaginam tratar-se da morte física. Prefiro interpretar como a morte do sentimento.
Todo início de relacionamento é mágico. É quando se pratica o jogo da conquista e da sedução. Nossas ações são orquestradas e as palavras escolhidas de forma meticulosa. Mostramos o que temos de melhor: nossa vida
é virtuosa, nossos valores são nobres e nossos feitos são admiráveis. Vestimos as melhores roupas, usamos os mais agradáveis perfumes. A pele tem viço; o olho, brilho; o sorriso, autenticidade.

Os ambientes por onde circulamos são aconchegantes. A bebida parece sempre gelada, mesmo que seja um conhaque, e a comida sempre saborosa, mesmo que não seja consumida. Tudo isso acontece porque estamos envoltos numa atmosfera de encantamento e sinergia, embevecidos pela eficiência do diálogo, que corre fácil, posto que há muito por se falar, anos para se compartilhar. Queremos em um par de horas nos desnudar, não apenas das roupas, mas de nossa história pessoal, mostrando quem somos, de onde viemos e para onde queremos ir – e o destino reserva lugar ao interlocutor, a figura amada, quase inanimada, que nos sorri. O processo é o mesmo para homens e mulheres. Diferem as estratégias, as táticas, mas não os propósitos. Transcorrida essa etapa consuma-se a conquista. Bocas que se encontram,
braços que se enlaçam, corpos que se aquecem. E então, vive-se o romance que nutre e cega. O horizonte se retrai.

A estabilidade leva a relação a mares calmos e a ausência de ondas revela o que antes não se podia enxergar. Descobrimos – e revelamos – que virtudes carregam consigo defeitos, que amabilidade é temperada com eventual
intolerância e que gentilezas são bonificadas com fleuma.  É nesse momento que se estabelecem os limites entre paixão e amor. É quando a união amadurece. É quando percebemos que o beijo ardente e o sexo prazeroso são imprescindíveis, mas não únicos. O diálogo ganha novos temas, mas não se perde. E notamos, como bem pontuou Gabriel García Márquez, que amamos quem está conosco não por quem a pessoa é, mas por quem nos tornamos na presença dela. Agora, trata-se de manutenção. De conquistar um pouco mais a cada dia. Ou tudo novamente.

Mas a natureza nos reservou um mundo dual. Dia e noite, quente e frio, yin e yang. E, não raro, os relacionamentos não apenas se desgastam, mas se esgotam. Não há mais calor no beijo, os olhares se desviam, os diálogos são
fúteis. Primeiro, a discórdia. Depois, o conflito. Por fim, o confronto. Transformamos nossas cabeças num cemitério de lembranças e passamos a cultivar toda ordem de sentimentos negativos. O pacote vem completo, com mágoas, ressentimentos, infidelidade, desamor e tristeza. Esperamos resolutamente que um extremo seja alcançado para tomar a decisão da separação que poderia ter florescido quando ainda havia respeito e admiração mútuos.

Não sabemos terminar.

Tom Coelho – tomcoelho@tomcoelho.com.br

 

 

Tom Coelho – COMO PEDIR AUMENTO

O mundo corporativo coloca em polos opostos o empregado, acreditando-se injustiçado porque ganha menos do que julga merecer, e o empregador, convencido de que paga mais do que deveria pela produção gerada.

Para vencer a batalha de conseguir um aumento salarial, informação e astúcia são os ingredientes básicos, aplicados conforme as dicas a seguir.

  1. Faça uma autoavaliação criteriosa. Aumentos devem ser obtidos por mérito antes mesmo de serem desejados. Por isso, pondere sobre sua performance. Acompanhe seus relatórios de avaliação de desempenho e competências e o feedback de seu supervisor e colegas de trabalho.
  2. Pesquise o mercado. Analise a média salarial do seu cargo no mercado comparando-a com a média paga por sua empresa. Lembre-se de considerar o porte da companhia. Não se pode esperar de uma pequena corporação a mesma capacidade de remuneração de uma multinacional.
  3. Conheça a política salarial de sua empresa. Uma companhia com plano de cargos e salários bem estruturado apresenta regras para promoção, premiação e remuneração. Assim, pode haver critérios que considerem não apenas questões qualitativas, vinculadas a resultados, mas também ciclos cronológicos relacionados às faixas salariais. As normas podem até mesmo limitar a autonomia do gestor na concessão de aumentos, impedindo-o de atender à sua demanda.
  4. Estude o ambiente. Observe o desenvolvimento de seus colegas de trabalho. Procure identificar um padrão de comportamento que possa ter conduzido alguns profissionais a uma posição superior. Examine o mercado e a posição relativa de sua empresa para descobrir como anda sua saúde financeira no momento. Faça uma leitura do perfil e das reações de seu gestor a fim de notar a melhor ocasião para abordá-lo.
  5. Prepare o terreno. Faça um levantamento de suas atividades buscando mensurar os resultados alcançados. Elabore uma relação dos benefícios que você traz para a corporação e como pode potencializá-los. Prepare uma proposta de solicitação de elevação salarial atrelada às metas da empresa, com um planejamento detalhado para um horizonte de 12 meses, por exemplo, com gatilhos de incremento em seus proventos a cada fase concluída do projeto.
  6. Dê o bote. O melhor local: na própria empresa, em uma reunião a portas fechadas para minimizar o risco de interrupções. O momento certo: logo após a realização de um projeto bem sucedido e num dia em que o gestor esteja de bom humor. A abordagem recomendada: clareza e objetividade na exposição, porém sem denotar agressividade. Iniciar enaltecendo com autenticidade a companhia, o cargo exercido, a liderança e a equipe. Explicitar o trabalho realizado, os pontos positivos e as perspectivas futuras, conforme o planejamento traçado anteriormente.
  7. Quanto negociar. Não há uma regra para isso. Primeiro, porque depende da política da empresa. Os dissídios coletivos anuais são da ordem de 5%. Já os aumentos vinculados ao tempo de serviço ou mudança de função dentro do plano de cargos e salários giram em torno de 10%. Maiores índices podem ser obtidos quando acoplados aos resultados da companhia.
  8. Esqueça os apelos emocionais. A corporação não está preocupada com o fato de sua família aguardar a chegada de trigêmeos, o filho mais velho ter ingressado numa universidade privada ou seu avô exigir um caríssimo tratamento médico. Separe a pessoa do problema. Justificativas de cunho emocional podem até funcionar uma primeira vez, mas o risco maior é causar constrangimento e denunciar que você é um mau administrador de suas finanças pessoais – e, por conseguinte, um péssimo exemplo de gerenciamento para a própria companhia. O foco deve estar em seu desempenho e o nome do jogo é meritocracia.
  9. Esteja pronto para negociar. Evidentemente, sua proposta pode ser total ou parcialmente recusada. Neste caso, negocie benefícios, objetivando ganhar mais no longo prazo com base em seu desenvolvimento pessoal. Assim, um curso de idiomas ou um MBA podem representar uma transferência de despesa pessoal que você teria e que será assumido pela empresa.
  10. Mantenha a confiança e a autoestima. Uma postura determinada e segura compõe uma imagem adequada ao seu marketing pessoal. Além disso, calcule os riscos de sua iniciativa. Cuidado também com a opção de flertar com oferta de trabalho de outra empresa. Poderá receber um “até logo” quando imaginava que a proposta seria coberta.

Você avaliou seu desempenho, estudou o mercado e sua companhia, planejou uma argumentação sólida e coerente para respaldar seu pedido de aumento salarial e negociou. Se mesmo assim a empresa tem sucessivamente negado um reconhecimento efetivo pelo trabalho, é hora de considerar a possibilidade de mudar de emprego. Afinal, tapinha nas costas não paga contas.

Tom Coelho –  tomcoelho@tomcoelho.com.br

 

Tom Coelho – O MUNDO PERFEITO

Você é encarregado de preparar um determinado projeto. Em verdade, você mesmo candidatou-se à tarefa, pois conhece o assunto como poucos e está certo de que poderá contribuir com sua equipe. Assim, bastariam algumas horas de transpiração diante da tela do computador para produzir uma primeira versão do documento que seria apresentada aos seus pares propiciando debates e a elaboração de uma versão posterior, mais densa e melhor estruturada.

Todavia, seu nível pessoal de exigência impede-o de redigir uma proposta sem antes promover todo um trabalho de pesquisa para embasar sua tese. Mas pesquisa demanda tempo e o tempo é a matéria-prima mais escassa do mundo moderno. Passa-se uma semana, duas, um mês. O projeto não sai de seu pensamento e não vai para o papel. Você se angustia, perde o prazo e a credibilidade com seus colegas. E consigo mesmo.

O exemplo acima pode representar um projeto profissional. Pode também ilustrar um trabalho acadêmico ou mesmo uma ação filantrópica. O fato é que em qualquer um dos casos o desejo de fazer o ótimo dilacerou a possibilidade de fazer o bom. E, no final das contas, nada foi concretizado, o que significa um resultado péssimo.

Convido você a fazer igual analogia com outros sonhos que já visitaram suas noites em vigília. Livros que não foram escritos, músicas que não foram compostas, poesias que não foram declamadas. Uma intervenção necessária durante uma reunião que foi contida por falta de ousadia. Uma declaração de amor reprimida porque você ainda não se sentia preparado.

Temos o mau hábito de esperar pelo mundo perfeito para tomar decisões. É como se decidíssemos cruzar a pé uma movimentada autoestrada apenas quando todos os veículos parassem para permitir nossa passagem, sem a existência de qualquer sinalização que os obrigasse a tal ação.

Enquanto buscamos e ansiamos por este mundo perfeito, outras pessoas fazem o que é possível, com os recursos de que dispõem, dentro do tempo que lhes é concedido. E não raro acabam sendo bem-sucedidas. Então, ao observarmos o conteúdo de suas produções, colocamo-nos imediatamente a criticá-las, certos de que poderíamos ter alcançado um resultado muito mais satisfatório. Nós pensamos; elas agiram.

Observe como muito pode ser feito usando de pouco tempo e de muita simplicidade. Muitas vezes basta um telefonema de alguns minutos para dirimir uma dúvida, prestar um esclarecimento, obter uma dilação de prazo. De igual maneira, um e-mail redigido em uma fração de segundos pode aquietar o espírito de seu interlocutor e sepultar o risco de um desentendimento. Agradecimentos, por sua vez, devem ser prestados o quanto antes, ou tornam-se inócuos e desprovidos de sensibilidade.

Um livro pode ser escrito de uma só sentada ou capítulo a capítulo, dia após dia. Uma música pode ser composta num guardanapo de papel na mesa de um bar ou nas bordas de uma folha de jornal que repousa em seu colo dentro de um ônibus. Um poema pode ser oferecido em meio a um jantar ou dentro de um elevador que se desloca do terceiro piso para o subsolo.

O tempo certo para agir é agora. Não de qualquer jeito, não com mediocridade, mas com o máximo empenho possível. Amanhã, como diriam os espanhóis, é sempre o dia mais ocupado da semana.

Tom Coelho  –  tomcoelho@tomcoelho.com.br

 

Tom Coelho – RH EDUCADOR

Inteligência corporativa não emana de máquinas, sistemas ou mesmo tecnologia, mas, sim, de pessoas. Daí a importância do papel desempenhado pelo RH nas organizações.

Primeiro foi o “RH operacional”, um velho conhecido dos profissionais da área. Trata-se do lendário DP, ou departamento de pessoal, berço dos recursos humanos, vinculado a questões meramente burocráticas. Um legado getulista, das conquistas perpetradas pela CLT e das garantias constitucionais.

Depois surgiu o “RH gerencial”, com foco nas pessoas, recebendo inclusive denominações como “talentos humanos” ou “gestão de pessoas”. O intuito era valorizar o “capital humano” como grande diferencial competitivo.

Mais recentemente entrou em cena o “RH estratégico”, uma versão com título pomposo e finalidade de aproximar o departamento das decisões corporativas, deixando de ser mero coadjuvante.

Estas três visões de RH coexistem, embora o operacional, eminentemente técnico, viceje na maioria das empresas. Se o gerencial humanizou as corporações, o estratégico voltou a distanciá-las das pessoas, diante da preocupação com o negócio e o resultado traduzido pelo azul na última linha do balanço.

Ainda que harmonizar estes três papéis seja um caminho digno de ser perseguido, um quarto propósito necessita ser considerado. Eu o chamo de “RH educador” e seu preceito básico é instruir os colaboradores não apenas para a empresa, mas para a vida.

A razão é simples. Educar para a empresa contempla o justo objetivo de buscar a lucratividade. E educar para a vida visa a respeitar os imperativos individuais e sociais, suprindo um vácuo há muito deixado pelas instituições públicas e continuamente absorvidas pelas organizações privadas.

São missões deste RH educador promover a qualidade de vida, mediante refeições nutricionalmente balanceadas e campanhas permanentes de combate ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas. Desenvolver competências técnicas, comportamentais, relacionais e valorativas através de programas de treinamento em todos os níveis hierárquicos. Estimular atividades culturais e práticas de responsabilidade socioambiental. Ensinar planejamento financeiro para o bom equilíbrio do orçamento familiar. E estes são apenas alguns exemplos.

O RH não é mais ou menos importante do que qualquer outra divisão dentro de uma companhia, mas igualmente relevante, dentro de uma visão sistêmica. Porém, é o único que pode ser o esteio de transformações edificantes, porque não usa cimento e areia, números e dados como matéria-prima, mas corações e mentes.

Tom Coelho –  tomcoelho@tomcoelho.com.br

 

Tom Coelho – PORTAS ABERTAS

Diante do dinamismo do mercado de trabalho atual que estimula a mobilidade em todos os níveis hierárquicos, é muito provável que você passe pela experiência de trocar de emprego. Ao fazê-lo, é altamente recomendável adotar uma postura que mantenha abertas as portas da companhia da qual está se retirando.

Os motivos são muitos. Primeiro por uma questão de marketing pessoal, valorizando sua própria imagem como profissional dentro da empresa e perante o mercado. Segundo porque o mundo é pequeno e dá voltas, como se diz por aí. Empresas estão constantemente passando por fusões e incorporações e os executivos estão sempre migrando de uma corporação para outra. Assim, é grande a probabilidade de você voltar a atuar sob a tutela de um mesmo chefe ou conglomerado. E terceiro porque você pode não ser bem sucedido no novo emprego e tentar o retorno ao antigo posto.

Compreendido isso, reflita sobre as sugestões a seguir num eventual processo de transição de emprego.

  1. Seja transparente. Ao surgir uma nova oportunidade e após analisá-la, na medida em que as negociações avançarem de forma consistente, reúna-se com o empregador para informá-lo de sua decisão. Jogue aberto e não deixe para comunicar seus passos na última hora – a informação pode chegar por outras fontes e comprometer sua imagem e credibilidade. Lembre-se também de avisar sua equipe de sua saída, procurando tranquilizá-los.
  2. Apresente seus motivos. Se a mudança estiver vinculada a uma grande oportunidade de crescimento pessoal, explique que deseja aproveitá-la, mesmo ciente dos riscos. Se o motivo for um melhor pacote de remuneração, comunique isso com clareza, mas esteja preparado para receber uma eventual contraproposta, podendo aceitá-la ou recusá-la, porém sem jamais entrar em um leilão com os empregadores atuais e potenciais sob o risco de ficar sem nenhum dos dois empregos. Agora, se a mudança deve-se a uma insatisfação com a estrutura da empresa ou com a liderança a que está submetido, prefira argumentar que há uma “incompatibilidade de ideias”, ou seja, use de eufemismos para cair fora com elegância.
  3. Prepare a transição. Em verdade, o trabalho de preparar um sucessor é atribuição de todo bom profissional e deve ser iniciado logo ao ingressar na empresa. Afinal, você se torna insubstituível quando se torna substituível. Todavia, se conduziu seu cargo com mão de ferro, num estilo centralizador, deverá se desdobrar para selecionar em sua equipe a pessoa que julgar mais qualificada e instruí-la para assumir suas responsabilidades. É uma questão primordial e de respeito para com a companhia sair deixando-a em condições de prosseguir com sua rotina.
  4. Elabore um manual. Faça um manual de procedimentos gerenciais contemplando aspectos tidos como fundamentais à luz de sua experiência diante da organização. Encare o documento, de algumas páginas, como um último relatório de suas atividades, procurando orientar seu substituto e aproveitando para registrar as conquistas auferidas durante sua gestão.
  5. Dê assistência. A rigor, a legislação brasileira pede um aviso prévio de 30 dias. Se for possível, permaneça à frente dos negócios por este período ou, no mínimo, por 15 dias, a fim de contribuir com o processo de transição. Porém, se o início na outra empresa for imediato, coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas por telefone ou e-mail dentro do mesmo prazo em que cumpriria o aviso prévio. Evidentemente, esta colaboração deve ser feita sem interferir em sua nova atividade.
  6. Negocie a rescisão. Suas verbas rescisórias são direitos adquiridos. Faça uma negociação justa, evitando cair na armadilha de empresas que procuram se esquivar de suas obrigações sob o pretexto de deixarem as portas abertas. Considere até mesmo nomear um procurador para representá-lo.

As dicas acima foram postuladas sob a ótica do profissional que pede seu desligamento da empresa. É óbvio que no caso de uma demissão sumária, inclusive aquelas com aviso prévio indenizado, o quadro é outro. Entretanto, mesmo nesta situação, vale o alerta de que demonstrar amargura ou reclamar não ajudará em nada. Sempre, sempre demonstre apreço por ter trabalhado na companhia, mesmo que tenha abominado a experiência. Inclusive esta deve ser sua conduta quando entrevistado por outra organização.

No caso de a transição em curso ser para uma empresa concorrente, é evidente que não haverá a possibilidade de cumprir aviso ou dar assistência nos moldes propostos. Nesta circunstância, a transparência ganha relevância suprema, estando associada à ética e ao profissionalismo no que tange ao respeito ao sigilo dos dados estratégicos da companhia demissionária.

Por fim, lembre-se de que seu antigo empregador será uma referência permanente em seu currículo, acompanhando-o por toda a vida. Cultive uma boa imagem. É um patrimônio que vale preservar.

Tom Coelho- tomcoelho@tomcoelho.com.br.

 

Tom Coelho – QUANDO VOCE NÃO É VISTO

O relato a seguir é um caso real que me foi narrado por meu amigo Flávio Maneira, executivo da indústria farmacêutica.

Conta-me ele que em uma cidade interiorana havia um renomado médico famoso por sua impessoalidade no tratamento aos propagandistas – nome dado aos executivos de vendas de laboratórios.

O referido doutor recebia estes profissionais uma única vez por semana, num intervalo de duas horas e mediante prévio agendamento. Os vendedores entravam um a um em seu consultório e enquanto demonstravam seus produtos, o médico se ocupava de navegar na internet e responder e-mails. Deixavam suas amostras e partiam sem receber do digno catedrático um aperto de mãos, um agradecimento ou mesmo um mero olhar.

Flávio me conta que em sua terceira visita a este médico pediu-lhe que parasse de manusear o computador e o ouvisse por apenas um par de minutos. Começou perguntando-lhe se sabia seu nome, recebendo uma resposta negativa, embora nas ocasiões anteriores tivesse se apresentado e deixado seu cartão. Em seguida, disse-lhe que não mais o visitaria, pois para deixar amostras de produtos bastava enviar um mensageiro. Por fim, comentou com o cliente: “Você sabe qual sua imagem em nosso meio? Absolutamente ninguém gosta de visitá-lo!”.

Surpreendentemente, o médico olhou para Flávio, repetiu seu nome e pediu-lhe que retornasse ao consultório, no dia seguinte, para conversarem. Neste encontro, o clínico pacientemente ouviu todas suas considerações, acatando a sugestão de promover cafés da manhã com os executivos de vendas para conhecer com adequação seus produtos. Deste dia em diante, tornaram-se grandes amigos e o tratamento ministrado pelo médico àqueles profissionais nunca mais foi o mesmo de outrora.

Esta história certamente se repete no mundo corporativo e nos mais diversos segmentos. Compradores atendem a um batalhão de vendedores, das mais variadas empresas, oferecendo produtos e serviços múltiplos. Neste contexto, não é improvável que você seja tomado como apenas “mais um”, com grande dificuldade para se destacar. O que pode ser feito?

Primeiro, conheça seu interlocutor. identificar necessidades comerciais é fator primordial para praticar uma boa venda consultiva. Porém, é imprescindível ir além. Atente para características que possam conduzir a uma relação mais amistosa. Descubra se o comprador tem filhos, qual o time do seu coração, que tipo de música aprecia, seu prato predileto. Isso lhe permitirá adotar um diálogo mais leve e fluido, falando sobre amenidades e quebrando resistências. Assim se constrói uma venda relacional.

Lembre-se também de cuidar de seu marketing pessoal. Cabelos penteados, barba feita ou maquiagem leve, trajes adequados, enfim, cultive uma aparência agradável. Além disso, seja pontual e desenvolva a capacidade de falar com moderação e ouvir com ponderação.

Por fim, repita seu nome e do seu interlocutor sempre que possível. Escutar o próprio nome ser pronunciado funciona como música para os ouvidos. Assim, durante o diálogo, repita o nome do seu ouvinte a cada oportunidade, fitando-lhe nos olhos. E, claro, repita também o seu nome ao contar pequenas histórias ou causos, para ajudá-lo a memorizar e lembrar-se de você futuramente.

Ao fazer tudo isso você ainda correrá o risco de não ser notado. Afinal, outros seguirão o mesmo receituário. Por isso, espelhe-se no exemplo de meu amigo Flávio, que poderia simplesmente ter se resignado diante do tratamento recebido, mas que adotou uma atitude proativa, optando por agir e construir uma nova e produtiva relação profissional e pessoal. A propósito, tempos depois Flávio Maneira foi promovido –o que não foi por acaso…

Tom Coelho – tomcoelho@tomcoelho.com.br

 

Tom Coelho – A ESCOLHA DE SOFIA

No mundo corporativo de hoje os profissionais são constantemente colocados à prova mediante dilemas que lhes são apresentados. Por exemplo, o que fazer quando a empresa exige tanto do executivo que ele tem que escolher entre a vida pessoal e a profissional?

Primeiro, vamos compreender o que é um dilema. Etimologicamente, trata-se de uma decisão entre duas alternativas contraditórias e mutuamente insatisfatórias. Você quer as duas coisas, mas só pode optar por uma. A escolha é tensa, árdua e, por vezes, dolorosa.

Em 1982, o diretor norte-americano Alan J. Pakula, à época já consagrado pelo filme “Todos os homens do presidente”, que narrava a investigação do caso Watergate, comandou Meryl Streep e Kevin Kline na obra-prima “A escolha de Sofia”. O filme contava a história de uma mãe polonesa que durante a Segunda Guerra Mundial é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto sob pena de ambos serem executados –um autêntico dilema.

De volta às empresas, quem disse que carreira e vida pessoal são faces de uma mesma moeda que não pode manter-se em pé? O equilíbrio, do latim aequilibrium, remete à manutenção do mesmo nível (aequus) das balanças (libra). Em suma, conciliar vida pessoal e profissional não é uma escolha de Sofia!

É importante compreender que estes dois universos são indissociáveis, ou seja, não há como separar um do outro, acreditando que o profissional, ao adentrar os domínios da empresa, deixará do lado de fora problemas como um filho enfermo, contas atrasadas ou relacionamento conjugal em crise, dedicando-se integralmente às metas corporativas com plena produtividade.

Decerto há momentos que nos exigem esforço e dedicação superiores. Horas de trabalho que avançam pela madrugada, por dias sucessivos, regadas a fast food e breves cochilos, negligenciando a família e os interesses pessoais. Tudo para concluir um projeto, desenvolver um produto ou conquistar um novo cliente. O problema ocorre quando um evento circunstancial como este se torna rotineiro.

Se você é solteiro ou está em início de carreira, é possível que aceite de bom grado assumir o papel de workaholic imposto pela empresa –ou autoimposto. E sentir-se feliz e realizado com esta opção.

Porém, se as demandas corporativas estão além do que você gostaria, trazendo-lhe desconforto, assuma as rédeas da situação. Trabalhe com afinco durante sua jornada, aprenda a delegar tarefas operacionais e demonstre ao seu empregador que não é a quantidade de horas, mas a qualidade das horas trabalhadas o fator determinante para seu bom desempenho e o sucesso da organização.

Procure dialogar com seu superior hierárquico, determinando uma agenda positiva, capaz de atender expectativas da empresa e contemplar seus interesses pessoais.

Porém, se ficar claro que a corporação na qual você está tem perfil patológico ou é liderada por pessoas que não enxergam nada além da última linha do balanço –apesar de toda uma retórica voltada à motivação e incentivo à qualidade de vida– considere buscar uma recolocação no curto ou médio prazo.

Lembre-se de que sua escolha não deve ser entre a vida pessoal ou profissional, mas entre ser feliz ou infeliz.

Tom Coelho tomcoelho@tomcoelho.com.br

 

Vicente Conti – A SUSENTABILiDADE NOS RELACIONAMENTOS AMOROSOS

Pesquisas atuais apontam o número de divórcios/separações maior do que o número de casamentos. Não obstante isso, a maioria das pessoas vibra com um ideal romântico. Mulheres se queixam por não conseguir um parceiro em que possam depositar confiança e compartilhar os desafios de um relacionamento no qual o efêmero e as relações descartáveis têm sido um modelo. Como ser o gestor de sua vida amorosa?

O Homem como um sistema aberto se movimenta na teia da vida de acordo com as suas crenças e valores, e tudo que ele faz à teia ele faz a si mesmo. Para ele, tão importante quanto seu trabalho, é ter a certeza de sobrevivência, segurança física e moral, saúde integral, desenvolvimento pessoal e profissional, as amizades, o sentimento de pertencimento a um grupo, isto é ser aceito, reconhecido, ser amado, ter um vínculo afetivo com outra pessoa que pode ser o cúmplice dos seus desejos de uma estrutura familiar harmônica.

Mas, na maioria dos casos de relações amorosas, as pessoas são levadas por duas forças psicológicas poderosas e sabotadoras, cada qual com seu respectivo peso vibracional: a fantasia e o medo. Raramente, vemos as pessoas pelo que elas são; nós as vemos associadas a miragens, pessoas de nosso passado. O falso amor opera através de projeções do tipo “vi em você a mãe perfeita para nossos futuros filhos e eis que você só pensa na sua carreira e trabalho” ou “vi em você um amante carinhoso e divertido e você está sempre mal-humorado na frente de uma TV ou videogame”.

Outro grande vilão do romance é o medo. Medo de dar errado e também de dar certo. É ele que cria o apego, o desejo de posse, o ciúme, a perda da liberdade. Segundo as queixas comuns em pesquisas, o comportamento possessivo, ciumento e crítico – uma manifestação do ego – torna-se um poderoso estopim da separação. É muito difícil ao parceiro que tem esses comportamentos sustentar a relação, mesmo que tenha outras qualidades positivas e admiradas. Assim, o estado egoísta de um cônjuge impede a passagem do amor uma vez que as táticas primárias do ego – vigilância e defesa – são a própria antítese da entrega e não abertura para a prática de um amor livre e democrático.

Além desses entraves, a qualidade do sexo, o respeito, e o diálogo são igualitariamente fundamentais para regular a temperatura da relação a dois. E merecem um capítulo à parte.

Entretanto, muitos comportamentos podem gerar qualidades positivas nos relacionamentos amorosos. E, sem dúvida, o gesto mais importante é o de estar presente. Corpo e mente focado na presença do outro. Quando presente temos, automaticamente, atitudes de amabilidade, de se colocar no lugar do outro, do ouvir ativo, dos telefonemas amigáveis, singelos favores, gestos de atenção, convites para viagens, jantares íntimos com rituais românticos, uso de perfumes e roupas que agradem ao parceiro, elogios constantes e outras atitudes que, certamente, despertarão campos vibracionais de afetividade, criatividade e imprevisibilidade.

Imprevisível é sair da rotina, fazer coisas diferentes e sair da mesmice do cotidiano, desde que aceitos como valor pelo casal. É também cuidar da sua imagem, como uma empresa chamada EU S/A, e manter acesa a chama da sua auto-estima e auto-motivação sempre no máximo.

Quando você vibra por gostar de si, torna-se uma pessoa amorosa, com vida mais fácil e produtiva. Você se sente melhor e seus relacionamentos se tornam mais carinhosos e nutritivos. O Segredo de ser atraente é notavelmente simples. No aforisma do poeta Ovídeo “para amar seja simplesmente amável”. Amável, principalmente, consigo mesmo para aceitar seus pontos fracos que, seguramente, têm seus opostos. O romance começa quando podemos mostrar a alma à outra pessoa.

Por isso, dá para arriscar um palpite no futuro das relações afetivas no qual haverá um regime de co-entendimento, co-produção, co-participação e comunhão. Não mais a procura da metade que falta, mas o sentimento do justo – entre egoísmo e generosidade – aparecendo mais. Eu sou um círculo, minha amada é um círculo, junto somos nós. Um mais um e não a soma de duas metades. Este entendimento se efetiva quando consideramos holisticamente os aspectos do coração, da razão e do espírito.

Vicente Conti – conti.vicente@gmail.com